Carta aberta aos Evangélicos e à Nação brasileira
Para: Brasileiros e brasileiras
Uma mensagem de amor e esperança contra todo ódio, mentiras e preconceito
Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. (Lc 10:27)
O Povo Evangélico Brasileiro foi e é constituído, na sua grande maioria, das classes pobres, periferias e rincões. A fé e a determinação missionária, a compaixão e o amor ao próximo são frutos da ação das Igrejas Evangélicas e das decisões de mulheres e homens de fé que acreditaram na transformação do ser humano alcançado pelas misericórdias de Deus!
Portanto, somos parte das transformações e esperanças do povo brasileiro, principalmente na libertação da pobreza – material e espiritual. Reconhecemos que o nosso país vive tempos prósperos, graças a Deus, uma prosperidade coletiva dos últimos anos comparados, com outros tempos. Cremos fundamentalmente que isso é fruto da fé e da justiça divina, em que as diferenças sociais e econômicas diminuem entre as pessoas, entre as regiões e entre a sociedade.
Diante deste momento decisivo da história, nós, mulheres e homens evangélicos brasileiros, que lutamos e militamos na campanha de reeleição da Presidenta Dilma, nos sentimos na obrigação de declarar os nossos compromissos nestas eleições. Desta forma, manifestamos nosso amor ao povo brasileiro para além das fronteiras físicas, fundamentado na essência do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo contra todo ódio, discriminação e preconceito promovidos pela campanha dos nossos adversários. Denunciamos que o sentimento perverso da discriminação aos “pobres e ignorantes” fere não só o princípio da nossa fé, mas a alma e a dignidade de milhões de irmãos e irmãs espalhados em nosso país! A proliferação do pecado e do preconceito através do sentimento religioso representa um tema político. A xenofobia é uma estratégia da oposição para criar o ódio e a aversão. “Porque, para Deus, não há acepção de pessoas.” (Rm 2:11).
Alertamos sobre a propagação de informações mentirosas nestas eleições sem sustentação ou provas. Somos envergonhados pelos que, em nome de Deus, servem-se do artifício de utilizar a ética cristã como ferramenta política. Informações distorcidas com atributos ideológicos perversos rebaixa o Evangelho.
Cabe neste momento desmascarar a perversidade de valer-se da mentira como instrumento para afirmação de uma verdade ou para revelar qual é a verdade em jogo: utilizar da boa-fé, da religiosidade, da inocência das pessoas como ferramentas hostis de uma disputa política e ideológica. É necessário valorizar o debate de ideias e propostas concretas, mas também repudiar os exageros e os ataques pessoais ocorridos no primeiro turno. Os prejuízos seguintes a ações dessa natureza podem, sem dúvida, ter consequências irreparáveis ao convívio democrático, à pluralidade e à liberdade de consciência conquistados com muito esforço e luta nos últimos anos. “Quem esconde o ódio tem lábios mentirosos, e quem espalha calúnia é tolo.” (Pv 10:18).
Lutamos conscientemente contra o retrocesso. Sabemos a história do passado e do presente da política brasileira e identificamos as diferenças entre estes dois períodos. Temos a firme convicção de que o atual momento do nosso país é fruto da história e da esperança do povo, excluído e trabalhador, na luta, principalmente, pelo acesso às condições de ter uma vida digna, com emprego, salário, saúde, educação, mobilidade e lazer. Temos conhecimento de todas as contradições, da corrupção e de outros desvios, mas sabemos a origem e a diferença do trato, do compromisso ético dos nossos principais governantes e do combate firme a esse mal que assola a cultura política brasileira desde os tempos imemoriais.
Não estamos satisfeitos. Sonhamos e queremos muito mais. Queremos transformação, uma cultura de paz e justiça verdadeiras, vida em abundância, cuidado com a natureza e combate implacável à corrupção. Todas essas questões são razões para continuar as nossas lutas.
Esperamos que as misericórdias do Senhor alcancem a todos nós a cada dia, com amor, perdão, discernimento, coerência e coragem para continuar a viver e testemunhar o Evangelho do Reino de Deus em liberdade e livrar-nos do mal! Queremos mais mudanças e mais futuro. Por isso, votamos e pedimos o seu voto neste segundo turno pela reeleição de Dilma Rousseff, Presidente.
Pastor Aldo Cardoso, pastor auxiliar da Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Anivaldo Padilha, leigo metodista
Reverendo Claudio de Oliveira Ribeiro, pastor da Igreja Metodista
Reverendo Daniel Barbosa, pastor da Igreja Anglicana
Reverendo Daniel Rangel Cabral Jr, pastor da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
Pastor Dario Geraldo Schäffer, pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Reverendo Derval Dasilio, pastor Emérito da Igreja Presbiteriana Unida
Reverendo Gustavo Gilson Sousa de Oliveira, pastor da Igreja Anglicana
Reverendo Jorge Luiz F. Domingues, pastor da Igreja Metodista
Pastor Joel Zeferino, Pastor Batista na Aliança de Batistas do Brasil
Evangelista José Henrique de Melo, Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Joubert Jantorno Filho - membro da Igreja Evangélica Batista
Pastor Lyndon de Araújo Santos, pastor da Igreja Evangélica Congregacional
Pastor Luciano Batista, pastor da Igreja Batista
Reverendo Luis Alberto de M. Sabanay, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
Reverenda Lusmarina C. Garcia, pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Pastor Orivaldo Lopes Júnior, pastor da Igreja Batista
Reverendo Osvaldo de Oliveira Reis, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
Rev. Prof. Sérgio Marcus Pinto Lopes, pastor aposentado da Igreja Metodista
Pastora Waldicéia de M. T. da Silva (Prª. Wall), pastora da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Liberdade e Vida
Pastor Wilson B. da Silva, pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Liberdade e Vida
Reverendo Zwinglio da Mota Dias. Pastor Emérito da Igreja Presbiteriana Unida
