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Pela qualidade do EaD PUC-MG (Caso da disciplina Tecnologias e Práticas Educativas)

Para: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Nós, os alunos da disciplina de EaD Tecnologias e Práticas Educativas, cujo responsável é o professor Simão Pedro Pinto Marinho, endereçamos esta petição à Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais a fim de relatar uma série de problemas que têm ocorrido, que, conforme relato de alguns alunos e ex-alunos, é reiterante e demandamos uma solução para a situação.

Importante ressaltar que nem todos os alunos que subscrevem este documento estão em condições delicadas de notas, portanto, não é um apelo movido pelo dissabor daqueles que estão com notas baixas. Em tempo, vale ressaltar também que, conforme relato de alunos repetentes e ex-alunos da disciplina, mais de uma vez foram feitas reclamações a esse respeito junto ao corpo administrativo da instituição e nenhuma providência efetiva foi tomada.

Adotaremos neste documento uma linearidade iniciada na didática de ensino, passando pelos processos de avaliação, pelo critérios e métodos de correção e, por fim, pela revisão de notas.


Didática de ensino

O professor adota material de enorme volume, inadequado à carga-horária disponível para a realização das disciplinas, uma vez que, supõe-se, uma disciplina de ensino à distância deveria demandar tempo, no mínimo, equivalente ao de uma disciplina presencial. Não é o que acontece na disciplina do professor Simão Pedro. É ponto comum entre os alunos que as atividades demandam tempo excessivo, o que muitas vezes inviabiliza a realização das mesmas, uma vez que grande parte dos alunos optou pela modalidade de ensino à distância pois exerce alguma atividade profissional, portanto, não podendo estar presente à sala de aula. Não bastasse a quantidade de exercícios ser excessiva, a pontuação por essas atividades exaustivas é baixa, quando não baixíssima, tendo em vista o trabalho que demandam.

Listamos alguns exemplos das atividades apartadas da realidade do Ensino à Distância:

Atividade 03: o professor descreve rapidamente o que é uma WebQuest, sem disponibilizar o texto base do autor referência sobre o tema (fazendo isso somente na atividade 10, cujo vencimento data de período após a prova em que o assunto foi cobrado), e em que pede para o aluno estudar dois temas distintos (cujos textos são, como é praxe, extensos), depois o aluno é orientado a descobrir um sistema pouco, ou praticamente nunca, utilizado (slideshare), sem qualquer orientação sobre como fazê-lo, qual navegador utilizar, como registrar o nome do arquivo para que o sistema aceite, etc. Valor da atividade: 2 pontos.

Atividade 05: nesta tarefa o professor indica, para o cumprimento dela, que o aluno assista a uma série de vídeos que totalizam praticamente 01 hora de conteúdo. Além disso é preciso responder a duas questões opinativas. O valor da atividade totaliza 2 pontos. O conteúdo não foi, nem de longe, contemplado na avaliação presencial.

Atividade 11: nesta atividade, o aluno é redirecionado para uma enorme apresentação de slides (totalizando 143) acompanhada de uma narração em áudio, o que torna a aquisição de conhecimento estafante e calcada em princípios completamente contrários aos em voga na pedagogia moderna.

Além da grande quantidade de material, o conteúdo é obsoleto, e, segundo relato de alguns alunos repetentes, leva a crer que há reaproveitamento de material de semestre a semestre. Isso, além de inadequado para quem tem por auspício acadêmico lecionar uma disciplina sobre Tecnologias e Práticas Educativas, configura descuido profissional, uma vez que os alunos pagam ou são financiados por entidades diversas para terem um ensino baseado na renovação do material, visto que é uma área de conhecimento dinâmica.

Exemplo que ilustra esse caráter obsoleto e de possível reutilização do material, além do conteúdo propriamente antiquado das atividades:

Atividade 03: O professor indica como exercício fazer uma apresentação de PowerPoint baseada no acesso a uma WebQuest, que teve sua última atualização em 09 de fevereiro de 2013. São, portanto, 5 anos desde a última vez que o professor atualizou o material em questão.

Ainda, em uma disciplina que verse sobre Tecnologias, o mínimo que se espera é a utilização das plataformas disponíveis para essa finalidade. Mais uma vez, não é o que ocorre com a disciplina do professor Simão Pedro, uma vez que o Canvas é utilizado apenas como meio de envio de materiais, não sendo utilizado para promover contato entre os alunos da disciplina, por meio de, por exemplo, fóruns de discussão, tampouco para a pronta resposta às dúvidas que os exercícios, muitas vezes dúbios e repletos de pontos cegos, suscitam nos alunos. Quando responde, o professor adota tom não muito polido, muitas vezes apelando à ironia ou ao chiste como estratégia de comunicação.


Processos e métodos de avaliação

No que diz respeito aos métodos e processos de avaliação adotados pelo professor Simão Pedro, é queixa comum a arbitrariedade adotada e a cobrança de conteúdo não contemplado no decorrer das atividades, por mais incrível que isso possa parecer, dado o volume do material.

Em uma turma composta por 68 alunos, conforme relatório divulgado pelo professor, na primeira prova, 51,47% não conseguiu alcançar uma nota suficiente para aprovação. Nota-se, portanto, que é um problema claramente metodológico e avaliativo, uma vez que um coeficiente tão grande de alunos não conseguir atingir a nota mínima para aprovação não é normal. Ainda que fosse, apontaremos a seguir alguns fatos que levam a crer que, de fato, é um problema de natureza metodológica e avaliativa.

1. O conteúdo cobrado na prova não corresponde ao conteúdo ministrado. Comprova isso, na prova 01, a questão 02, relativa à WebQuest e ao pensamento de Vygostky. Primeiramente, nem todos os alunos têm contato anterior com o pensamento do referido pedagogo. Para além disso, o professor retirou pontos excessivos dos alunos que não abordaram ponto específico que não foi abordado em nenhum momento no decorrer da disciplina (a saber, a relação entre estudantes, em duplas ou grupos, frente à WebQuest).

2. A questão 04 da primeira prova é especialmente problemática, uma vez que apresenta em seu comando que o aluno não deve descrever o cartum. No entanto, ao tecer comentários no espelho de correção da prova, o professor elabora descrição detalhada do referido recurso imagético.

3. É relatado por uma aluna, no que se refere ao espelho de correção da questão supracitada, um tratamento inadequado do professor ao tecer comentários, que, inclusive, desqualificam intelectualmente e ironizam o raciocínio da aluna.

4. Reiteradamente, o professor instiga os alunos a desenvolverem senso crítico, no decorrer das atividades, mas, quando, na avaliação, a opinião ou a abordagem da questão não correspondem às esperadas por ele, os alunos são severamente punidos, perdendo grande quantidade de pontos.

5. Reclamação recorrente, também, é o fato de que em questões que solicitam a opinião pessoal dos alunos e argumentação em favor dela, o professor desconsidera, aparentemente, essa argumentação, ainda que bem fundamentada, e dedica-se a frases dissonantes do seu próprio ponto de vista para, arbitrariamente, penalizá-los.

6. As duas provas do semestre foram composta de 04 questões abertas, que demandam longa fundamentação e argumentação, desconsiderando completamente o fato de que muitos alunos fazem mais de uma prova no mesmo dia. Muitos alunos reclamam que, por causa disso, tiveram de fazer questões desta disciplina e de outras apressadamente. Os alunos comentam que nas outras disciplinas EaD as avaliações são sempre compostas por questões fechadas e abertas.

7. As questões da prova, assim como ocorre em diversas atividades da disciplina, são mal elaboradas, deixando margem para múltiplas interpretações, que não são contempladas pelo professor no quando de sua correção.


Revisão de notas

Os alunos tentarão, naturalmente, recorrer aos meios burocráticos formais destinados à revisão de notas. No entanto, é relatado por alguns dos alunos repetentes e outros que cursaram a disciplina em semestres anteriores que o professor Simão Pedro é impassível quando se trata desse tipo de recursos. Soma-se a isso o teor de mensagem enviada pelo professor a um aluno, em que frisa que a nota pode ser reduzida e que a revisão não pode ser vista como uma estratégia para que o aluno aumente sua nota. Pensamos que esse tipo de ressalva induz o aluno a ter receio de pedir a revisão da nota, visto que frisa a possibilidade de reduzir a pontuação. Embora ele esteja informando apenas uma possibilidade real, a fama e o tom desrespeitoso dos comentários às respostas de alguns alunos fomentam esse tipo de receio junto ao corpo discente.

Consta, também, relato de alunos sobre tom desrepeitoso e, por vezes, irônico do professor nos comentários tecidos em justificativa aos alunos que tiveram pedidos de revisão de prova aceitos.

Considerações finais:

Todos os alunos têm interesse na aquisição de conhecimento de alta qualidade e na idoneidade dos processos didáticos e avaliativos aplicados. Sentindo-se lesados, têm, assim, também, interesse em fazer-se ouvidos.

Os fatos e as provas levam à conclusão clara de que o professor incorre em várias práticas que lesam os interesses dos alunos. Práticas estas que vão desde a qualidade do ensino oferecido à arbitrariedade dos processos de avaliação, do tratamento inadequado dado aos alunos à amostragem percentual de notas que apontam para a incapacidade didática do professor.

Portanto, tendo em vista o histórico do professor, os fatos expostos acima e a seriedade da instituição em que estudamos, deixamos a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais ciente do problema e aguardamos uma resolução para o problema.

É importante frisar que todos os alunos estão cientes dessas queixas e estarão bastante atentos a qualquer possibilidade de retaliação que possa vir a ocorrer.




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