Repúdio pelo descaso do SINPOJUD aos Escreventes de Cartório do TJ/BAHIA
Para: Sindicato do Poder Judiciário do Estado da Bahia - SINPOJUD
Incongruências do Sinpojud, desabafo de um escrevente.
Interessante saber quem preside atualmente o sindicato, Sr. Bhené, o mesmo que em 01 de agosto de 2013, mais precisamente 14:45h, citou para mim em alto e bom som que: "NÃO PODERIA FAZER NADA PELO PAGAMENTO DE MINHA SUBSTITUIÇÃO( Na ocasião acumulava o cargo de escrevente com o de Administrador)" e que "ELES (SINDICATO) ESTAVAM PISANDO EM OVOS COM O TRIBUNAL em virtude de negociações em andamento, entre elas o pagamento de substituição de analista para analista". Na época era assessor jurídico, hoje presidente do sindicato, o maioral.
Agora os escreventes estão complicados na concretização dos seus anseios. A distinção é tão patente que hoje pela manhã, 18/09/2014, no site do sindicato consta a matéria sobre a apresentação da pauta de reinvidicações ao chefe de gabinete do TJBA. Olha só a sutileza da matéria:
"A diretoria do Sinpojud se reuniu nesta quarta-feira (17) com o chefe de gabinete do Tribunal de Justiça da Bahia, Dr. Augusto Cézar Bastos, para apresentar e discutir a Pauta de Reivindicações da categoria e dos escreventes de cartório".
Até quem tem problema visual percebe a acepção que o o sindicato faz entre “A CATEGORIA” e os escreventes de cartório. O nosso sindicato é denominado SINPOJUD – Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia. Como o próprio sindicato se intitula, a priori, deveria representar a categoria Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia. Então, como tenho as minhas limitações de compreensão, gostaria de resposta do Sr. Bhené, o presidente do sindicato, para algumas indagações: os escreventes não fazem parte da categoria? Não somos servidores públicos do Judiciário do Estado da Bahia? A categoria, objeto do olhar do sindicato, são os demais os demais cargos, excluído os escreventes? Os escreventes de cartório só têm valia para contribuir financeiramente e, vale frisar, mensalmente com o sindicato, sem contar em um dia de salário no mês de março?
Estamos perdidos, mas acredito que seja temporariamente isso, claro, se um dia reconhecermos o nosso real poder decisão e assumirmos o nosso papel de instrumentos de ação.
Outro fragmento da matéria que me chamou a atenção. Lendo só lembrei a frase célebre de Chapolim colorado, “Não contaram com a minha astúcia”. Olha só:
"Durante a reunião, o presidente em exercício do Sinpojud, Antônio Ribeiro Bhené, apresentou junto com os demais diretores presentes, OS PONTOS MAIS IMPORTANTES DA PAUTA, como pagamento do passivo da substituição de analista para analista, indenização de transporte dos oficiais de justiça, pagamento de gratificação por insalubridade, o aparelhamento das Centrais de Mandados e a realização de concurso público para o judiciário baiano".(grifo meu)
Parece brincadeira, mas não é. E, se fosse, seria de muito mau gosto. Entre as as reinvidicações mais importantes, as duas primeiras são pagamento do passivo da substituição de analista para analista e indenização de transporte dos oficiais de justiça, resumindo, os requerimentos mais importantes não tem os escreventes como beneficiados. Nada contra os analistas e oficiais de Justiça. Todos merecem ser valorizados. O que não se entende é que somente tais cargos são a CATEGORIA para captar benefícios, enquanto os escreventes para contribuir financeiramente e participar de greves, porque, diga-se de passagem, se os escreventes não aderirem às greves, por certo nenhum movimento acontecerá, pois os escreventes de cartório são maioria, e em muitas comarcas os escreventes ocupam, por designação, os cargos de analista.
Vamos aguardar mais novidades do sindicato, se é que posso falar assim, pois tudo tem sido velho, a mesma coisa, a ênfase na separação entre a CATEGORIA e os escreventes de cartório.
Carlison Santana e Escreventes da Comarca de Ubaitaba-Bahia
