Considerando o inconcebível nível de segurança pública que a Bahia alcançou com a greve da Polícia Militar - apesar de que em dias normais a situação já é crítica e inaceitável, entendemos que a questão da segurança pública na Bahia e no Brasil deve ser tratada com mais responsabilidade do que foi conduzida até o momento.
Os impactos financeiros, sociais, psicológicos e de imagem para a Bahia e para o Brasil são percebidos em todo o mundo e por muitos anos sofreremos as suas conseqüências. A responsabilidade pela elevada violência no Brasil é de todos os nossos representantes (Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores) e da população que esteve submissa e conformada com o caos da violência diária, fechando os olhos aos mortos do dia-a-dia pelas armas de fogo.
Entendemos que os policiais militares devem ter uma remuneração justa que corresponda à responsabilidade e risco das funções desempenhadas, afinal a questão de segurança pública é de fundamental importância para a vida de todos os que aqui residem e nos visitam.
Entendemos que é necessário o pagamento de gratificação variável de acordo com os indicadores de violência regional, ou seja, quanto menor a violência mais o policial ganharia com esta gratificação.
E para que o Brasil tenha recursos financeiros para pagar melhor remuneração aos policiais sem aumento da já elevadíssima carga tributária a que estamos submetidos solicitamos, desde já, com a autoridade de quem paga os tributos e assim sustenta toda a máquina pública, que todas as casas legislativas do Brasil – Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal – reduzam em 20% os seus gastos e transfiram os recursos para um fundo de segurança pública nacional.
O brasileiro necessita ser mais bem tratado pelos seus representantes. Precisamos, no mínimo, de segurança pública, educação e saúde com dignidade e, para tanto, os srs. e sras parlamentares devem assumir a responsabilidade com menos gastos nas casas legislativas para que os recursos possam ser utilizados por realmente quem necessita deles: o cidadão.
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