Abaixo-assinado Pela reintegração dos demitidos da AMC Fortaleza - Nenhuma punição aos que lutam!
Para: Prefeita Luizianne Lins do Municipio de Fortaleza
Carta aberta à população e à Prefeitura Municipal de Fortaleza
Agentes de trânsito, trabalhadores da limpeza urbana, da manutenção viária, agentes de saúde e de endemias estão, há meses, buscando negociar suas reivindicações com a administração municipal de Fortaleza. Diante da impossibilidade de resolver a campanha salarial na negociação, por conta da intransigência do governo municipal em atender qualquer reivindicação, os trabalhadores foram à greve.
Ao invés de reconhecer o direito de greve e apostar no diálogo com o sindicato, o governo municipal escolheu criminalizar e retaliar a greve.
A última medida foi demitir dez trabalhadores da autarquia de trânsito AMC. Antes de chegar a essa medida extrema, antipopular e ilegal, o governo Luizianne Lins (PT) impetrou várias ações na justiça buscando colocar a greve na ilegalidade, impondo pesadas multas ao sindicato, fazendo terrorismo com a população e demonstrando intolerância diante do exercício livre do direito de greve.
Não se pode aceitar que um governo trate assim a luta legítima e justa dos trabalhadores. Muito menos de um governo dirigido por quem no passado sofreu perseguição por defender o direito de greve, negociação e organização dos trabalhadores.
Os dez demitidos foram escolhidos aleatoriamente e tiveram seus nomes publicados pela imprensa e no Diário Oficial, sem direito de defesa ou processo administrativo.
É grave quando os governos e patrões passam a criminalizar o direito de greve. E isso tem se tornado corriqueiro no Brasil. No entanto, as organizações populares, políticas, sindicais e sociais não podem se calar diante destes fatos que são retrocessos graves para a democracia no Brasil. Conclamamos os sindicatos, movimentos, parlamentares e partidos políticos a prestarem solidariedade aos servidores em greve exigindo nenhuma punição aos que lutam por seus direitos.
Dirigimo-nos ao governo municipal de Fortaleza, em especial à Prefeita Luizianne Lins para que acate a decisão judicial que cancelou as demissões, estabeleça negociações efetivas com o Sindifort e atenda as reivindicações dos trabalhadores do município de Fortaleza.