MANIFESTO DA COMUNIDADE ACADÊMICA DO RS DE APOIO À DILMA E TARSO
Para: Comunidade Acadêmica do RS
Neste momento em que o Brasil e o estado do Rio Grande do Sul passam pela escolha de seus mandatários em segundo turno das eleições gerais, nós, trabalhadores da comunidade acadêmica – professores, pesquisadores, técnicos-administrativos – não podemos deixar de nos manifestar e expressar nosso apoio às candidaturas de Dilma Rousseff à Presidência da República e de Tarso Genro ao governo do estado.
São inúmeras as motivações que nos levam a este apoio, não apenas aquelas relacionadas diretamente com a educação. Poderíamos destacar avanços na agricultura familiar, na ampliação da oferta de vagas e na formalização de empregos, assim como na retomada de investimentos na infraestrutura social e produtiva.
Somos cientes de que muito ainda há que ser feito no fortalecimento, ampliação e qualificação do setor educacional no estado do RS e no Brasil, corrigindo distorções que foram historicamente sento construídas. Todavia, neste momento em que estão em xeque dois projetos bem diferentes e conhecidos dos brasileiros e gaúchos não podemos nos abster de expressar nossa posição de apoio ao projeto de Dilma e Tarso, que representa a inclusão social e a diminuição das desigualdades.
O outro projeto representa o antagonismo deste, com seu histórico de exclusão, de precarização de direitos trabalhistas, de fragilização do Estado como garantidor de direitos e indutor do desenvolvimento econômico e social. Este projeto levado a cabo durante os oito anos do Governo de FHC não apenas sucateou a universidade pública como quebrou o país três vezes. Tal projeto, implementado no âmbito federal pelos governos de FHC, foi seguido em diversos estados brasileiros, tendo em Minas Gerais, durante os mandatos de Aécio Neves e seu sucessor, um dos principais expoentes na implementação de políticas de recorte neoliberal, com pesadas perdas para os professores da rede estadual e precarização do trabalho com o tão propalado “choque de gestão”. Tal modelo, “vendido” como a personificação da eficiência na gestão, nada mais é do que a perda de direitos dos mais pobres para garantir a renda dos mais ricos mediante a primazia do pagamento da dívida em detrimento da oferta de serviços públicos.
Aqui no estado do RS os governos do PMDB foram também responsáveis pela implementação de tal modelo. Por mais que o candidato José Ivo Sartori esconda sua origem e atuação partidária no PMDB nós a conhecemos desde os tempos de sua destacada atuação no governo Britto. Governo este responsável pela renegociação da dívida do estado, feita há 15 anos, tendo influencia direta na insustentabilidade financeira que o estado vive até hoje. Sem contar a privatização de empresas públicas e a vergonhosa aplicação da política de pedágios nas estradas, tão danosa à economia e aos bolsos dos gaúchos. Este é um passado ao qual não queremos retornar. Queremos mudanças que garantam mais avanços e mais conquistas.
Por tudo isso, eleger Dilma, para continuar as mudanças que estão ocorrendo no Brasil, e Tarso, para aprofundar, junto com a presidenta, as mudanças que estão sendo realizadas no Rio Grande do Sul, é a uma tarefa da qual não vamos abrir mão.
Assinam este manifesto