Abaixo-assinado Pela Instalação do MARS no Corredor Cultural Bom Fim - Cidade Baixa
Para: Ao Excelentíssimo Senhor Governador Tarso Genro
Ao Excelentíssimo Senhor Governador Tarso Genro
Nós, abaixo-assinados, manifestamos apoio ao projeto de instalação da sede do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul (MARS), órgão da Secretaria de Estado da Cultura, na esquina das avenidas João Pessoa (n° 1110) e Venâncio Aires, onde há edificação histórica listada pela Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural – EPAHC – e que está localizada na área do “corredor cultural Bom Fim - Cidade Baixa”.
Entendemos que se trata de relevante demanda sociocultural, posto que o MARS, desde sua fundação em 1978, não tem uma sede definitiva e adequada às suas finalidades, apesar de sua significativa produção de pesquisas antropológicas e arqueológicas, que resultam em importante acervo etnográfico regional e arqueológico, a partir do qual são produzidos diálogos e reflexões à sociedade.
Mesmo em condições estruturais adversas, o MARS vem divulgando, em espaços alternativos, conhecimentos sobre diversidade e patrimônio cultural, dinâmicas de memórias coletivas e pertencimentos sociais significativos no reconhecimento e auto-reflexão na conformação das identidades sociais dos grupos, redes e agentes que vivem e formam a sociedade plural de nosso Estado. Considerando as potencialidades de tais ações, a dignidade e a cidadania institucional, não é mais aceitável o MARS permanecer na situação atual, sediado provisoriamente, desde o ano de 1995, no décimo andar do edifício Santa Cruz, na Rua dos Andradas, Porto Alegre, em salas inadequadas, tecnicamente precárias - sobretudo para garantia de reserva técnica e realização de exposições - de péssima acessibilidade e sem nenhuma comunicação com o público.
Nossa adesão e respaldo a esta iniciativa se apóiam na perspectiva de que há uma confluência de vantagens e potencialidades em sua concretização, desde a solução definitiva e adequada tecnicamente de problema crônico de sede do MARS, à revitalização espacial e territorial daquela área e da vida cultural da cidade e do Estado, dotando-lhes de equipamento museológico em sintonia com as aspirações da comunidade, cidadãos e coletivos sociais e étnicos.
Ainda, o projeto de nova sede se valoriza por sua vocação ao debate público da Antropologia, proporcionando a fruição e a reflexão conceitual e estética de dilemas e perspectivas dos processos culturais nos quais estamos mergulhados na sociedade contemporânea. E, por tudo isso, o apoiamos.