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Petição PARA Um Museu DA MEMÓRIA E DA ARTE DAS Travestilidades NEGRAS E AMERÍNDIAS.

Para: Toda Sociedade civil que tem interesse em que a Luta das travestis negras e dos transmasculinos esteja viva na formação da juventude transgênere carioca.

A proposta a seguir foi deliberada coletivamente a partir de um encontro com a sociedade civil no dia 17 de novembro de 2023 no Instituto Casa das Pretas, situada na rua dos inválidos, 124, Lapa- Rio de Janeiro.
O PROJETO PARA Um Museu DA MEMÓRIA E DA ARTE DAS TRAVESTILIDADES NEGRAS E AMERÍNDIAS É UMA PROPOSTA DISCUTIDA COLETIVAMENTE POR REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL A SER LEVADA ÀS ESFERAS DOS PODERES PÚBLICOS MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL A FIM DE SE CRIAR DESDOBRAMENTOS POSSÍVEIS PARA CONCRETIZAÇAO DE TAL PROPOSTA.

A PROPOSTA do MUSEU DA MEMÓRIA E DAS ARTES DAS TRAVESTILIDADES NEGRAS E AMERÍNDIAS é para construção de um espaço que invista em fomentos tanto da CULTURA MATERIAL quanto da CULTURA IMATERIAL direcionadas ao empoderamento da juventude travestigênere.
A proposta está de acordo com a promoção e in-
clusão da diversidade que vem se fortalecendo
na luta pelos direitos da população trangênera
negra e ameríndia em todo país, em resposta
ao recrudescimento das campanhas ultracon-
servadoras de cunho racista, fundamentalista e
criminoso.


O MUSEU aqui não é entendido de forma ana-
crônica, como uma arquitetura isolada das ruas
e de seu território geográfico e afetivo. Ao con-
trário, o MUSEU DA MEMÓRIA E DAS ARTES DAS TRAVESTILIDADES NEGRAS E AMERÍNDIAS estará completamente integrado com as demandas das ruas, com as linguagens dos becos e vielas, alimentando e sendo alimentado pela vida real do território onde se instalará.

A proposta que segue pretende que o MUSEU
tenha dois vieses de trabalho:

PRIMEIRO VIÉS

O PRIMEIRO VIÉS de trabalho caracteriza-se como um eixo IMATERIAL. É um levantamento e retomada da memória e da história das travestis negras e ameríndias no país. Eixo que retoma a luta das nossas e nossos mais velhas e velhos e fornece à população jovem transgênera uma base para que saibamos que nossos passos vem de longe e que não estamos sós. Esse primeiro eixo caracteriza-se como
um viés de trabalho que visa alimentar os jovens e as jovens trans com cinematografia sobre o tema, literatura, e artes em geral que retratem os feitos poderosos construídos em luta e em vida das figuras de travestis como Neon Cunha, Jovanna Cardoso, Joao Nery, Léo Moreira de Sá, entre outres. E isso não é trivial. Reviver esses momentos , seja pela literatura, audiovisual, etc é uma maneira de potencializar as jovens mulheres travestis e trans.

O acesso ao reavivamento das histórias de empoderamento dessas travestis e homens trans, torna-se importante para que não se apaguem as lutas contra as mazelas que a geração anterior passou, como a operação tarântula, entre outras.
Conhecer as resistências das nossas mais velhas na história é uma forma de fortalecimento intelectual, emocional e ancestral. O acesso a essas memórias for-
nece munição aos jovens e `as jovens para que a história nao não se repita da mesma forma. Esse PRIMEIRO EIXO também propõe interações com travestis mais novas, como Erika Hilton, Érica Malunguinho, Indianare, lini-ker, entre outras.


SEGUNDO VIÉS DE TRABALHO
O segundo viés de trabalho do museu é colocar na prática qualificações profissionais artísticas para juventude travestigÊnere negra e ameríndia, tais como cursos de produção cultural, elaboração de editais, cursos de artes visuais, fotografia,, audiovisual, de teatro, entre outros. A própria proponente do projeto do museu tem formação nessas quatro áreas.
A proposta do projeto do MUSEU é criar um espaço DE ACOLHIMENTO onde haja uma efervecência de circulação de pesquisas das travestilidades no país do
passado e do presente, onde o fazer artístico jovem e atual esteja fundado nos feitos e memórias das travestilidades negras e ameríndias do país.
A proposta, enfim, é que o MUSEU DA MEMÓRIA E DA ARTE DAS TRAVESTILIDADES NEGRAS E AMERÍNDIAS possa ser um centro de efervescência de arte em estreito vínculo com a manutenção das memórias de produção da intelectualidade travesti negra e ameríndia.


Que o projeto receba recursos financeiros ( seja por emenda parlamentar, editais, ou outros meios) para implementação de um Ponto de Memória e cultura das
travestilidades pretas interceccionando raça e gênero.
Que esse ponto de cultura possa salvaguardar documentários, fotografias, livros que contribuam para preservação da memoria cultural das travestilidades pretas, além de investimentos em bens imateriais, como formação ampla e diversificada em vários ofícios.
É importante lembrar que primeiramente a luta é ainda em nos mantermos vivas, depois em fazer a nossa arte, o nosso ofício.
A proposta deste Museu se apresenta aos poderes públicos como uma reparação histórica, visto que no período da ditadura houve políticas públicas que legitimou o assassinato (com requinte de crueldade) de centenas de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ e ainda hoje sofremos diretamente em nossos corpos a transfobia nefasta, inclusive vindo ainda de parlamentares ultraconservadores.

A proposta de construção deste MUSEU é mais
que uma simples ação politico-cultural, ela é
um início fundamental para a cura das nossas
histórias na cidade do Rio de Janeiro que ainda
não conta com uma instituição deste porte.
Muito sangue foi derramado asfalto a dentro,-
mundo a fora. É hora de resignificar com a arte
as nossas histórias a partir de nós mesmas.
Esperamos que a presente proposta ganhe um
espaço de discussão digno nos parlamentos, com a seriedade e respeito que a causa merece.

Relatora da proposta:
Leah – Mulher travesti negra, ameríndia, atriz, dramaturga e artista visual.
Diretora artística do Coletivo de pesquisa e com-
posiçao de imagem ritual.






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