Apelo Humanitário - Situação Crítica na Costa Síria e Necessidade de Facilitação de Vistos Humanitários
Para: À Sua Excelência, Ministro das Relações Exteriores do Brasil,
Escrevemos esta carta com profunda preocupação sobre a grave situação humanitária que está ocorrendo na região costeira da Síria, especialmente nas cidades de Tartus e Latakia. A comunidade Alauita, que historicamente residiu nessa área, está sendo alvo de ataques brutais, deslocamentos forçados e represálias sistemáticas. A escalada da violência colocou milhares de famílias em risco iminente de morte, fome e perseguição.
Relatos de testemunhas e organizações humanitárias apontam para execuções sumárias, destruição de comunidades inteiras e condições de vida insustentáveis. Os refugiados que tentam fugir enfrentam barreiras intransponíveis, sendo impedidos de buscar segurança em outros países devido às restrições de visto e falta de apoio internacional adequado.
O Brasil, historicamente um país acolhedor de refugiados, tem uma oportunidade crucial de demonstrar solidariedade e compromisso com os direitos humanos. Com base na tragédia em curso, pedimos encarecidamente que o Governo Brasileiro:
Implemente um programa emergencial de concessão de vistos humanitários para os civis da região costeira da Síria, permitindo sua entrada segura no Brasil.
Facilite os procedimentos de reunificação familiar para aqueles que possuem parentes já estabelecidos no Brasil.
Apoie e coordene ações humanitárias junto a organizações internacionais para garantir a proteção dos direitos fundamentais dos afetados.
A compaixão e o compromisso histórico do Brasil com a ajuda humanitária podem fazer a diferença na vida de incontáveis indivíduos que estão enfrentando uma das piores crises de sua história. O sofrimento humano que ocorre na Síria hoje não pode ser ignorado. A ação do Brasil pode significar a esperança de uma nova vida para aqueles que nada mais têm.
Agradecemos imensamente a atenção de Vossa Excelência e aguardamos esperançosos uma resposta positiva para essa crise humanitária devastadora.
Atenciosamente,
Akram Barhoum
