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Por uma Arena para o Santos na cidade de São Paulo. Estadinho em Santos não!

Para: Presidente do Santos Futebol Clube

Caro Presidente do Santos Futebol Clube.

Através deste abaixo-assinado exigimos que o senhor ABORTE QUALQUER PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UMA ARENA EM SANTOS E TRABALHE INCANSAVELMENTE PELA CONSTRUÇÃO DE UMA ARENA PARA O SANTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO.

QUE NÍVEL O SANTOS ALCANÇOU?

A história do Santos é absolutamente fabulosa e de longe a maior e mais relevante do futebol brasileiro. Nenhuma instituição possui um conjunto de recordes, primazias, conquistas e ídolos na quantidade e qualidade que o Santos detêm.

No campo esportivo, o lendário time de camisas brancas alçou ao nível máximo que um clube de futebol pode alcançar. Fora dele, produziu o maior feito extracampo de uma entidade esportiva em toda história da humanidade, quando parou uma guerra.

O QUE O SANTOS MERECE?

Quem construiu a história mais fantástica do futebol brasileiro, chegou ao nível que nenhum outro clube alcançou e permaneceu lá por anos, não aceita o papel de coadjuvante no mundo da bola. Essa é a angústia existencial de muitos santistas. Não toleramos a inferioridade.

Por isso eis que a missão do Santos é, e sempre será: “ser e permanecer o melhor time de futebol do mundo.”

O Santos sempre foi o patinho feio dos grandes paulistas, a ponto de corintianos, palmeirenses e são paulinos se aceitarem como “um grupo” e excluírem o Santos. Esta relação do trio da Capital está mais para amor que para ódio, digamos, uma “amável rivalidade”.

Com o Santos o sentimento é diferente. O clube sempre foi considerado um forasteiro. Nunca foi aceito pelo grupo. Isso é facilmente observável inclusive no comportamento da imprensa esportiva dos grandes centros, que sempre apresentou posturas e atitudes mesquinhas ao tentar esconder o clube, colocando suas notícias em cantos e rodapés das páginas dos jornais, ou dedicando pouquíssimos minutos nos programas da televisão.

É fácil entender esta diferença, embora nós santistas nos irritemos com este tratamento. A diferença é que o Santos é um ponto fora da curva, um case. O único clube que se tornou grande vindo de uma cidade menor e não capital. E isso incomoda. Simples assim.

Em que pese este contexto seja um motivo de orgulho por reforçar os méritos do Santos, também é uma desvantagem histórica que, devido ao mercantilismo que se tornou o futebol, não poderá mais ser superada nos próximos 100 anos.

Pela honestidade de uma história construída com as próprias forças, e por ser o clube que mais divulgou e dignificou o nome do Estado Brasileiro em todo o planeta, o Santos merece ser o clube mais bem-sucedido do Brasil. O Santos merece uma arena multiúso em São Paulo, que lhe propicie um salto no seu quadro de associados, aumento de exposição e, consequentemente, aumento no seu faturamento com sócios, bilheteria, patrocínios, cotas de televisão, venda de produtos e eventos.

Mas merecimento sozinho não transforma uma realidade. É preciso atitude, ousadia e visão daqueles que se propõem a liderar a mudança.

REALIDADE ATUAL: ESTÁDIO JURÁSSICO, BAIXO FATURAMENTO E IMAGEM DISTORCIDA

Com as novas arenas dos rivais temos parâmetros objetivos para comparar e concluir a inviabilidade da Vila Belmiro. Infelizmente o lendário estádio santista é altamente desconfortável e desmotivador para o torcedor. Cheio de pontos cegos, sem estacionamento, não oferece experiências ampliadas como lojas, boa alimentação e opções adicionais de entretenimento. Por tudo isso, é simplesmente impossível, do ponto de vista mercadológico, obter um tíquete médio equivalente ao de uma arena moderna.

Mesmo com ingressos mais econômicos, devido ao tamanho do mercado de Santos, a média de público potencial da Vila Belmiro é muito inferior a uma moderna arena em São Paulo. O que torna a Vila Belmiro inviável não é somente o seu baixo potencial de arrecadação, mas a comparação com o potencial das arenas dos rivais do Santos. Não basta ter um balanço positivo no estádio. Para competir, o Santos precisa arrecadar no mesmo patamar dos rivais.

É a existência das novas arenas que obriga o Santos a se mexer rapidamente, como condição necessária para sobrevivência de sua grandeza. Este é o momento mais catastrófico da história do clube, fundamentalmente pelo tanto que os rivais avançaram, não pelas dívidas.

A questão fundamental é: como competir arrecadando uma bilheteria líquida a partir de 7 vezes menor que os rivais?

A imagem de um clube de futebol é construída por inúmeras ações, mas as principais delas são oriundas do campo de jogo. Não adianta exigir somente no grito que o Santos receba mais da televisão. O clube precisa vender a imagem de um time popular, que enche o estádio, para fortalecer seus argumentos.

Por vezes vemos alguns santistas afirmando que o Santos possui uma “torcida pequena”. Até em filme sobre o centenário do clube isso foi dito – uma incompetência sem tamanho da direção da época permitir tal gafe. É incrível como o Santos vende uma imagem distorcida até para seus torcedores, principalmente os mais jovens.

Entretanto, os santistas que conhecem com profundidade o clube sabem que a nação alvinegra é imensa, embora sua imagem seja persistentemente arranhada e diminuída a cada jogo na Vila com suas 7 mil pessoas de quase sempre. Insistir em jogar na Vila é esconder o Santos, e o negócio da televisão é aparecer.

Essa imagem se reflete em desmotivação da torcida e menos apelo para a marca. O enfraquecimento do poderio econômico do clube é a evidente consequência da reação em cadeia disseminada por esta imagem ruim. O clube não está sustentável. Não consegue manter-se com suas atividades, visto que a arrecadação de bilheteria é insuficiente para manter o elenco, que está acima de suas atuais possibilidades financeiras.

A NOVA CASA SANTISTA TEM QUE SER EM SÃO PAULO

Qual seria o tamanho da torcida de um clube com a história do Santos e sediado em uma cidade como São Paulo? No mínimo, o clube de maior torcida do Brasil.

Não adianta construir outro estádio em Santos, aumentar ou tornar mais nobre a Vila Belmiro, pois menos pessoas podem pagar mais caro pelo ingresso na Baixada Santista.

É o famoso tíquete médio. Pelo mesmo motivo famosos estabelecimentos – em especial redes de restaurantes, existentes há muitos anos nas capitais –, não se instalam em Santos.

Nós amamos a entidade Santos Futebol Clube, não o estádio. O estádio é pedra, o Santos é alma, um estilo de jogo, e isso não mudará pelo fato do clube adotar mais uma casa. Se o Santos não se impor na Capital Paulista, com as mesmas armas dos rivais, ou seja, com uma arena multiúso moderna, o clube perderá sua grandeza.

Se o Santos possui o privilégio de estar próximo a uma das maiores cidades do mundo, é até ridículo não disputar esse mercado. Ao Santos não resta alternativa senão pensar grande nesta questão.

O MAIOR FENÔMENO POPULAR DO BRASIL

O Santos é o maior fenômeno popular do Brasil. E o é pelo contexto: a nação santista é mais de 17 vezes maior que a população da cidade de Santos, o que o torna o clube com o maior percentual de torcedores fora de sua sede em todo o Brasil.

Além disso, o Santos é o único clube brasileiro cuja cidade que possui mais torcedores não é a sua sede. O único clube que joga fora de seu maior mercado consumidor. Tal fator demonstra de forma cabal que o Santos é um clube cuja lógica de prospecção deve ser diferente dos demais. Para qualquer outro clube brasileiro não faz sentido construir uma arena em cidade diferente de sua sede, pois para todos eles seu maior mercado consumidor está justamente na cidade-sede.

Essa peculiaridade santista é de explicação absolutamente cristalina pelos números, mas de difícil compreensão (ou aceitação) pela ala mais conservadora dos conselheiros e torcedores, que insistem na tese que o “Santos é de Santos”.

A ESTAGNAÇÃO DE SANTOS E DA BAIXADA SANTISTA

Na realidade, a média de público dos jogos na cidade de Santos não é baixa. Ela é até alta, comparada proporcionalmente com a média das outras cidades da Serie A. Ocorre que Santos é a segunda menor cidade dos times que disputam o campeonato, superando apenas Chapecó.

Na década de 1940 Santos era a segunda maior cidade do Estado de São Paulo, economicamente e demograficamente, e a décima maior cidade brasileira. A partir dos anos 1970 os limites geográficos começaram a estancar o crescimento da cidade. Desde então a evolução populacional estabilizou. Gradativamente a cidade foi sendo ultrapassada por Santo André, Campinas, Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Ribeirão Preto e Sorocaba, nesta ordem.

Hoje, Santos é apenas a quinta economia do estado e a décima população. Estima-se que em 9 anos não será sequer a maior população da Baixada Santista, passando a liderança para Praia Grande. Atualmente Santos não está nem entre as 50 maiores populações do Brasil.

Desde o fim da década de 1970 a população santista oscila entre 400 e 430 mil habitantes, ou seja, desde pouco após o fim da Era Pelé a população de Santos está no mesmo patamar dos dias atuais, demonstrando sua estagnação.

Em 1940 São Paulo possuía 1,32 milhão de habitantes, tendo sua população crescido mais de 9 vezes até os dias atuais, hoje com mais de 12 milhões. Santos em 1940 possuía 165 mil habitantes, mais de um terço dos 430 mil atuais. Portanto, em 1940 a população da cidade de São Paulo era 8 vezes maior que a população de Santos. Hoje é cerca de 28 vezes maior, e continua crescendo, enquanto Santos permanece estacionada.

A maior parte do município de Santos, chamada de Santos Continental, está localizada no Parque Estadual da Serra do Mar, área de proteção ambiental. A Baixada Santista como um todo é uma região confinada, tendo em vista ter uma serra de um lado e um oceano do outro, ambos intransponíveis do ponto de vista da conurbação urbana.

Por esse motivo, quando verificamos as outras regiões do estado, a Baixada Santista está entre àquelas com o menor ritmo de crescimento populacional, justamente por suas barreiras naturais. A não ser que se construam ilhas artificiais ou bairros inteiros entremeados entre os precipícios da Serra do Mar, essa região está condenada a ser uma mancha urbana cada vez menor em relação as demais do estado.

Analisando apenas esse argumento, aonde seria mais vantajoso construir uma nova arena para o Santos? Na vastidão do além serra, cujas cidades e regiões progressivamente crescem e se conurbam, ou no confinamento entre a serra e o mar?

DEMANDA NA CAPITAL MUITO MAIOR QUE EM SANTOS

Para analisar a demanda imediata ou com potencial de ser conquistada para qualquer fim, é fundamental considerar dois aspectos: população e renda.

São Paulo é a cidade com o maior número de santistas no mundo. A Capital Paulista possui, sozinha, mais santistas que a Baixada Santista inteira. Mais santistas que a população da cidade de Santos inteira. São Paulo concentra aproximadamente 657 santistas por km² em sua área de 1.521 km². A Baixada Santista concentra cerca de 206 santistas por km² em uma área de 2.420 km².

Uma arena em São Paulo não será ocupada apenas por santistas, mas também pelos torcedores dos rivais da Capital, do interior paulista, de outros estados e até de outros países, que chegam muito mais facilmente a São Paulo que a Santos. A metrópole paulista possui voos diretos de todas as partes do mundo e ônibus diretos de todos os estados brasileiros, além de disparadamente concentrar o maior entroncamento de rodovias do Brasil. O tempo de deslocamento entre São Paulo e grandes cidades do interior é inferior ao tempo de deslocamento entre Santos e algumas cidades da própria Baixada Santista.

O mesmo vale para o segmento composto por espectadores que não torcem por nenhum dos times que vão jogar. Gente que irá a arena porque gosta do esporte ou gosta das estrelas em ação. São Paulo tem a vantagem de atrair muita gente do interior, de outros estados e do exterior, por motivos não relacionados ao futebol. Visitantes que têm como objetivo principal os negócios, a visita de parentes e amigos, eventos diversos (profissionais, culturais, sociais, esportivos), serviços médicos e compras. Todos que viajam por outros motivos poderão aproveitar a oportunidade de unir o útil ao agradável e ir à arena.

A cidade de Santos, mesmo com os veranistas, atrai numericamente muito menos gente que a Capital. O potencial de captar terceiros como espectadores é infinitamente maior em São Paulo.

Ademais, a renda per capita de São Paulo é superior à da Baixada Santista. A quantidade de pessoas com maior poder aquisitivo é muito maior na Capital, decorrente da diferença abissal entre o tamanho das duas populações. A maioria do público que frequenta a Vila não tem condições financeiras para ir a dois jogos em sequência, ou em dois jogos no mesmo mês, quiçá quatro. É necessário um revezamento. Na Baixada Santista não existe público suficiente para revezar mantendo uma média digna.

Exemplificando: digamos que 0,2% dos santistas da Baixada Santista, cerca de 1.000 pessoas, vão à Vila todos os jogos. Que 5 vezes mais que isso, 1%, cerca de 5.000, vão a dois jogos por mês. E que o triplo disso, 3%, cerca de 15.000 pessoas, vão a um jogo por mês.

Dividindo por quatro jogos, dos 15.000 que vão a um jogo por mês, temos em média 3.750 pessoas por jogo. Dos 5.000 que vão a dois jogos por mês, temos 2.500 por jogo. Ambos somados aos 1.000 que vão a todos os jogos, temos em média 7.250 pessoas por jogo. Grosseiramente, é mais ou menos isso o que acontece com a Vila.

Em São Paulo existe público potencial de sobra para manter uma média superior a 15.000 pessoas. Basta comparar as populações. A cidade de São Paulo possui o dobro dos santistas da Baixada Santista em uma área muito menor, o que representa mais que o triplo de santistas por km² em relação à Baixada Santista.

O potencial de ocupação será maior ainda se considerarmos também que os santistas de outras localidades, que são numerosos, chegam mais facilmente à Capital que à Baixada Santista, além de todos os santistas de outras partes do Brasil e do mundo, bem como a imensa quantidade de visitantes que a Capital atrai o ano todo.

SÃO PAULO: MAIOR MERCADO PUBLICITÁRIO E MAIOR MERCADO CONSUMIDOR DE CULTURA, NEGÓCIOS E EVENTOS DO PAÍS

A Capital Paulista concentra a maioria e os mais abrangentes veículos de comunicação do país. Mídia de alcance estadual, nacional e internacional. A mídia de Santos possui alcance apenas regional. Não tem comparação. Estar em São Paulo representa de uma só vez aproximar-se dos patrocinadores e do maior mercado brasileiro.

Um dos critérios mais importantes para a amortização das arenas é a sua multiplicidade de usos para outras modalidades esportivas e eventos diversos. Se por um lado a arena multiúso do Santos em São Paulo sofreria a concorrência do Morumbi, Allianz Parque e Itaquerão, por outro lado praticamente inexiste a possibilidade de um empresário promover um show do Paul McCartney em Santos.

São Paulo é suficientemente populosa para abrigar vários shows ao mesmo tempo; corresponde a quase duas cidades do Rio de Janeiro, quase cinco cidades de Belo Horizonte e mais de oito cidades de Porto Alegre, só para citar as metrópoles dos outros grandes clubes brasileiros.

Se um país, a cidade de São Paulo seria o 71º mais populoso do mundo, estando à frente de 124 das 194 nações reconhecidas pela ONU.

ALAVANCAGEM DAS CIDADES DE SANTOS E SÃO PAULO

A cidade de Santos não oferece o poder de alavancagem de uma cidade como São Paulo. Isso significa que eventos em Santos não atraem tanto quanto em São Paulo, sob todos os aspectos (público, mídia, bilheteria e patrocínios), e as repercussões de longo prazo também são diminuídas (construção da imagem, aumento da torcida, etc.).

O mesmo nível de esforço em Santos e em São Paulo gera repercussões muito maiores na Capital. Por esse motivo, ao jogar em Santos, o Santos fica muito atrás de seus rivais no poder de alavancagem de seus atos, precisando se esforçar muito mais para se manter competitivo.

A PSICOLOGIA COSMOPOLITA

Um fator psicológico também favorece São Paulo. Um santista que mora a dois canais de distância da Vila Belmiro, algo como dois quilômetros, tende a entender isto como uma grande distância, sobretudo se estiver chovendo. Trata-se de um atalho psicológico que se se explica pelas dimensões reduzidas da cidade. O tamanho de uma cidade influencia os hábitos de sua população.

Para o morador da cidade de São Paulo dois quilômetros representa muito pouco. O gigantismo da cidade faz o indivíduo pensar que se ele mora a esta distância do estádio, então ele mora do lado do estádio. Se estiver disposto, não deixará de ir ao jogo, afinal, mora ao lado. Muito desse processo é inconsciente, mas real.

Ademais, a experiência tem mostrado que o público na Capital é mais animado em comparação ao que comparece aos jogos na Vila Belmiro. A energia e o incentivo que vêm das arquibancadas é nitidamente maior.

COMO PROJETO DEFINITIVO O PACAEMBU NÃO SERVE

O Pacaembu não possui cobertura em vários setores, faltam camarotes, os banheiros são químicos e não há estacionamento. Mesmo com melhorias, será sempre um estádio de menor potencial que uma nova arena.

Não é à toa que o Grêmio abandonou o Olímpico, construído em 1954 e renovado em 1980, com 45.000 lugares, optando por uma arena completamente nova para 54.000 espectadores. A decisão do Grêmio mostrou que não é econômico renovar um estádio velho, o que se constatou também no Maracanã e em outros estádios.

Os vizinhos do Pacaembu não vão permitir shows e outros eventos, que são importantes para a cobertura dos custos e amortização dos investimentos das arenas modernas. No Pacaembu também não seria possível ter como anexo equipamentos como um shopping com hotel, possibilitando sinergias com maior potencial que as arenas rivais.

A média de público de Corinthians e Palmeiras aumentou sobremaneira com suas novas arenas. O torcedor se envolve muito mais, se sente orgulhoso por ter uma arena moderna para chamar de sua.
Uma nova arena vai gerar maior identidade com o Santos que o Pacaembu, propiciando um maior aumento da torcida fiel ao espaço. Seria a verdadeira casa do Santos.

Não é só ir para São Paulo a questão. É ter uma nova arena na maior cidade da América Latina. Certamente a média de público do Santos em uma nova arena em São Paulo será muito maior que no Pacaembu. Foi o que aconteceu com os rivais.

Com maior média de público e maior tíquete médio, visto a maior oferta de espaços nobres em relação ao Pacaembu, o potencial de arrecadação será muito superior em uma nova arena. Ademais, uma nova arena poderá oferecer experiências ampliadas ao torcedor, em um nível que nenhuma reformulação no Pacaembu será capaz de ofertar. Isso se refletirá em ainda mais rentabilidade em comparação ao velho estádio paulistano.

E o argumento derradeiro: o Pacaembu nunca será do Santos. Dividindo as receitas com o investidor/mantenedor do estádio, o clube jamais conseguirá chegar ao mesmo potencial de faturamento dos rivais, que possuem arenas próprias que um dia estarão totalmente quitadas.

Há ainda a melhora na imagem que o clube projeta por jogar em uma nova arena, notadamente superior ao Pacaembu, o que refletirá em maior engajamento da torcida, com natural tendência de aumento no consumo dos produtos do clube, refletindo ainda na conquista de novos torcedores, maior captação de patrocínios e em mais poder de barganha para as cotas de televisão.

Optar pelo Pacaembu seria “obter algo de graça”, mas onerar o futuro, se sujeitando a uma divisão de receitas e um custo de oportunidade enorme, representado por menos receitas suplementares, pelo menor público médio e pela menor formação de identidade, marca e torcida.

COMPLEXO MULTIÚSO: ARENA, GINÁSIO, SHOPPING E HOTEL

A evolução mercadológica assistida pelo futebol acarretou na transformação dos estádios em empreendimentos produtores de lucro. Os clubes que não adequarem seus estádios para a produção de receitas suplementares ao futebol ficarão aquém daqueles que adotarem tal medida.

Tal transformação provocou uma verdadeira revolução nas acomodações, agregando valores até então insipientes, como a flexibilidade de usos, o aproveitamento de espaços para outros eventos, o conforto, a exploração de áreas comerciais e a presença e influência maciça da mídia.

Essa evolução rápida pelo qual os estádios vêm passando demandou uma nova especialização na estruturação financeira e na gestão dos espaços dentro do novo contexto econômico-financeiro do edifício. A nova tendência de encarar o estádio como um edifício multifuncional desenvolveu profissionais especializados no planejamento e na gestão técnica e financeira destas operações. De esporte o futebol se transformou em empreendimento. Os estádios são o seu palco maior, e parte fundamental dessa nova equação milionária.

Desta forma, o estádio é atualmente peça fundamental das receitas e do sucesso de um clube. Esse desafio demanda um novo modo profissional de pensar, de estruturar o negócio. O torcedor passa a ser expectador, o jogo se transforma em espetáculo, a cimento duro cede lugar ao conforto, o produto tende a se qualificar, expandir e potencializar receitas.

O propósito fundamental dos projetos de arenas mudou radicalmente ao longo da última década. Essas mudanças são tão dramáticas que mesmo aquelas mais recentemente construídas, há cerca de 15 ou 20 anos, estão enfrentando sérios problemas. Quanto mais um estádio centenário como a Vila Belmiro.

A ideia básica por trás dessas mudanças é a de que arenas modernas não são somente locais para se assistir a um jogo, mas idealizados para fornecer também ampla experiência de entretenimento. A fim de maximizar o retorno de grandes investimentos, todo o esforço deve ser direcionado para que a instalação seja capaz de acomodar o maior número possível de eventos e em diferentes tipos de atividades.

ARENA MULTIÚSO PARA 40.000 PESSOAS

A arena do Santos deve ser construída com soluções de engenharia que valorizem o ecoar do som da massa alvinegra. Portanto compacta, com a torcida próxima do gramado, assim como na Vila Belmiro. Se com piso retrátil, será um diferencial único entre todas as arenas do Brasil.

Sistemas versáteis de som e iluminação, capazes de atender a grande variedade de eventos, com estruturas que possam ser descidas até o piso, a fim de equipá-lo com acessórios de som e iluminação para concertos.

Câmaras fixas posicionadas de tal modo que permitam montagem fácil e rápida de equipamentos de transmissão. Muitas novas arenas são construídas com um estúdio de televisão completo, o que permite que as redes transmitam um jogo sem necessidade de trazer seus caminhões cheios de equipamentos.

Assentos confortáveis, telões, maior número de toaletes, acessibilidade, etc. O número de 40.000 pessoas, desde que na Capital Paulista, é atingível em qualquer final de campeonato. Também é atingível em jogos decisivos das competições mais importantes e, com um trabalho competente e permanente de promoção dos jogos, visando o engajamento da torcida, é potencialmente atingível também nos clássicos regionais.

Nos jogos de menor apelo, a média provável de público será minimamente o dobro da Vila Belmiro, aproximadamente 15.000 pessoas. O tíquete médio será maior, considerando que a oferta de espaços nobres será muito superior em relação à Vila Belmiro e em São Paulo existe muito mais público com renda para consumi-los. Mesmo o preço dos espaços populares será naturalmente maior, pelo nível superior de conforto.

Com o dobro de público, o potencial de faturamento líquido de uma arena moderna em São Paulo será a partir de 5 vezes maior que o registrado na Vila. É o que pode ser observado nas arenas de Palmeiras e Corinthians, que por sua vez já levam um publico médio muito superior ao dobro da Vila.

Com a nova arena e os jogos em São Paulo, é líquido e certo que o quadro associativo dará um salto, semelhante ao que aconteceu com os rivais antes mesmo da inauguração de suas novas casas. Com o aumento massivo do quadro associativo, induzido pela nova arena, a chance da média de público dos “jogos normais” alavancar para 20.000 pessoas é factível. Somando aos jogos especiais, e com a realização das ações de engajamento propostas neste documento, essa média com boas chances poderá alcançar 25.000 por jogo. Basta observar as médias de Corinthians e Palmeiras com suas novas arenas, ambos em torno dos 30.000.

Além dos jogos de futebol, a arena trará ao clube receitas de diferentes fontes, uma vez que será projetada para atender a diversos tipos de eventos esportivos, artísticos, sociais, culturais e corporativos, de diferentes portes, representando o aluguel dos espaços ou a bilheteria destes eventos um grandioso incremento de renda.

Haverão ainda as receitas das locações destinadas as operações de alimentação da arena, que atenderão tanto aos jogos quanto aos outros eventos.

GINÁSIO POLIESPORTIVO MULTIÚSO PARA 5.000 PESSOAS

Propõe-se também a construção de um ginásio coberto ao lado da arena, com a finalidade de atender ao time de futebol de salão do clube, além de eventos diversos. O caráter poliesportivo deste ginásio favoreceria a realização de diversas competições esportivas como dança, artes marciais, vôlei, basquete, entre outras, representando o aluguel ou a bilheteria deste espaço mais uma fonte de renda.

Assim como a arena, o ginásio será projetado para eventos diversos, possibilitando, por exemplo, a realização de festivais de música com dois palcos simultâneos, o principal na arena e o secundário no ginásio, havendo um túnel interno para circulação do público entre os dois equipamentos.

SHOPPING CENTER

Anexo à arena propõe-se um Shopping Center. Não é incomum um shopping associado a uma arena ou clube de futebol. Para citar um exemplo, o Atlético Mineiro possui uma área arrendada a um shopping que lhe representa expressiva receita mensal. Diversos estádios modernos do mundo possuem os dois negócios associados.

A existência de um shopping não foge da razão de existir de um clube, uma vez que ele serve de chamariz de público para o estádio, através da oferta de uma experiência ampliada. Imaginem a satisfação do torcedor santista ao passar uma tarde agradável no shopping do seu clube e depois assistir ao jogo. Ou, após a partida, dar uma esticada para um delicioso jantar com a família e/ou diversos amigos santistas. Propõe-se construí-lo anexo a uma das laterais da arena. Um shopping especializado em serviços e gastronomia popular, dispondo de:

- Praça de alimentação com mix completo e restaurante-bar panorâmico, com visão central para a arena;

- Setor de serviços completo com banco, casa de câmbio, lotérica, correios, imobiliária, escola de idiomas, escola de cursos profissionalizantes, cabeleireiro, box de massagem, clínica de estética, academia, drogaria, farmácia de manipulação, laboratório clínico, chaveiro, estética animal, agência de viagens, lavanderia, estúdio fotográfico, estúdio tattoo, lan house, manutenção de eletrônicos, área para serviços públicos (um Poupatempo seria excelente), entre outros.

- Área de entretenimento com salas de cinema, miniparque de diversões, boliche e espaço para exposições.

- Área de conveniência com telefones públicos, caixas eletrônicos, sanitários e fraldário.

O restaurante-bar panorâmico deve ser gerido por empresa especializada, com atendimento tanto ao público do shopping quanto ao público dos jogos e demais eventos, dispondo de uma área vip para esse público, com serviços premium e visão central para a arena. O clube poderá vender ingressos específicos para essa área, com direito a um bufê livre. Receitas desta ação partilhadas entre o Santos e o gestor do restaurante.

O conceito do shopping é ser reconhecido como um completo centro gastronômico e um completo centro de serviços. A ideia é ir lá para comer e aproveitar para passar no banco. Cortar o cabelo e não resistir a uma pizza. Ou passar momentos de lazer e diversão, como se faz em qualquer shopping.

Um shopping sem lojas de varejo será um diferencial. Os shoppings tradicionais concentram maior movimento nos feriados e finais de semana, quando a maioria das pessoas folgam e vão as compras, enquanto os serviços são mais experimentados nos dias úteis, pois a maioria desses estabelecimentos não funciona nos finais de semana e feriados.

Assim, um shopping especializado em serviços tende a receber nos dias úteis público maior que a área de varejo dos shoppings tradicionais, uma vez que um mix completo de serviços estará agrupado em um único lugar.

Ser referência em variedade de opções de alimentação e ter alternativas de entretenimento é a estratégia para manter o movimento elevado também nos finais de semana. O principal passeio das famílias e amigos é sair para refeições fora de casa. Nos fins de semana, feriados e demais dias que ocorrerem jogos ou eventos de grande porte, o público do shopping tenderá a ser maior que o público dos shoppings tradicionais, devido à atratividade gerada pelo jogo ou evento que ocorrerá na arena. A arena atrai para o shopping e o shopping atrai para a arena, numa sinergia onde os dois ganham.

Por não possuir lojas de varejo, sua área construída seria menor que a dos shoppings tradicionais. A locação das lojas seria receita fixa do clube, que contaria com a gestão de uma empresa especializada em administração de shoppings, para gerenciamento dos contratos.

Na área de entretenimento do shopping um espaço chamado “Mundo Santos Futebol Clube”. Um nome forte que remete a tudo o que diz respeito ao Santos, com área equivalente ao dobro do atual Memorial das Conquistas, composta de um novo museu e de megaloja de produtos oficiais. Um museu do tamanho do clube com a história mais rica do futebol brasileiro, com área suficiente para acolher todo o Memorial das Conquistas e as diversas peças que não são expostas permanentemente por falta de espaço. Criação de novas áreas, como as estátuas de cera de ídolos eternos do clube, em tamanho real.

Uma história tão peculiar merece uma área do museu só para estudos. O museu acolheria essa área, com disponibilização de publicações e material jornalístico histórico referente ao Santos, sob gerenciamento do Departamento de História e Estatística do clube, departamento este localizado dentro do museu e responsável por sua gestão.

Contíguo ao museu a megaloja do Santos. A única loja de varejo do shopping. Tudo o que existir com a marca Santos Futebol Clube deve ser encontrado neste local. A Meca das compras para um santista. Nada de camisas de outros clubes, uma aberração que acontece na Vila Belmiro.

Estar ao lado do museu será um incentivo emocional para a compra dos produtos do clube. Na megaloja será possível também comprar ingressos, carnês de ingressos, pacotes de ingresso + alimentação, pacotes de viagens do Santos e associar-se ao clube.

HOTEL PARA CONCENTRAÇÃO DAS EQUIPES PROFISSIONAIS E AO PÚBLICO GERAL

Com acesso externo e pelo shopping, um hotel de pelo menos 7 andares. Dois andares de uso exclusivo do clube, com acesso privativo, para concentração das equipes profissionais (não só de campo, mas também de salão e outras modalidades de futebol), com acesso exclusivo para a arena e ginásio. Demais andares comercializados ao público geral. Hotel cedido para exploração de rede especializada, cuja contrapartida ao Santos serão os dois andares e os serviços exclusivos prestados ao clube.

SER O ÚLTIMO DA FILA PODE VIRAR UMA VANTAGEM ESTRATÉGICA

O Morumbi já nasceu obsoleto para o futebol, porque os assentos estão muito distantes do campo, devido à pista de atletismo. O estádio também possui pontos cegos. O sucesso do Morumbi se deveu unicamente ao fato de que não tinha concorrência.

O Itaquerão é desnecessariamente luxuoso e nem se define por multiúso. O Morumbi tem um projeto, mas ainda não é e nunca será tão bom quanto um projeto original. Por ser o último dos grandes paulistas a construir uma arena grande, o Santos tem o privilégio de poder incluir itens que sejam mais competitivos que os do Morumbi, Allianz Parque e Itaquerão. Poderá obsoletar com uma só cartada os monstros de concreto armado dos rivais.

Fora o maior número de estacionamentos, existem três itens que levariam a um multiúso mais amplo, mas requerem um investimento maior: o shopping anexo a uma de suas laterais, a construção do ginásio vizinho e conectado à arena e um gramado deslizante.

A possibilidade do ginásio permitirá competições de quadra coberta, podendo assim realizar campeonatos de tênis, basquete, vôlei, handebol, lutas entre outros. Além é claro dos eventos musicais, culturais, sociais e corporativos, com a possibilidade de uso conjugado da arena e do ginásio, que possuiria um túnel interno para circulação do público entre os dois equipamentos.

Por exemplo, somente nesta arena poderiam ser realizados festivais musicais com dois grandes palcos simultâneos, o principal na arena e o secundário no ginásio.

A possibilidade de variação dos pisos permitiria uma gama de eventos tais como circos, rodeios, apresentações de automóveis e motos, sem falar dos esportes sobre neve e gelo artificial. Tudo sem necessitar estragar o gramado.

No Youtube pode ser visto o vídeo de um gramado rolando para fora do estádio, para alternar com outro piso - Making of Stadium - Rolling Field - mostrando o estádio da Glendale University, em Phoenix, Arizona, finalizado em 2009. O seu campo de grama para futebol americano foi plantado sobre uma bacia gigante de aço que pode ser rolada hidraulicamente para fora do estádio, abrindo espaços para outros eventos.

Não sendo possível ao investidor aliado ao Santos construir um gramado que possa rolar para fora da arena, pelo menos poderá construir de tal forma que este item possa ser agregado no futuro, sem que sejam necessárias demolições.

FONTES DE FATURAMENTO A PARTIR DA REALIDADE DO NOVO COMPLEXO

Com uma arena muitiúso em São Paulo o Santos alcançará fontes e níveis de faturamento impossíveis de serem alcançados na Vila Belmiro ou em qualquer outro estádio construído em Santos:

- Naming rights da arena, do ginásio e do shopping;

- Locação dos espaços do shopping. A concessão de descontos nos produtos e serviços aos associados do clube será cláusula dos contratos de locações;

- Receitas de um museu maior e mais moderno, localizado na quarta maior cidade do mundo;

- Mídia eletrônica e estática na arena, ginásio e shopping em potencial muito superior à Vila Belmiro;

- Aluguel ou bilheteria do ginásio multiúso para outros eventos esportivos: ligas de vôlei, basquete, competições de ginástica, artes marciais, etc;

- Aluguel ou bilheteria da arena e ginásio multiúso para eventos artísticos, culturais, sociais e corporativos. Festivais de música com dois palcos, o principal na arena e o secundário no ginásio;

- Renda dos jogos na arena e no ginásio, com potencial de arrecadação líquida a partir de 5 vezes o registrado na Vila Belmiro, contando apenas a arena;

- Aluguel dos espaços destinados às operações de alimentação da arena e ginásio;

- Mensalidade dos associados, com potencial de crescimento e assiduidade muito superiores à "realidade Vila Belmiro”;

- Faturamento com pacote turístico;

- Arrecadação com produtos oficiais e licenciados superior à "realidade “Vila Belmiro”, consequência da onda de engajamento provocada pela nova arena e novas estratégias de promoção dos jogos;

- Franquias de lojas de produtos oficiais, também com maior potencial de crescimento em relação à "realidade Vila Belmiro”, uma vez que o clube estará mais presente em seu maior mercado;

- Franquias das escolinhas oficiais, idem.

Possibilidade factível de não ser necessário poluir o manto com vários patrocínios, ou patrocínios pontuais, visto a maior visibilidade e arrecadação do clube. O clube será sustentável. Como os grandes da Europa, não precisará vender jogador para se manter. Foco permanente na manutenção de um time que ganha e encanta.

A MELHOR CAMPANHA DE ASSOCIAÇÃO É APRESENTAR O PROJETO E MARCAR A DATA DE INÍCIO DAS OBRAS

Mesmo que o Santos realize a campanha de captação mais agressiva já vista, enquanto não existir a certeza de jogar a maioria dos jogos em São Paulo, o clube jamais alcançará a marca de 100 mil sócios.

Fora de São Paulo o programa de sócio torcedor do Santos jamais chegará ao patamar dos rivais, tanto em número de sócios quanto em faturamento.

Os clubes com os mais bem-sucedidos programas de associação possuem dois requisitos em comum: 1. Arenas modernas próprias; 2. Localizadas em capitais metrópoles. Essa lógica o Santos não vai contrariar.

Um projeto da magnitude de uma arena multiúso não precisa nem estar pronto para começar a trazer benefícios. Apenas a notícia que o Santos construirá uma nova arena na cidade onde está seu maior mercado será o maior argumento para uma campanha de associação em massa.

Uma arena novinha motiva e aproxima a torcida do clube. É só observar o que aconteceu com Palmeiras e Corinthians, que deram um salto gigantesco no número de associados com suas novas casas.

E quão motivador será para o torcedor do Santos ser o “Fiscal da Obra”? Propõe-se a criação de um programa de associação chamado “Fiscal da Obra”, aonde o associado pagará as mensalidades durante a execução das obras, podendo escolher entre duas modalidades de associação:

- A mais econômica garantirá ao associado o direito de uma visita monitorada semestral às instalações das obras, com o recebimento de uma lembrança em cada um delas, sem nenhum outro direito;

- A de maior custo, maior inclusive que os planos fixos, além das visitas e das lembranças, garantirá todos os direitos dos demais sócios.

Quando a arena do Santos for inaugurada, os beneficiários das duas modalidades do plano “Fiscal da Obra” ficarão isentos do pagamento da mensalidade por período idêntico ao que contribuíram durante a execução das obras. Com isso ficarão imunes às correções monetárias e ao natural reajuste que ocorre com a inauguração de uma arena moderna. Passado esse período eles serão integrados aos planos vigentes de associação.

Evidentemente que a modalidade serviria apenas para novos sócios, não sendo possível aos atuais aderirem ao plano.

Certamente será motivo de muito orgulho e prazer para o torcedor acompanhar de perto as obras da arena do Peixe e levar para casa uma lembrança desse momento histórico. O engajamento da torcida seria grande e a motivação para se associar muito maior. Seria como o prazer de construir a própria casa. E o clube, além de aumentar o quadro associativo, obteria uma antecipação de receita legítima.

VANTAGENS DE VERDADE PARA O ASSOCIADO

Após a inauguração do complexo o Santos poderá oferecer aos associados benefícios maiores que qualquer outro clube brasileiro, podendo incluir em seus planos descontos em todos os estabelecimentos do shopping, na hospedagem do hotel e em eventos do complexo.

Certamente muitos santistas associados serão motivados a virem de longe para se hospedar com desconto no hotel do shopping do clube, usufruir de tudo o que esse shopping oferece com desconto e assistir aos jogos pagando metade do ingresso.

Passar um dia inteiro respirando Santos Futebol Clube. Mesmo os que moram próximos serão tentados a esta experiência. Isso é incentivar a paixão.

PROGRAMA DIA DE SANTOS

Com o complexo em São Paulo será possível a venda de um pacote turístico focado nos santistas distantes do clube. O torcedor vem no dia anterior ao jogo, se hospeda no hotel, assiste à palestra interativa sobre a história do Santos, com áudio e vídeo de gols e títulos históricos, além da presença ilustre de um ídolo descrevendo ao vivo o momento vivido no vídeo. Em seguida participa de visita monitorada a todas as dependências do shopping, museu, megaloja, arena e ginásio. Emoção certa que preencherá o primeiro dia da visita.

No dia seguinte, assiste a partida em local privilegiado, acompanhado de ídolos do clube. Certamente um sonho para muitos santistas. Certamente será um sonho para muitos santistas se hospedar em um quarto especial com a temática do clube, ter uma gama de opções de alimentação bem ao lado, assistir ao jogo em um local privilegiado, conhecer in loco as dependências e ídolos do clube.

Um pacote que pode ser divulgação internacionalmente, para atingir fãs de futebol também de outros países. Amantes do futebol vão amar um pacote turístico recheado de um clube histórico como o Santos. Muitos estrangeiros pagariam por isso.

OFERTAS AMPLIADAS

Com um shopping anexo à arena, as possibilidades são múltiplas. O clube poderá explorar pacotes especiais de alimentação + ingressos, a preços reduzidos comparados aos valores individuais.

Em partidas noturnas, vendas de pacotes com ingresso + jantar no restaurante panorâmico da arena.

Em partidas vespertinas, vendas de pacotes com ingresso + almoço no mesmo restaurante.

Parcerias com os locatários do shopping, para que o torcedor possa adquirir pacotes de ingresso com alimentação personalizada, onde poderá escolher o local dentre as operações disponíveis na praça de alimentação.

Com o advento de um complexo que oferece conforto, segurança e uma experiência ampliada ao torcedor, aliado a demanda muito maior de São Paulo e a ações permanentes de engajamento do torcedor, o Santos estará mercadologicamente autorizado a majorar o preço dos ingressos.

REVEZAMENTO DE JOGOS

Na nova arena o Santos deve atuar em no mínimo 75% de seus jogos como mandante. Nos 25% restantes, máximo de um por mês, deve realizar um revezamento por diversos estádios do Brasil. Pelo menos uma vez por ano o Santos deve atuar como mandante em cada um dos seguintes locais: interior de São Paulo, interior do Paraná, Curitiba, sul de Minas Gerais, Campo Grande, Cuiabá, Norte e Nordeste.

Agendamento dos jogos com a máxima antecedência possível, para, com planejamento, proporcionar forte engajamento dos santistas de cada região, através de ampla divulgação nos canais de comunicação do clube e nos locais das partidas.

Com divulgação ampla e correta e com o agendamento antecipado, será facilitado aos santistas de localidades mais distantes dos jogos se programarem para ir aos estádios, facilitando suas lotações. Estádios por todo o Brasil cheios de santistas fortalecerão sobremaneira a imagem do clube. Servirão também como um “respiro” para a arena, com a abertura de agenda para a realização de diversos tipos de outros eventos que contribuirão para mantê-la.

O QUE FAZER COM A VILA BELMIRO?

Os números têm mostrado que em algumas ocasiões não jogar na Vila Belmiro é mais vantajoso financeiramente do que jogar. Assim sendo, existem razões de ordem econômica para não se fazer mais jogos lá.

Rareando as apresentações a tendência será que os jogos no estádio recebam um público que ao menos não gere prejuízo. A Vila deve entrar no revezamento com as outras praças, porém, com uma frequência maior de utilização. Um jogo por bimestre está de bom tamanho.

No mais, ela pode continuar sendo parte do centro administrativo do clube e um local utilizado para jogos e alojamento das equipes de base.

COMO FINANCIAR ESSES SONHOS COM DÍVIDAS

Não é aceitável que diversos clubes menores que o Santos possuam há décadas estádios melhores, maiores e mais rentáveis que a Vila Belmiro. Se o Atlético Paranaense, clube cuja importância histórica é absolutamente inferior ao Santos, conseguiu construir sua moderna arena, o Santos têm a obrigação de sair desta inação.

O Figueirense, clube historicamente inexpressivo no cenário nacional, possui um projeto de construção de uma arena e está lutando para torná-lo realidade. Mais próximo, a Ponte Preta de Campinas planeja a construção de uma arena multiúso. O clube já até consultou empreiteiras.

O raciocínio é este: o Santos deve construir uma arena em São Paulo justamente porque está endividado e têm poucas receitas. As dívidas e a falta de sustentabilidade são o argumento lógico para construção de um complexo multiúso em São Paulo, não o impedimento.

Independente do modelo de negócio, todos os clubes que construíram suas arenas não gastaram durante a fase da construção. As arenas começaram a se pagar somente depois de prontas. E todos esses clubes possuíam dívidas enormes antes da construção, alguns maiores que a do Santos.

O complexo multiúso em São Paulo servirá para aumentar o faturamento, pagar as dívidas e tornar o clube sustentável. É evidente que o Santos aumentará sua dívida. Mas o faturamento aumentará AINDA MAIS.

A retenção de parte ou até a totalidade das receitas de bilheteria por um investidor nos jogos de mando do Santos seria justificável, visto que a receita de bilheteria da Vila Belmiro é diminuta, podendo ser superada por diversas outras vantagens decorrentes da arena.

O exemplo dos demais mostra que com um bom projeto haverá a possibilidade de um investimento por conta de terceiros, sem garantias e desembolsos durante a construção por parte do Santos. Portanto, é perfeitamente possível construir uma arena, sem que os cofres do Santos sejam onerados antes da inauguração.

Vejamos o caso do Palmeiras. Sua nova arena multiúso é a mais moderna, bonita e funcional do Brasil, e não precisou da Copa para sair. O que aconteceu nos meses que antecederam a inauguração da arena multiúso do Palmeiras foi uma avalanche de novos associados, aproximando o clube dos primeiros lugares neste quesito e aumentando sobremaneira suas receitas. O aumento da visibilidade e do retorno financeiro com a nova casa claramente auxiliou o clube no acerto do patrocínio máster, de outros patrocínios, na venda de produtos oficiais e nos reforços para a equipe.

No modelo de negócios da arena do Palmeiras o clube é dono de 100% da bilheteria dos jogos, enquanto o investidor fica com 80% do rendimento dos demais eventos, até a completa amortização. No futuro o clube será dono de toda a receita do complexo, aumentando ainda mais seu faturamento. O Palmeiras entrou de vez no caminho da sustentabilidade.

Mesmo sem toda a arrecadação do complexo, o faturamento com bilheteria do Palmeiras já é espetacular, sendo o clube que mais fatura com ingressos no Brasil, além de já ter aumentado quase todas as suas outras fontes (sócios, patrocínios, publicidade, venda de produtos oficiais, etc.)

Aproveitando a experiência das arenas rivais o Santos terá condições de construir sua arena priorizando o que é realmente importante:

1. Não tão grande quanto a de Corinthians e Palmeiras;

2. Não desnecessariamente luxuosa como a do Corinthians.

A prioridade deve ser o conforto, não o luxo; a funcionalidade, não a dimensão.

O Santos poderá agir como o Grêmio e adquirir (através de um parceiro) um terreno bem localizado, para, como o Palmeiras, conseguir que esse parceiro investidor construa a arena por conta própria.

O clube deve tentar tocar um projeto baseado num terreno em área adensada, bem servida pela malha viária. Distritos paulistanos sugeridos para construção do complexo, distantes das arenas rivais e próximos do ABCD e das rodovias Imigrantes e Anchieta: Socorro, Campo Grande, Cidade Ademar, Jabaquara, Cursino, Sacomã, Ipiranga, Vila Prudente, São Lucas ou Sapopemba.

Com um complexo verdadeiramente multiúso, pode-se angariar multipatrocínios. Os que patrocinam o futebol podem se juntar aos que patrocinam jogos de vôlei, basquete, tênis, lutas e outros. Multiúso não é moda nem luxo, é investir mais para aumentar a ocupação da arena de forma significante, diluindo os custos e reduzindo o tempo de amortização.

Bilheterias de shows de artistas famosos representam muitos milhões, com preços médios superiores a qualquer jogo de Brasileirão.

A grande importância financeira dos eventos foi manifestada com o desespero do São Paulo em investir um valor superior a 300 milhões de reais no Morumbi obsoleto, copiando o anfiteatro do Allianz Parque, numa tentativa de salvá-lo face à nova concorrência. Investimento esse que não é feito para os torcedores da arquibancada superior, há décadas submetidos a sol e chuva. Os preços de ingressos para certos eventos chegam a ser múltiplos dos preços de ingressos do futebol.

MODELOS DE AMORTIZAÇÃO DO COMPLEXO

O Santos pode negociar diferentes formas de amortização do complexo. Em um modelo mais moderado, todas as receitas podem ser partilhadas entre o Santos e o investidor, incluindo os jogos do clube na arena e no ginásio, com expectativa de amortização de 30 a 35 anos. A vantagem deste modelo é o alcance de um patamar financeiro equivalente ao dos rivais já a partir da inauguração do complexo. A desvantagem é a lenta amortização.

Pode ser negociado também um modelo mais agressivo, aonde todas as receitas do complexo sejam destinadas ao investidor, incluindo os jogos do Santos na arena e no ginásio, com expectativa de amortização de 10 a 15 anos. A vantagem desta opção é a amortização em prazo inferior aos rivais e a desvantagem é que o clube passaria pelo menos uma década com faturamento em patamar muito inferior aos rivais (mas, ainda assim, menos distante que na "realidade Vila Belmiro”).

O mais animador é que mesmo que 100% das receitas de bilheteria do novo complexo sejam destinadas ao seu pagamento, ainda assim o clube faturará mais que no atual momento com sócios, patrocínios, produtos licenciados, etc, simplesmente pelo reposicionamento no mercado que o ganho de imagem proporcionaria e o novo nível de engajamento dos torcedores.

Fontes de receita destinadas à amortização do complexo:

- Bilheteria dos jogos do Santos na arena e no ginásio;

- Naming rights da arena, do ginásio e do shopping;

- Locação dos espaços do shopping;

- Mídia eletrônica e estática na arena, ginásio e shopping;

- Aluguel ou bilheteria do ginásio multiúso para outros eventos esportivos: ligas de vôlei, basquete, competições de ginástica, artes marciais, etc;

- Aluguel ou bilheteria da arena e ginásio multiúso para eventos artísticos, culturais, sociais e corporativos. Festivais de música com dois palcos, o principal na arena e o secundário no ginásio;

- Aluguel dos espaços destinados às operações de alimentação da arena e ginásio.

CONCLUSÃO

O Santos precisa realizar o esforço que for necessário para tornar-se superavitário. A nova arena será indutora disso. Presidente, contrate uma consultoria especializada em projetos de complexos multiúsos e prospecção de terrenos. Coloque este sonho no papel e aprimore-o ao longo do caminho.

Esperamos um projeto bem estruturado e ofensivo para o complexo aqui proposto. Existindo a chance histórica de superar as arenas do trio da Capital, com terceiros financiando o projeto por conta própria, será nefasto ao Santos se apequenar para escanteio na Baixada Santista, ou mesmo arrendando o Pacaembu, com todas as limitações dessa opção.

Presidente, prospecte parceiros para construir o projeto. O boom imobiliário de Santos nos últimos anos teve a participação de diversos construtores santistas de nascimento e/ou coração. Levar esse projeto para estas empresas pode ser uma alternativa. Elas possuem know-how para grandes obras.

Em exemplo temos um consórcio de empresários santistas formado pelas empresas Arias Invespar, AMC Holding S/A e RRS Empreendimentos, que adquiriu recentemente um terreno de 70 mil m² na Praia Grande, onde será erguido um vultoso projeto de 270 mil m² de área construída, composto por um mega shopping, dois hotéis, duas torres residenciais, uma torre corporativa e uma torre comercial.

Existem ainda outras grandes empresas do ramo da construção na Baixada Santista, como a Miramar Empreendimentos, de reconhecido empresário radicado em Santos, dono de dezenas de empreendimentos na cidade e outros tantos em Portugal.

Todos os horizontes devem ser tentados na busca de parceiros, sejam empresas nacionais ou mesmo do exterior. O que não pode continuar é essa falta de perspectiva que o clube se encontra.

Estamos em um momento histórico no qual precisamos dar uma resposta. A escolha do Santos é ser o maior. Caro presidente, exigimos uma ação que proporcione a manutenção da grandeza e da predestinação do Santos Futebol Clube em ser o clube mais espetacular deste país.

E esta ação é uma arena para o Santos Futebol Clube na cidade de São Paulo.

#ArenaSantosnaCapital
#PorUmMarBrancoSempre




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