Pelo direto dos bares e empreendimentos culturais
Para: Sr. Sebastiao Melo, Prefeito de Porto Alegre
A noite de Porto Alegre vem sendo atravessada por uma política de segurança pública e de fiscalização parcial, beneficiando determinados empreendimentos e bairros em detrimento de outros. A forma de atuação desses órgãos é fundamentada em leis que se contradizem. A abordagem feita aos empreendedores e consumidores é a base de desinformação e de forma arbitrária. Chegamos ao ponto de, sem qualquer aviso prévio por parte da prefeitura ou dos fiscais, três bares do Rio Branco foram interditados.
Nós, moradores do bairro, prestamos nosso apoio aos bares e estabelecimentos culturais, visando que todos sempre cumpriram com seus deveres como empreendedores e nunca se negaram a dialogar.
Abaixo elencamos pontos que justificam nosso apoio:
Segurança: desde a abertura dos bares a segurança melhorou bastante. Ao contrário de antes, nos sentimos mais seguros de andar na rua à noite. Ruas e calçadas iluminadas e com frequentadores ativos diminuem drasticamente a violência urbana.
Valorização da região: o aumento do público à noite causou a abertura de diversos outros estabelecimentos, aumentando as possibilidades de lazer no bairro, estas que até então eram escassas.
Incentivo à artistas locais e atrações gratuitas: entendemos que as atrações oferecidas por esses estabelecimentos que foram interditados são democráticas e acessíveis, visto que são gratuitas. Além disso, o incentivo à artistas locais que, muitas vezes, não conseguem se apresentar, deve ser considerado e valorizado.
Bares e vida noturna: valorizamos o crescimento da região e os próprios bares interditados próximos às nossas residências. Acreditamos que a cidade tem que se manter viva e movimentada, tendo espaços acessíveis para a população.
Exigimos nosso direito de expressar nossa opinião e defender o que acreditamos como moradores do bairro. Queremos seguir frequentando locais próximos às nossas residências e aproveitando as melhorias que eles nos proporcionam no dia a dia.
