MANIFESTO A FAVOR DA VIDA! CONTRA O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS E SIM ÀS AULAS REMOTAS!
Para: Governo do Estado do Paraná
A APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, Núcleo Regional de Cambará, neste ato representando os Professores e Funcionários de Educação dos Municípios de: Abatiá, Andirá, Barra do Jacaré, Cambará, Guapirama, Itambaracá, Jundiaí do Sul e Santo Antônio da Platina.
Nós, professoras/es e funcionárias/os vimos por meio deste abaixo-assinado, manifestarmos a nossa recusa em retomar aulas presenciais, previstas para o dia 24 de maio de 2021, enquanto não houver vacinação para todos os profissionais da educação das redes municipais, estaduais e particular, sendo que é a condição adequada para o retorno seguro.
Nossa região registra um número de óbitos e de casos de contaminação altíssimo. A maior parte destes óbitos e contágios se deu em 2021, quando houve maior flexibilização na região. Muitas percas de vidas na região e sequelas deixadas das mais leves as mais complexas quando consegue se recuperar do contagio sintomático ou após intubação.
Vale salientar que os educadores tem trabalhado intensamente para que as/os estudantes participem e realizem as suas atividades remotas, de acordo com as condições econômicas de cada aluno. Após tanto esforço, no momento em que há maior participação de estudantes nas aulas online, seria um contrassenso voltarmos às atividades presenciais colocando em risco os mesmos e seus familiares, onde a maioria convive com pessoas idosas. O retorno é anunciado na mesma semana em que as UTIs do estado voltaram a lotar ou mesmo a nossa região ter que transferir os pacientes para lugares distantes por falta de recursos nos municípios que não há leitos para maiores complexidade, inclusive com a possibilidade de decreto para conter o avanço no número de casos, já que taxa de transmissão do vírus subiu neste momento. Retornar às aulas presenciais neste momento, ainda que com número reduzido de alunos, o ensino hibrido, só vai contribuir para aumentar a transmissão do novo coronavírus (cepa) na cidade. Ainda há falta de segurança nas medidas de biossegurança que não condiz com as leis impostas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e que devem ser adotadas no espaço escolar, o aumento expressivo na quantidade de estudantes, professoras/es e demais profissionais circulando na cidade oriundos de outros municípios e os alunos que utilizarão o transporte escolar coletivo com apenas o motorista para averiguar se os alunos estão cumprindo as medidas de segurança correta. Sem as medidas de prevenção tendência é a intensificação da disseminação do vírus e o surgimento de novas variantes, colocando nossas próprias vidas e a de outras pessoas em risco.
