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PEDIDO DE REGISTRO DA RUA SALES BARBOSA COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL LITERÁRIO, HISTÓRICO-CULTURAL DE FEIRA DE SANTANA-BA

Para: COMUNIDADE, INSTITUIÇÕES, ETC.

Solicitamos das autoridades competentes o REGISTRO Imaterial da Rua Sales Barbosa como local histórico, tornando a memória feirense viva, em um espaço de
lazer e interatividade.


Carecemos da história e da literatura para sustentarem o chão da Feira de Santana. Aqui, cabe pensar o céu do Romântico Sales Barbosa (1862-1888), o poeta da Rua do “Meio”.
O Memorial a Céu Aberto Sales Barbosa é uma proposta de valorização da memória cultural de Feira de Santana, da sala de estar das criações literárias, das artes, da vida boêmia e das culturas populares que utilizavam a antiga Rua do Meio, a atual Sales Barbosa, como seu principal palco. Trazer o poeta Sales e as marcas de seu tempo à contemporaneidade proporcionando aos visitantes um lugar público, estimulador do turismo, do lazer e da cultura. O projeto objetiva além do resgate e valorização do poeta Sales Barbosa, o resgate da noite, da “boemia” versada na antiga Rua do Meio e dos demais poetas feirenses da terceira geração do movimento literário Romântico feirense.

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Francisco de Sales Barbosa (1862-1888), poeta adormecido, andou, registrou seu tempo, fundou e publicou folhetins, versou nas praças e coretos do entorno da Rua do Meio, o primeiro Romântico a ser estudado na cidade, deixou a sua marca, o modo de pensar de uma época, a memória e a cultura, toda a identidade da cidade e de seu povo sofreu confluência direta ou indireta da obra do poeta em discussão.
O estudo que guiou a elaboração deste projeto persegue a inclusão da cidade de Feira de Santana nos debates mais acirrados sobre a existência do Romantismo no interior baiano.

Descrição
O projeto visa a criação, via decreto de lei, do Memorial a Céu Aberto Sales Barbosa como uma ação estruturante de valorização da memória cultural e literária de Feira de Santana que tinha como palco principal a antiga Rua do Meio, atual Sales Barbosa. A rua também foi celebrada durante anos da vida boêmia, intelectual e Romântica da cidade desde a sua constituição.

Dentre os objetivos propostos pelo projeto estão a requalificação da rua, a criação de um programação cultural calendarizada e o pedido de tutela municipal e estadual do bem como patrimônio imaterial de Feira de Santana e da Bahia.

Justificativa

A cidade de Feira de Santana acolheu o século XX com os olhos voltados para o progresso, passou pelo tempo passado indiferente, vibrou pelo processo de modernização, ao mesmo tempo em que foi aceitando o apagamento da importantíssima memória vivida. A antiga Rua do Meio, hoje, encontra- se à disposição dos passantes. O pulsante comércio informal que a rua abriga ocupou o lugar da boemia e da cultura produzida no constante diálogo com o encontro comercial que a rua realizava com seus visitantes e mais ilustres frequentadores. O calçadão foi rejeitado por uma importante parcela dos apreciadores do chão feirense, idosos, jovens e crianças..


Dos casarões históricos da rua quase nada existe ainda, no entanto, a Rua Sales Babosa está no entorno de importantes bens materiais tombados pelo IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultura da Bahia), são eles: o Mercado de Arte Popular, edificação datada de 1914, tombamento provisório estadual através de notificação assinada em 24/11/94; o Coreto da Praça Bernardino Bahia, tombamento estadual através do Decreto nº. 8.357/2002; a Igreja Nossa Senhora dos Remédios que data de 1707, tombamento estadual através do decreto nº. 9.986/2006; o Coreto da Praça Froes da Mota, tombamento estadual através do Decreto nº. 8.357/2002; o Casarão Froes da Mota, tombamento estadual através Decreto nº. 9.985/2006 e o prédio da Escola Maria Quitéria, tombamento provisório formalizado no processo nº 009/91, todos esses equipamento estão sub utilizados e possuem pouca visitação por parte de feirenses e turistas por desconhecerem sua história e até sua existência, o projeto do Memorial propõe a criação de um roteiro pela rua que além de reviver a memória de poetas Românticos feirenses e suas criações literárias como Sales Barbosa (1852-1888) Pe. Ovídio Alves Boaventura, Filinto Ferreira Bastos, Dr. Remédios Monteiro, Cristovão Barreto, Libânio de Moraes e outros atraia atenção do público à história e preservação dos patrimônios materiais já tombados do entorno da rua.


Importante também salientar que a Rua Sales Barbosa é uma importante via de acesso a todos esses bens tombados acima listados porque permite o acesso a pé de visitantes deste entorno, todas as demais vias de acesso são vias de trânsito, algumas estreitas que não dispõe de estacionamento para veículos, nem tão pouco rampas de acesso à cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção, esta situação dificulta ainda mais as visitas a esses patrimônios.


É urgente a necessidade do registro imaterial da rua para assegurar a preservação do Patrimônio Material do entorno, do único calçadão da cidade, do local de encontro como fonte de saber histórico, estabelecendo ao mesmo tempo um dialogo com o centro comercial e sua ocupação artística, somente assim será possível devolver a Rua do Meio sua essência ainda viva na memória dos mais antigos morados de Feira que relembram de forma nostálgica os constantes diálogos da rua boêmia com o cotidiano da cidade, o projeto pretende devolver a antiga Rua do Meio o protagonismo e o palco das criações literárias integrando-as ao pulsante comércio que ainda ali sobrevive e que também compõe a essência da rua desde sua criação.



Segundo os dispositivos legais de tombamento e salvaguarda elencados acima, toda a extensão da Rua Sales Barbosa já está sobre tutela estadual por estar no entorno dos referidos bens tombados acima já listados, falta ainda uma ação mais efetiva de proteção a esses bens, este projeto traz uma proposta de requalificação dos entornos desses patrimônios dando à rua e à esses equipamentos uma programação cultural integrando-as em um grande Memorial a céu aberto Sales Barbosa.
Na esfera municipal o pedido de registro como patrimônio imaterial está resguardo na Lei Municipal nº 3.355/13 em seu capítulo I prevê:


Do Patrimônio Cultural

Art 1º - O patrimônio cultural é constituído por bens de natureza material e imaterial existentes no município, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade local, dentre os quais se incluem....
IV - As obras, objetos, documentos, edificações, e de demais espaços destinados as manifestações artístico-culturais,
V- Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico, científicos culturais e turístico.
Falta por parte do poder público municipal a sanção do marco legal de registro da Rua Sales Barbosa como patrimônio cultural imaterial da cidade de Feira de Santana.

O projeto justifica-se também pelo viés educacional e turístico, toda a rede escolar seria beneficiada com a criação do memorial e com as apresentações artísticas realizadas a céu aberto, essa ação desperta um sentimento de pertencimento por parte dos feirenses e acima de tudo auxilia metodologicamente os professores no ensino de história, português e artes, afinal somente se preserva e se ama aquilo que se conhece. Dentre as ações propostas por esse projeto estão visitas guiadas de escolas e a realização de trabalhos interdisciplinares com os alunos.

Abordando o viés turístico, Feira de Santana é o maior entroncamento rodoviário no norte e nordeste do Brasil, diariamente a cidade recebe turistas das mais diversas finalidades de todo o mundo, o Memorial ofertaria de forma gratuita o cartão postal “vivo” da cidade, além de uma extensa programação artística e cultural, um verdadeiro resgate sobre a memória da cidade, a poesia declamada na rua, seus mais ilustres escritores e poetas, como consequência ainda, fomentaria o fluxo de pessoas ao comercio local estimulando o desenvolvimento regional.


Objetivo Geral

1. Criação do Memorial a Céu Aberto Sales Barbosa como uma forma de valorização, preservação do Patrimônio Material e Imaterial (Memória cultural da cidade de Feira de Santana).
2. Criação de uma programação artística para ocupação cultural da Rua Sales Barbosa.
3. Salvaguardar de forma mais efetiva o entorno dos bens tombados integrando-os ao roteiro cultural proposto pelo projeto.

Objetivos específicos:

1. Fomentar o comercio local.
2. Fomentar o turismo.
3. Criação de projetos interdisciplinares com a rede escolar de Feira de Santana e região para trabalhar metodologicamente matérias como português, literatura, história, artes e outras.
4. Requalificar o comércio do centro da cidade.
5. Despertar em seus frequentadores o senso de proteção e educação patrimonial.
6. Preservar, divulgar a criação literária dos poetas Românticos Feirenses.
7. Incentivar pesquisa científica feirense.



Há toda uma memória da rua ali representada. Esse pode ser um
modo de fazer chegar o conhecimento histórico, de tornar
visível todos os momentos e diversos contextos em que a cidade
foi sendo construída.

[...] Justificando o projeto: Sales Barbosa (1862-1888)
é capaz de desencadear estudos, vontades, aspirações,
memórias, capazes de fortalecer a vontade de preservar
edificações históricas e costumes, um jeito de ser, de
compreender e ocupar o espaço urbano, contribuindo
para a diminuição da apatia, quiçá da violência e dos desajustes
citadinos atuais. Em suma, o “Memorial a céu aberto” ajudará a ver
a grandeza, a importância da cidade.


Fazer do espaço um convite, um presente para os feirenses,
preservando assim a Rua como forma de lazer, cultura,
e memória, visto que a cidade não somente esqueceu seu
poeta de vida breve por 129 anos (1862-1888), mas da rua
como local de encontros artísticos: literatura, teatro, dança,
música, pintura, diversas artes e eventos etc.



Feira de Santana agradece!

"A ideia do Memorial surgiu em 2016 caminhando através da pesquisa da professora Cintia Portugal de Almeida Tranzillo de Vasconcelos, nascida em Feira de Santana- Bahia. Graduada em Letras com francês (UEFS). Mestre em Estudos Literários (UEFS), com a dissertação “O Poeta, a Rua e o Romantismo: a produção Literária de Sales Barbosa” (2016). Autora do livro Caminhando pela Cidade: crônicas sobre as ruas, praças e becos de Feira de Santana -BA (Via Literarum -2013). Em estudos para elaboração e defesa da dissertação de mestrado, defende que o poeta Sales Barbosa integrou a Escola do Romantismo da terceira geração e que a Rua Sales Babosa, antiga Rua do Meio, foi palco e inspiração de muitas dessas criações.
Articulista do Jornal Folha do Norte, com a Coluna Caminhando pela Cidade. Membro do GELC: Grupo de Estudos Literários Contemporâneos - UEFS. Tem ensaios publicados em revistas acadêmicas e anais de congressos de Literatura. Participou do estudo vinculado ao PROCAD/Projeto Escritas Contemporâneas/Programa de Cooperação Acadêmica/ CAPES – Intercâmbio do PROGEL-UEFS com a PUC/Rio. Ocupa a cadeira nº 05, patrono Aloísio Resende e diretora da Revista da Academia Feirense de Letras (AFL). Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana (IHGFS). Membro da diretoria cultural da Confraria Poética Feminina".








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