Abaixo-assinado de apoio à reeleição da Presidenta Dilma Rousseff e de repúdio à atuação das Entidades Médicas no processo eleitoral
Para: Médicas (os) e estudantes de medicina de todo o Brasil
Nós, médicas, médicos e estudantes de medicina de todo o país que assinamos este documento, aproveitamos a passagem recente do nosso dia, 18 de outubro, o dia do médico, para manifestar apoio à reeleição da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.
Os conselhos e entidades médicas não têm legitimidade para nos representar como um todo, nas nossas posições político-ideológicas, mas, apenas no que diz respeito ao exercício da medicina e suas questões ético-profissionais. Rechaçamos qualquer generalização de uma suposta orientação político-eleitoral unificada da categoria. Respeitamos a opinião dos outros colegas, porém não concordamos com o falso discurso vitimista, reverberado por aqueles que se julgam nossos porta-vozes, que coloca o governo federal contra médicos brasileiros.
Da mesma forma, repudiamos todas as manifestações preconceituosas e agressivas de cunho ideológico, político e eleitoral, de médicos para com seus pacientes e/ou colegas de profissão e alunos de medicina, por estes serem eleitores ou simpatizantes de Dilma e/ou do PT. Repudiamos, também, as orientações que algumas entidades médicas têm feito, como os Conselhos Regionais de Medicina (CRM), para que os médicos “convençam” pacientes e familiares a votarem no candidato Aécio Neves, tendo como pano de fundo um discurso catastrófico à base da propagação do medo e do ódio.
Não podemos nos silenciar diante de graves fatos que vem ocorrendo em todo o país relacionados à chantagem eleitoral com pacientes, nos serviços de saúde, e de pressão contra estudantes, nas escolas médicas, para votarem contra Dilma Rousseff, as quais consideramos práticas micro fascistas. Repudiamos terminantemente esse tipo de prática em relação a qualquer candidato, pois acreditamos que é um atentado contra a democracia brasileira, além de ser antiético. Isso é agravado pela relação de poder extremamente desigual que se estabelece entre médico e paciente e entre professor e aluno, nesses casos, usada de forma desleal e para fins eleitoreiros.
Lembramos que, como cidadãos que somos, temos a democracia, o respeito e a liberdade de expressão como pilares do convívio em harmonia na sociedade. O povo brasileiro precisa saber que pode confiar nos médicos brasileiros, e que tais vergonhosas atitudes não representam o pensamento de todos nós.
Novamente reafirmamos nosso apoio a Dilma Rousseff, porque assumimos nosso lado, que vai além da medicina. Estamos do lado do povo brasileiro, que vivencia um salto de qualidade do país nos últimos 12 anos de governo Lula-Dilma, em todos os setores, inclusive na Saúde.
Temos a exata noção de quem trabalha no dia-a-dia da Saúde Pública, que precisamos avançar e muito ainda. Mas reconhecemos que, desde a criação do SUS, nunca fora investido tanto na saúde como atualmente, seja em estrutura ou formação de profissionais. Os indicadores de saúde estão cada vez melhores. Além disso, foi no governo Dilma que a população, que por muitos e muitos anos estava sem assistência (pelo número insuficiente de médicos para a demanda do nosso populoso país de dimensões continentais), foi atendida pelo Programa Mais Médicos, com aprovação de mais de 90% da população. Foi no governo Dilma que foi aprovado o destino de 25% dos royalties do Pré Sal para a saúde. O PROUNI, cada vez mais ampliado, permite que jovens que anteriormente eram excluídos das universidades, hoje podem realizar o sonho de se tornar médicos, por exemplo.
Mas não escolhemos Dilma apenas pelos avanços na Saúde. Escolhemos Dilma porque ela representa o projeto mais próximo de um país mais justo, menos desigual, com mais oportunidades, com maior garantia de direitos a todos os brasileiros, mais soberano e independente das oscilações econômicas mundiais. Queremos, sim, mudanças! Mas que estas venham através de um governo que seja capaz de avançar sem prejuízo aos trabalhadores; que aprofunde este projeto atual de um país que saiu do "mapa da fome", que apresenta baixo nível de desemprego e que caminha para a erradicação da miséria.
O Brasil não quer retroceder. Por isso, para Mudar Mais, nós somos Dilma13!
