CRIAÇÃO DE RACIONAMENTO DE ÁGUA NA REGIÃO METROPOLITANA ATENDIDA PELO SISTEMA CANTAREIRA E ALTO TIETÊ

Desde quando começou a crise de recursos hídricos na Região Metropolitana de São Paulo o governo do Estado de São Paulo vem negando a realidade e minimizando a situação real dos reservatórios dos Sistemas Cantareira e Alto Tietê. É necessário uma intervenção federal e do Ministério Público para minimizar os riscos que cercam o abastecimento de água e que de acordo com tal comportamento pode comprometer também o abastecimento de outras regiões do Estado, como a Região Metropolitana de Campinas e demais cidades que dependem dos rios que formam ambos sistemas de abastecimento.

O cenário atual não é favorável para a contínua retirada do "volume morto" dos reservatórios pois as previsões de chuva nas cabeceiras dos rios que compõe todo o abastecimento é incerto e imprevisto. Cada nova tentativa de previsão traz consequências desagradáveis para a própria população e o governo estadual não vem cumprindo com o compromisso público de garantir o abastecimento de água, já que desta forma que vem sendo explorado esses recursos estão pensando de forma muito positiva sem se preocupar também com as possibilidades negativas e contrárias aos modelos otimistas que estão gerando a captação de água de uma reserva nunca utilizada antes.

Essa negação do governo em implantar o racionamento de água vem criando apenas a impressão de que essa situação não é uma crise, apenas uma época que logo vai ser resolvida. A população mais instruída já percebeu que a situação não é temporária e que a mesma pode comprometer de forma definitiva o abastecimento público. O que se vê é apenas uma jogada pré-eleição para não cair no desagrado público do candidato a reeleição de governador, o Sr. Geraldo Alckmin.

Vamos mostrar a todos que a população do Estado não é fraca e que também temos uma opinião e que uma situação de racionamento pode ser passageira mas que não vai trazer consequências definitivas para um sistema que já está saturado e que não comporta mais um descuido do governo.

Não queremos uma solução temporária. Queremos uma solução definitiva. Mas até alcançar um plano realmente viável devemos recorrer ao que está em nossas mãos, ou seja, usar um racionamento consciente da atual situação e de forma temporária até os reservatórios voltarem a ter o seu nível normal para utilização.

Conto com o apoio de todos.

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