Em defesa dos que lutam pelos seus direitos
Para: Comunidade acadêmica da UFAL
O coletivo TAEs em Movimento, em conjunto com a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Alagoas nos seus diferentes segmentos (técnicos, docentes e discentes) manifestam repúdio e indignação perante os fatos relatados por servidoras e servidores da Ufal sobre possíveis retaliações de uma empresa terceirizada aos trabalhadores e trabalhadoras que lutaram contra o abusivo atraso no pagamento de seus salários.
Ocorre que, no dia 19 de novembro de 2024, não tendo recebido nem mesmo o salário que deveria ter sido creditado no início de outubro, um grupo de prestadoras e prestadores de serviço, ligados ao atendimento presencial em setores administrativos e acadêmicos, compareceu à reitoria da Ufal para cobrar soluções da gestão da universidade. Na ocasião, a Proginst detalhou as providências em curso para aplicação de sanções à empresa, incluindo rescisão contratual, e a efetivação do pagamento de forma direta.
Após a rescisão do contrato, foi chamada a segunda empresa que participou do processo de licitação. No entanto, várias trabalhadoras e trabalhadores que se levantaram contra o abuso da empresa anterior não foram recontratados, incluindo uma pessoa com mais de 30 anos de serviços prestados à Ufal.
A experiência das companheiras e dos companheiros que não foram recontratados já está fazendo falta nos setores onde trabalharam por tanto tempo. Neste sentido, é preciso dizer que a alta rotatividade possibilitada pela terceirização, bem como a própria terceirização, precariza relações de trabalho na mesma medida que é inimiga da eficiência no serviço público.
Entendemos que a denúncia desta situação revoltante deve priorizar a solidariedade irrestrita às trabalhadoras e trabalhadores prejudicados. Se a coesão da classe patronal mostra sua força quando um trabalhador é retaliado pelo que fez sob o vínculo com outra empresa, é questão de sobrevivência para os que vivem do trabalho ter a mesma coesão entre si.
Por fim, os que assinam essa petição demandam que a nova empresa reconsidere sua decisão quanto à contratação dos trabalhadores com larga experiência de trabalho na Ufal, e que a gestão da Universidade não permita que dentro desta instituição ocorra perseguição a trabalhadores que meramente buscaram seus direitos.