Petição de ação para evitar esquemas de cola em massa usando novas tecnologias
Para: Ao Magnífico Reitor e ao Pró-Reitor de Graduação da Universidade Federal Fluminense
Os abaixo assinados, professores da Universidade Federal Fluminense, solicitam ao Reitor e ao Pró-Reitor de Graduação da Universidade Federal Fluminense que tomem providências e estabeleçam critérios e/ou penalidades de ordem disciplinar que possamos utilizar para evitar que continuem proliferando esquemas massivos de cola entre os alunos de graduação com utilização de novas tecnologias. Esses hábitos estão fragilizando o sistema de avaliação e portanto a qualidade e reputação dos nossos cursos.
As denúncias partem não só do corpo docente, mas também de membros do corpo discente que, cientes da existência e crescimento do fenômeno e preocupados pela qualidade da Universidade, denunciam esquemas de cola em massa com pagamento a terceiros. As denúcias envolvem inclusive a monitores contratados pela nossa Universidade. Algumas delas foram comprovadas. Por outro lado alguns alunos foram flagrados usando grupos da rede social virtual Whatsapp para colar durante provas escritas.
Nós professores tomamos as medidas que estão ao nosso alcance, fiscalizando as provas e penalizando os alunos flagrados colando na nota obtida na disciplina. Porém, consideramos que esta penalização não reflete o ocorrido nem dissuade os alunos de continuarem realizando este tipo de prática de cola organizada e massiva. Consideramos que neste caso é uma falta muito mais grave e deveria ser tratada como tal pela Universidade. Precisamos desestimular os alunos de aderir a esse tipo de fraude em prol da qualidade acadêmica e da reputação da nossa Universidade. Para isso é preciso que possamos precaver os alunos dos riscos que eles incorrem quando realizam tais práticas. Os riscos são muito claros em alguns casos, como no ENEM e nos concursos públicos. Porém nas avaliações realizadas na Universidade nos faltam ferramentas para desestimular os alunos de aderir a tais práticas. Pelo exposto acima solicitamos aos órgãos competentes que tomem providências urgentes.
Niterói, 13 de janeiro de 2017
