Audiovisual Campina Grande
Para: Prefeitura Municipal de Campina Grande
Sr. Prefeito
Artistas e técnicos, dentre profissionais e aspirantes, que trabalham no desenvolvimento de filmes de longa e curta-metragens na Cidade de Campina Grande cobram através deste abaixo-assinado, medidas eficientes para fomentar o setor.
Como já foi apresentado aos técnicos da secretaria, há um programa do governo federal que estimula o desenvolvimento desta atividade por uma contrapartida de 1/7 por parte do poder público. O Fundo tem quase 400 milhões para atender ao Nordeste.
A economia da Cultura Brasileira representa 2,64% do PIB nacional, tem 200 mil empresas e instituições envolvidas, arrecada mais de 10,5 milhões em impostos e está em taxa de crescimento de 4,6% , índice maior que a taxa mundial. A cultura está entre os 10 setores que mais gera riqueza no país, superando a indústria textil, farmacêutica e de eletro-eletrônicos .
Dentro da indústria cultural, o cinema possui a maior fatia com investimentos inclusive maior que a soma de todo o resto do setor.
A Paraíba é pioneira em cinema e audiovisual. De maneira informal, é o Estado que mais produz filmes de curta-metragem. O Criador da TV Brasileira nasceu aqui, os primeiros livros sobre cinema do país começaram aqui, o sistema da TV digital é desenvolvido aqui, a primeira transmissão de TV do nordeste foi aqui.
O Fundo Setorial do Audiovisual está com 1,17 bilhões em caixa para 2018. Este fundo é proveniente das taxas que os filmes estrangeiros e nacionais pagam. Sendo o cinema a 3a maior indústria mundial, a arrecadação é muito significativa e oscila na casa de 1 bilhão anual. Administrado pelo MINC/Ancine/SAV ,deve, por lei, ser empregado no desenvolvimento do cinema nacional.
O interior do Estado da Paraíba tem agora a chance de entrar no programa caso o poder público se mobilize. A Ancine oferece a proporção de 6 pra 1. Ou seja, para cada 1 real colocado pelo
poder público, a Ancine coloca 6 vezes o aporte.
Segundo o próprio Ministro da Cultura, a contrapartida também pode ser levantada através de Emenda Parlamentar, pois há orçamento no MINC para atendê-las.
Cabe lembrar que a produção destes filmes gera contratação de muitos artistas e técnicos de todas as áreas da cultura, gera qualificação e abre espaço para a entrada da Cidade no mercado nacional, o que resulta na abertura de portas para um futuro mercado e postos de trabalho sustentáveis. É um momento histórico para o cinema brasileiro e Campina Grande não pode ficar de fora. É necessário agir!
Os técnicos da Secretaria de Cultura já tem em mãos os caminhos, nomes e contatos para realizar o convênio com o MINC a mais de 1 mês, mas o prazo está acabando.
Campina Grande 13/06/2018
Assinam abaixo Artistas e Técnicos do Setor Audiovisual de Campina Grande