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Abaixo-assinado Contra o aumento das tarifas de ônibus em Macaé

Para: Prefeitura Municipal de Macaé

Desde o dia 17/01/11, o preço das passagens de ônibus em Macaé teve um reajuste de R$ 2,30 para R$ 2,50.

Em 18/01/10, as tarifas foram de R$ 1,90 para R$ 2,30 e deste então pouco foi investido para melhoria efetiva do transporte público.

Segue abaixo uma reportagem feita há um mês sobre a realidade do transporte público macaense:

Esse horário é sempre assim. Você quer o quê, reclamar? Tem um livro de reclamações aí onde você pode escrever”, diz Y, funcionário da Macaé Trânsito e Transporte (Mactran), enquanto aponta para um caderno preto empoeirado em cima da mesa. “Mas ó, não adianta muito não”, adverte. Inicialmente, resistiu à presença de nossa equipe, mas logo cedeu: “Eu não posso autorizar a entrada da imprensa, mas já que tu tá aí no meio da bagunça, pode tirar fotos, faz o que quiser”.
Ele acabou aproveitando a situação para expor suas insatisfações. “Foram comprados 40 novos ônibus, mas pra quê?”, pergunta-se. Y alega que o aumento da frota não melhora o serviço, já que “não tem motorista pra contratar e muito menos cobrador”. De acordo com o funcionário, as condições dos terminais são precárias. Banheiros sujos – “não tem quem limpe” – e goteiras fazem parte do cotidiano de quem trabalha ali: “chove mais do lado de dentro do que do lado de fora”.

As reclamações de Y não são isoladas. Há um coro de vozes que reclamam de sistema de transporte coletivo em Macaé. As queixas se referem a todas as etapas do serviço: dos funcionários sempre de mau-humor e sem treinamento até o desembarque arriscado com o ônibus ainda em movimento.

“É desumano!”, afirma indignada Fernanda Tavares, 22 anos, secretária de uma empresa offshore. “Os ônibus vivem lotados e às vezes nem param no ponto de tão cheios.” Fernanda se desloca do bairro Aeroporto até o centro da cidade, onde trabalha e estuda. “Chego ao trabalho com uma hora de antecedência com medo de me atrasar”, diz Fernanda. E complementa: “Essa situação é inaceitável. É um absurdo tratarem os passageiros com esse descaso”.
Entre Rio das Ostras e Macaé, o mesmo problema.

A atendente de telemarketing Jéssica Rocha, 19 anos, que trabalha em Macaé, mas mora em Rio das Ostras, logo cedo pega um ônibus cheio e enfrenta o famoso trânsito do horário.
- Se estiver sentada não tem problema. Pior é quando tem que ir em pé. O tempo não passa, os carros não andam, parece uma eternidade – reclama Jéssica.
Jéssica chega ao trabalho por volta das oito horas. “Após uma viagem um tanto desconfortável, não há quem fique de bom humor”, admite. “E o dia apenas começou”, reforça. Os colegas conversam sobre o ônibus. Reclamam, discutem, dão risadas. O humor começa a melhorar.

Ao sair da empresa, pega o ônibus para ir à faculdade. Segundo ela, essa é a pior parte do dia:
- Além de esperar bastante, alguns ônibus vêm superlotados. Quando param, porque muitas vezes não param, é certo de que terá que ir em pé e apertada. Parece que os ônibus só saem do terminal quando ficam cheios. Ninguém lembra que as pessoas também esperam nos pontos.

O técnico de informática Igor Fasano, que trabalha no bairro Lagomar e também mora em Rio das Ostras, precisa sair de casa com muita antecedência para não se atrasar. Pega uma van até o terminal do Parque dos Tubos e de lá um ônibus até o trabalho. “Às vezes espero no terminal meia hora, às vezes cinco minutos”, conta. “Tudo em função dos horários que não são regulares”.
Igor Fasano diz que, no fim do dia, precisa esperar cerca de cinqüenta minutos no ponto para conseguir ir para casa. “É um absurdo!”, exclama. “Saio do trabalho às cinco, mas só consigo ônibus quase uma hora depois”.

“Além do desconforto, ainda há a falta de segurança”, afirma Jéssica. “No caso de um acidente, com os ônibus cheios, seria uma tragédia”. Os ônibus têm capacidade para 45 pessoas sentadas e 32 em pé, mas nem sempre se obedece a essa regra. Os assentos não têm cinto de segurança.
Aumento da frota de ônibus não resolve problemas

O Sistema Integrado de Transporte (SIT) é a empresa responsável pelos transportes, juntamente com a Secretaria de Mobilidade Urbana e a Autarquia Macaé Trânsito e Transporte (Mactran). Os ônibus são da linha Macaense, que detém o monopólio do transporte coletivo na cidade. Em setembro, a Secretaria de Mobilidade Urbana e o SIT integraram à frota macaense quarenta novos ônibus. Agora são ao todo 209 veículos, operando em 30 linhas.
Os novos ônibus trazem três importantes inovações: o sistema de câmeras de segurança, a rampa elevatória, que atende a portadores de necessidades especiais, e o monitoramento por GPS, sistema que permite o rastreamento da frota em tempo real, possibilitando saber sempre a localização exata de todos os ônibus e o itinerário cumprido.

O SIT é baseado em terminais. São sete ao todo, divididos pelos bairros mais movimentados. São eles: Central, Lagoa, Barra, Parque dos Tubos, Cehab, Lagomar e Virgem Santa.

O grande problema é que algumas linhas não suportam a quantidade de passageiros. Mais de 100 mil usuários utilizam o serviço por dia. Os intervalos entre saídas das linhas dos terminais variam de 10 a 15 minutos e a média de espera é de 30 minutos no ponto.

Com o aumento do mercado de trabalho em Macaé, a população aumentou bastante. São quase 200 mil habitantes. Esse crescimento é um dos principais motivos para o caos do transporte coletivo.

Hannah Finklstein Teixeira e Bruno Alonso
Estudantes do 2° período de Comunicação Social da Faculdade Salesiana de Macaé




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