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Manifesto do Movimento Democracia Rubro-Negra

Para: A Torcida do Sport Club do Recife e Sociedade Pernambucana

À Torcida do Sport Club do Recife e à Sociedade Pernambucana

A Democracia Rubro-Negra é um movimento que une sócios e torcedores apaixonados pelo Sport Club do Recife e nos dirigimos pela primeira vez à grande nação rubro-negra para expor nossas ideias. É com profunda preocupação que redigimos este manifesto, num dos momentos mais críticos da História do nosso País e do nosso Clube. Nos últimos anos, apoderou-se do Sport um falso discurso de modernização que mascara a continuação de velhas práticas do futebol brasileiro como: falta de transparência, nepotismo, negociações obscuras com empresários etc.

Desde a crise com Vanderlei Luxemburgo, no ano passado, tem ficado mais evidente para a nossa torcida a triste realidade por trás do discurso vazio do atual presidente Arnaldo Barros. Hoje, a atual gestão encontra-se isolada e sem credibilidade perante sócios e torcedores, graças aos atrasos salariais, saída inexplicável da Copa do Nordeste e notícias de dívidas do Sport com vários clubes e empresários. Todo esse caos administrativo deve ser o prenúncio de uma grave crise financeira ainda pior no Clube, por conta grande perda de receitas ocasionadas pela eliminação humilhante na Copa do Brasil e a infeliz opção de não jogar a Copa do Nordeste.

Diante desse cenário, resolvemos trazer ideias para um debate necessário com a gigantesca nação de torcedores do Sport. Mais do que discutir nomes para sucessão dos grupos que se revezam na sua diretoria, o Sport precisa de uma grande renovação no campo das ideias. É urgente que mais torcedores e torcedoras se apropriem e se preocupem com o Clube, para que não dependamos de soluções “mágicas” das mesmas cabeças de sempre. Desta forma, seguem alguns princípios e ideias para o debate.

1. Democracia como princípio fundamental: por eleições diretas e plurais na Ilha!

Acreditamos que o futebol não está isolado dos princípios que defendemos para a sociedade em geral. Por isso, consideramos que os princípios democráticos devem ser pedras basilares na gestão do clube que amamos. Dessa forma, destacamos que é preciso efetivar mais mecanismos de consultas diretas aos sócios. As formas de participação dos sócios na vida interna do clube devem ser ampliadas, assim como a publicidade de informações básicas do clube.

O atual modelo de eleição do Sport é atrasado e típico de elites que querem se perpetuar no poder. Por muito tempo, o Colégio Eleitoral das eleições do Clube foi o mesmo modelo adotado pela Ditadura Militar brasileira e outros regimes autoritários quando quiseram abafar a vontade da maioria. Para romper com essa distorção, eleições diretas são o mínimo. Defendemos também a ampliação e a pluralidade no Conselho Deliberativo, que deve ter composição proporcional ao desempenho de cada chapa na eleição. Só assim cada associado terá direito a seu voto e voz efetiva. Levamos a Democracia no nome do nosso movimento e queremos transformar o Sport em um clube de referência na relação com sua torcida!

2. Portal da Transparência:

Propomos a criação de um Portal da Transparência que forneça aos rubro-negros, de forma fácil e clara, acesso a balancetes financeiros, receitas e despesas com contratos, valores de compra e venda de jogadores etc. Essas informações podem e devem estar disponíveis para os verdadeiros donos do Sport: os seus sócios e torcedores. A falta de transparência nas transações financeiras é o que abre espaço para conchavos com empresários ou para dívidas que vem sido “roladas para frente” como as oriundas das compras de Rithely, André e Rogério.

3. Política justa e realista de ingressos: Queremos a Ilha cheia!

Também acreditamos que quem faz do Sport o Rubro-negro mais amado do Brasil não é apenas seu quadro associativo. Não podemos fechar os olhos para a realidade do nosso País. Existe uma grande parcela de torcedores que não possui condições financeiras de ser sócia e contribuir regularmente com o Clube. Esse contingente da Torcida também quer e tem o direito de assistir aos jogos do Sport, mas vem sendo afastado do estádio por uma política errada e suicida no preço dos ingressos. O resultado é público e notório: a Ilha cada vez mais esvaziada, que nem lembra o Caldeirão de outros tempos.
Desde a extinção do Todos com a Nota, o Clube não consegue atrair regularmente os seus torcedores mais carentes. Devemos buscar soluções para incluir essa parcela da torcida, e não excluir. Propomos que seja feito um estudo profundo sobre o perfil socioeconômico da Torcida do Sport para criar uma política justa de ingressos, que permita o acesso de toda a massa de rubro-negros aos jogos, compatibilizando as necessidades financeiras e esportivas do Clube.

A Ilha precisa voltar a ser temida pelos nossos adversários, e todos os rubro-negros sabem que, até com elencos inferiores, a força da nossa torcida sempre fez a diferença nos nossos domínios. Uma gestão que se diz “profissional” nunca poderia permitir que nosso time jogue com públicos tão pequenos. Afinal, “caro mesmo é lugar vazio”.

4. Profissionalização de verdade no Departamento de Futebol

Apesar do discurso “moderno”, as práticas que vemos no departamento de futebol do Sport são as mais arcaicas possíveis. A cereja do Bolo foi a nomeação filho do presidente para ocupar o cargo de diretor de futebol, sem que houvesse nada em sua história dentro ou fora do Sport que o credenciasse para uma função tão importante. Até a última semana, também havia diretor de futebol que dividia o seu tempo com cargo de vereador, além de outros integrantes sem qualificação e tempo necessários para contribuir com o futebol do Sport. São práticas amadoras disfarçadas de profissionalismo, que não devem ter mais espaço em nosso Clube.

Defendemos a implantação de um verdadeiro modelo de profissionalização que tenha não apenas um executivo remunerado, mas todos os responsáveis diretos pelo Departamento de Futebol, desde a base até o profissional, passando pela administração do CT e prospecção de jogadores.
No modelo que defendemos, o Executivo de futebol deve ter mais funções e responsabilidades que o atual diretor remunerado, gerenciando toda uma equipe profissional do Departamento de Futebol. Para ocupar este cargo, é necessário um perfil de boa formação e competência profissional, mas também com amplo conhecimento da realidade do futebol brasileiro e das peculiaridades necessárias para lidar com jogadores, comissão técnica e de toda a gama de profissionais da estrutura do clube.
A contribuição de diretores amadores, bem como de todos os sócios e torcedores que queiram ajudar o Sport, sempre será bem-vinda. A Diretoria eleita tem que ser responsável por estabelecer e cobrar o atingimento das metas do futebol e de outras áreas do clube. Mas, o dia-a-dia do futebol deve ser tocado por profissionais capacitados para isso.

5. Interiorização do Sport

Todos os anos, durante o Campeonato Pernambucano, vemos a festa que acontece quando o Sport vai jogar no Interior, graças à presença maciça de nossa torcida que mora longe do Recife. É preciso valorizar este torcedor, fazê-lo se sentir acolhido e mais perto do clube que ama. Sugerimos que o Sport faça parcerias com clubes locais, escolinhas de futebol e centros de lazer das cidades para conquistar novos atletas e torcedores. Também deve levar a treme-terra nos dias de jogos para todas as cidades onde o Sport jogar, e outras medidas que valorizem a experiência do torcedor do interior, e não os deixem ao relento das parabólicas aprendendo a torcer para times do Sul e Sudeste desde cedo.

6. Relação com os demais Clubes do Nordeste

Um dos erros mais graves cometidos pela atual gestão do Sport foi ter saído da Copa do Nordeste, sem uma explicação plausível. Arnaldo Barros bravateia aos quatro ventos que o Sport gastava mais do que recebia para jogar a Copa do NE, mas não mostrou um mísero cálculo que provasse seu argumento. O que se sabe nos bastidores foi que uma iniciativa frustrada de participação do Sport na Primeira Liga (em acordo com a Globo) estava sendo costurada como plano B, e o plano A era a participação na Libertadores, competição para a qual não nos classificamos via Brasileirão desde 1987. Ou seja, a soberba do atual presidente foi tamanha que causou ao clube não só um prejuízo econômico, mas desportivo.

Queremos o Sport jogando todas as edições da Copa do Nordeste, e caso tenhamos outra competição mais importante em paralelo, que mandemos elenco misto para jogos do Nordestão, mas que não desistamos nunca dessa competição que tem ajudado a valorizar o Futebol Nordestino. Não é por acaso que, em 2018, o Nordeste terá 4 clubes na série A pela primeira vez na era dos pontos corridos. Apenas com esforço conjunto, poderemos fazer ao poderio econômico e político dos clubes do eixo Sul– Sudeste.

A nossa relação com os demais clubes do Nordeste não pode ser nunca pautada pela soberba, mas pela contribuição mútua. Lembremos que o Sport briga há 30 anos com a maior emissora do País e com o Clube politicamente mais forte do Brasil por conta do título de 1987. Não se pode abrir mão do crescimento conjunto do futebol nordestino pelo interesse mesquinho e predatório de uma rede de TV. Somos maiores do que isso.

7. Relação com as torcidas organizadas

Uma das marcas que Arnaldo Barros ostenta com orgulho é de ter afastado as torcidas organizadas do clube. O problema é que ele afastou a torcida inteira, organizada e nãoorganizada. Na verdade, o movimento de elitização que Arnaldo Barros e seu grupo propunham para o Sport (Arena com ingressos caríssimos, como visto em outras partes do País) precisava de um bode expiatório que pudesse associar com o crime. Fez parte de uma estratégia maior de afastar a massa mais pobre dos torcedores do Sport da Ilha, não só a Torcida Jovem. Na hora do desespero, recorria ao povão, colocando ingressos a 10 reais quando o Sport estava quase caindo para a Série B. Este modelo é um engodo.
Propomos que o Clube não tenha relações com nenhuma torcida organizada que faça apologia ao crime e à violência, mas que não passe uma régua única nas torcidas que mantém seu propósito original: torcer e ajudar o Sport. São torcedores que amam o Clube como cada um de nós, que ajudam a preparar a festa para os jogos, bandeirões, faixas, papéis picados, etc.

8. Estruturação do CT e política de contratação de jovens valores:

Para competirmos com os clubes do eixo Sul-Sudeste, que dispõem de orçamentos bem maiores que o nosso, temos que ampliar ainda mais os investimentos no CT e contratação de jovens jogadores da região Nordeste. Assim, poderemos formar um time melhor qualidade e menor custo. Esta política deve estar associada ao processo de interiorização do clube, assim como o estreitamento da relação com os outros clubes do Nordeste.

9. Valorização do associado:

É preciso ampliar a política de sócios oferecendo mais contrapartidas com os torcedores que decidem se associar. Pernambuco é um dos poucos estados do País onde a maior torcida do Estado não é do Eixo Sul-Sudeste, e a falta de aproveitamento deste potencial da cultura do nosso futebol é mais um exemplo de ineficiência da atual gestão do Sport. Temos que aproveitar melhor a estrutura da Ilha e do clube, construindo opções de lazer e cultura para o associado, e com foco diferenciado na atração dos jovens. Propomos a criação de um museu real (para além do museu virtual) onde o sócio possa ir com sua família, além da reforma da Ilha do Retiro, para propiciar melhor conforto e abrigar lojas de alimentação e de serviços para o associado.

Movimento Democracia Rubro-Negra
19 de fevereiro de 2018
Pelo Sport Tudo!

Email: [email protected]

1- Alexandre Conceição
2- Alexandre Miranda
3- Amanda Salvino Araújo
4- Ana Moraes
5- André Luiz Barreto Azevedo
6- Antonio Gueiros
7- Antônio José Trajano
8- Antonio Neto
9- Aristóteles Cardona Júnior
10- Bruno Abreu de Melo
11- Caetano de Carli Viana Costa
12- Caio César Loureiro Moura
13- Caio Cintra Pires Ferreira
14- Charles Silva
15- Daniel Lamir
16- Diogo Santos
17- Eduardo Araújo
18- Emídio Dias da Silva Júnior
19- Fábio Emmanuel Couto Barreto de Souza
20- Fábio Nunes Campelo
21- Felipe Reis Melo
22- Helinando Pequeno de Oliveira
23- Hugo Leonardo Ferreira Rocha
24- Iranildo da Silva Marques
25- Iyalê Tahyrine Moura Correia
26- João Chaves
27- João Coutinho Cabral de Mello Neto
28- João Victor Rocha Leandro
29- José George Sanguineto
30- Laila Talita da Conceição Costa
31- Leonardo Bulhões Xavier
32- Lucas van der Ploeg
33- Luiz Anderson Cardona Fernandes
34- Marcel Alves Estevão
35- Marcos Holmes Carvalho
36- Matheus Menezes de Barros Vanderlei Rego
37- Olegário Florêncio
38- Pedro César Josephi
39- Pedro Reynaldo Maia Vasconcelos
40- Rafael Alex Sobrinho
41- Rafael Diniz
42- Roberto Rocha Leandro
43- Samuel Herculano Inácio
44- Sérgio Melo
45- Sérgio Ricardo Bravo Silva
46- Stefano Malinconico
47- Thiago Freitas Freire
48- Thiago Henrique dos Santos Silva
49- Thiago Rocha Leandro
50- Wilma Lúcia de Souza
51- Zé Gomes




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