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Abaixo-assinado Homofobia - Justiça e Responsabilização para Esse Crime

Para: ACIV - Associação Sócio Cultural Igor Vive

CASO IGOR XAVIER

No dia 1º de março de 2002, a cidade mineira de Montes Claros-MG recebeu, com pesar e surpresa, a notícia do bárbaro assassinato do bailarino, ator e coreógrafo Igor Leonardo Lacerda Xavier.
O motivo do crime: HOMOFOBIA.

O assassino confesso é o fazendeiro Ricardo Athayde Vasconcelos, que contou com a participação do seu filho, Diego Rodrigues Athayde. Em depoimento, bastante elaborado, Ricardo relatou que conheceu Igor Xavier em um bar e o levou, de táxi, até seu apartamento para que entregasse alguns livros sobre o tema que conversaram na mesa, filosofia. No local, quando Ricardo voltou do banheiro, encontrou Igor abraçado ao seu filho, segurando-lhe os órgãos genitais. Ainda segundo o fazendeiro, num impulso, sacou as duas armas - uma pistola 380 e um revólver calibre 38 – e disparou acidentalmente contra o bailarino.

Ele alega que solicitou ajuda do irmão, Márcio Athayde Vasconcelos, que o levou para outro local. Mais tarde, Ricardo Athayde decidiu voltar ao apartamento para se desfazer do corpo, com apoio do filho Diego. Abandonaram a vítima e as armas à beira de uma estrada que liga Montes Claros a São João da Vereda. Em seguida fugiram rumo a Belo Horizonte, onde residem livremente até hoje. Conforme informações da polícia, Igor Xavier foi atingido por 5 tiros, sendo um deles na testa, disparado a uma distância máxima de 30cm, e outro a queima-roupa na nuca, o que cria uma certa contradição nas declarações de disparos acidentais.

A mãe de Igor, Marlene Xavier, divulgou uma carta aberta à imprensa nacional relatando os fatos conforme apuração de amigos e familiares. Nela, Marlene acrescenta que seu filho foi levado ao apartamento do fazendeiro sob o pretexto de buscar livros que iriam ajudá-lo no seu próximo espetáculo. Chegando lá, foi torturado e assassinado por pai e filho, que depois arrastaram-lhe escada abaixo (cerca de três andares), maltratando-o terrivelmente. Ela diz que vizinhos ouviram os disparos e acionaram a polícia, que não se fez presente, descobrindo os fatos já ao amanhecer, enquanto Ricardo e Diego fugiam para Belo Horizonte.

Marlene relata ainda em sua carta que, após o pedido de prisão preventiva, um habeas-corpus foi negado em Belo Horizonte, mas concedido em Brasília, possivelmente por meios fraudulentos, tendo em vista o poderio financeiro e influência política da família. Vale constar que o assassino é irmão do político Luiz Antônio Athayde, que já foi secretário Adjunto Estadual de Fazenda e Subsecretário de Assuntos Internacionais da secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais. Há também informações, não-oficiais, de que os assassinos são parentes do ex-prefeito de Montes Claros. Além disso, em 2005, o advogado de defesa dos réus ingressou na cúpula do secretariado de defesa do Estado mineiro.

De acordo com informações veiculadas na imprensa, o juiz responsável pelo pedido de prisão da dupla ressaltou que, até nas rodas sociais mais elevadas da cidade, insinua-se que se não fosse a influência e poder aquisitivo da família Athayde, os assassinos já estariam na cadeia.

O assassinato de IGOR XAVIER é mais um caso brasileiro onde os assassinos são conhecidos e permanecem impunes. O próprio assassino em seu depoimento disse: "Não suporto homossexuais!"

Justiça é o que queremos

No dia 20 de setembro de 2011, em reunião na cidade de Belo Horizonte, o Desembargador Reinaldo Porta Nova, bateu o martelo acatando pedido da defesa dos assassinos de Igor Xavier, através de representação do juiz Antonio de Souza Rosa que, num ato de extrema benevolência, pediu o desaforamento do processo para a capital mineira livrando assim os pobres bandidos da minha ira; pois segundo esse cidadão eu (Marlene Xavier, mãe de Igor) sou uma ameaça à integridade física dos assassinos: Ricardo Athayde Vasconcelos e Diego Rodrigues Athayde Vasconcelos, podendo inclusive influenciar na decisão do júri.

Que poder diabólico é esse que eu não sabia que tinha? Até hoje eu pensava que só sabia amar. É por amor que choro a morte do meu filho, amo quando o homenageio na Semana Cultural Igor Xavier e exerço esse amor trabalhando na Associação Sociocultural Igor Vive; "Se o meu amor é capaz de matar, imaginem o que pode fazer o meu odiar".

Não tenho como levar meus amigos para Belo Horizonte, mas tenho certeza de que aquele tribunal estará tão cheio de anjos que mal haverá lugar para os que serão obrigados a comparecer.

Fazendo da fraqueza a minha força, me ergo de novo das cinzas e de toda luta inglória travada aqui em Montes Claros, e novamente coloco nas mãos do Senhor o desfecho dessa história triste e muito doida.




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