Abaixo-assinado contra a reforma da Previdência
Para: Jair Bolsonaro, Governo Federal
O principal argumento do governo de Jair Bolsonaro (PSL) para convencer deputados e senadores a aprovar a reforma da Previdência é o de que o país economizará R$ 1,165 trilhão de reais em dez anos. O que ninguém diz é que para fazer essa economia o governo vai tirar dinheiro do bolso de mais de 35 milhões de brasileiros, trabalhadores da iniciativa privada, rurais e idosos em situação de miserabilidade que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Outro argumento falacioso, é o de que vai acabar com ‘privilégios nas aposentadorias’. Na prática, a reforma vai cortar benefícios e aposentadorias de assalariados e idosos em situação de vulnerabilidade.
75% do valor que Bolsonaro quer economizar vai atingir diretamente quem tem renda mais baixa. É o que mostra estudo encomendado pela Fenafisco, em parceria com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip). De acordo com o estudo, R$ 715 bilhões da economia que Bolsonaro pretende fazer viriam às custas dos trabalhadores do regime geral que terão o acesso a aposentadoria restringido e o valor dos benefícios reduzido. Outros R$ 182 bi viriam da redução do valor do BPC. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 006/2019) prevê redução do benefício de um salário mínimo (R$ 998,00) para R$ 400,00 aos idosos carentes.
A conta aumenta se forem levados em consideração os dependentes dos trabalhadores e trabalhadoras.
O abaixo-assinado contra a reforma da Previdência está nas ruas e nas redes e será entregue ao Congresso Nacional.
“Nós vamos entregar esse abaixo-assinado ao Congresso para mostrar aos parlamentares que o povo brasileiro não quer essa reforma. A previsão é que a entrega seja feita em maio”, explica o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.