Excelentíssima Senhora Vereadora,
Residentes e domiciliados no bairro Dom Cabral – Região Noroeste de Belo Horizonte –, os moradores e cidadãos abaixo assinados vêm requerer de V. Excª. o encaminhamento à prefeitura de Belo Horizonte dos seguintes pedidos:
• atribuir o nome de Beco do Alemão à travessa que margeia os números 139 e 140 da rua Ibirapitanga.
• criar um CEP para o logradouro.
Criada na década de 60 com a fundação do bairro, a via passou a ser chamada de beco ou bequinho por moradores e usuários. Trata-se de uma travessa de cerca de 200 metros de extensão por quatro de largura. Mesmo com uma topografia desfavorável, a travessa é uma das principais opções para pedestres encurtarem deslocamentos na região porque a via interliga as ruas Guapiara, Ibirapitanga, Guatambu e Guajará – que leva ao campus da PUC Minas e a outros estabelecimentos da região.
Esses são somente alguns dos motivos de centenas de moradores e transeuntes usarem o acesso diariamente.
Além de ser uma alternativa para melhorar a mobilidade do bairro, a travessa dá acesso a algumas residências. Infelizmente esses moradores dependem da boa vontade de vizinhos para receber correspondências e encomendas no próprio domicílio. Daí a relevância que os abaixo assinados viram em solicitar também a criação de um CEP para promover a inclusão dessas famílias e dar dignidade aos moradores.
A escolha do nome é uma homenagem a Antônio Carlos de Castro – conhecido carinhosamente como Alemão – devido aos traços finos e pele e olhos claros que ele tinha como características físicas. Alemão foi um dos mais remotos moradores da rua Ibirapitanga. Ele residia no nº 129, a dez metros do beco (ou bequinho). O jeito peculiar e muito expansivo às vezes encobria a sua personalidade forte. Essas peculiaridades contribuíram para torná-lo uma referência entre os moradores do bairro e os vizinhos. Contudo, foi o espírito de liderança que o levou a tomar frente de iniciativas para melhorar a infraestrutura e trazer conforto e segurança a pessoas que circulavam nas proximidades. Ex-funcionário público, o homenageado procurava se informar em setores e repartições do governo e da prefeitura sobre os caminhos a seguir para atender às demandas da coletividade. Alemão faleceu em 2007 aos 63 anos, mas mantém viva a forte presença na comunidade por meio da sua memória e das saudades de familiares, vizinhos e amigos.
Na certeza de ter este pleito atendido, os autores apresentam este documento em folhas numeradas e assinadas pelos cidadãos, moradores e usuários que carecem das providências ora solicitadas e contam com o empenho dessa vereança. Para acompanhar este processo, os autores nomeiam Túlio Costa – (31) 99991-9002 /
[email protected] – como representante do movimento.
Belo Horizonte, 23 de abril de 2025.
(seguem folhas numeradas com a lista de assinaturas)