Contra a destruição do sítio de João da Goméia
Para: ALERJ, MPRJ, MPF, Câmara de Duque de Caxias
Nos anos 50 e 60, ele fora considerado o "Rei da Baixada", mais conhecido Joãozinho da Goméia, o baiano João Alves Torres Filho foi um dos pioneiros do candomblé no Brasil. E hoje, por conta de visões preconceituosas, querem apagar a sua memória, destruindo todo o sítio histórico onde era localizado seu barracão, em Duque de Caxias. Sabemos da importância da construção de novos espaços escolares, o que também é de suma importância, mas apagar da história um marco de nossa cultura, de nossa ancestralidade é um ato de manchar toda uma luta. As religiões de matriz africana, fazem parte da vida de milhões de pessoas e ainda sofrem até hoje com ataques ou tentativas de destruir todo um passado que já é marcado de dor, sangue e luta. Não podemos deixar que essa luta se perca no caminho, temos que ser tão, quiçá, mais fortes que nossos antepassados e nos mantes de pé, ante tais atos de crueldade. Não é o ódio, a repulsa ou qualquer ato de violência que nos abalará, estaremos todos aqui, de pé, com nossas cabeças erguidas, mostrando o que temos, quem fomos, o que somos e quem seremos!