Contra a Extinção da SecTI-AM
Para: Governador do Amazonas, Deputados da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas
O Governador quer acabar com a Secretaria de Ciência e Tecnologia
O destino da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do Amazonas (Secti) no projeto de reforma administrativa do governador José Melo (Pros) preocupa a comunidade científica do Estado.
Por 16 votos a 5, os deputados estaduais aprovaram a reforma administrativa, que foi enviada à Assembleia Legislativa do Estado (ALE) pelo governador do Amazonas, José Melo. Com a reforma, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) foi EXTINTA.
Estamos nos manifestando contra essa atitude visto que extinguir uma Secretaria que visa ao fomento econômico, social e científico da Amazônia é retroceder em políticas públicas.
Além disso, a secretaria de Tecnologia tem papel importantíssimo na formação de estudantes e futuros profissionais, sua extinção reduziria e muito o apoio a a desenvolvimento de pesquisas tão importantes durante a formação acadêmica do cidadão.
O Estado está na contra-mão do desenvolvimento cientifico e empresarial, em um momento em que o Congresso sanciona Emenda Constitucional no 85, com diretrizes para CT&I que, conforme o próprio Ministro Aldo Rebelo, diz ser uma "conquista para a sociedade" onde ainda ressalta : "que novo texto constitucional atende aos anseios da comunidade científica e visa à construção de um país mais próspero". E como um governador, que recebe o título de professor, ousa ir contra políticas do governo federal?
Segundo o Ministro Aldo, a emenda amplia os horizontes e os compromissos do Estado Brasileiro com a CT&I. "Esses são os três grandes desafios que traduzem as exigências que temos para o futuro do nosso País", discursou o ministro no plenário do Senado. "Ciência, tecnologia e inovação estão necessariamente associados à construção de um país próspero, socialmente equilibrado e com uma democracia verdadeira."
Cabe, finalmente, assinalar que o Governo Federal planeja, através das obras do PAC, investir na região Norte cerca de R$ 200 bilhões nos próximos oito anos em grandes obras de infraestrutura (segundo relatórios do BNDES ). Tais obras requerem, forçosamente, a contribuição informada da Ciência e Tecnologia e ações seguras da área Ambiental.
Sendo Manaus um dos polos industriais mais dinâmicos da região, estima-se que uma parcela destes recursos poderão, também, fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico do Amazonas.
Para tanto será preciso consolidar e avançar com a política de C&TI de tal modo que, nos projetos e investimentos do PAC, sejam respeitados os elevados interesses do estado e da sociedade amazonense.
Nestas batalhas as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação, de Meio Ambiente e dos Povos Indígenas são instrumentos de Governo essenciais para liderar e articular as comunidades científica, ambiental, indígena e as agremiações de trabalhadores, de técnicos e associações empresariais comprometidas com o desenvolvimento social e econômico do estado.
O governo não pode impedir as futuras gerações de terem um futuro melhor, sem ciência e sem tecnologia.
O Amazonas não pode deixar de evoluir!