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MANIFESTO DOS ADVOGADOS E ADVOGADAS OU DE TODO CIDADÃO E CIDADÃ QUE AGE EM DEFESA DA MULHER. DILMA FOI ATACADA, EM SUA CONDIÇÃO DE MULHER, PELA TORPE REVISTA IstoÉ.

Para: Advogados(as) brasileiros(as), Presidência da República, STF, MPF, PGR, CFOAB, OAB-BA, Secretária de Política para as Mulheres do Estado da Bahia, Neim-Ufba, Coletivos de mulheres

ISSO NÃO É JORNALISMO. IstoÉ MANIPULAÇÃO INFAME DE INFORMAÇÕES. IstoÉ MACHISMO!


“A função da imprensa é ser o cão de guarda público, o denunciador incansável dos dirigentes, o olho onipresente, a boca onipresente do espírito do povo que guarda com ciúme sua liberdade”. (Karl Marx, Tribunal de Colonia). Essa visão marxiana do papel do jornalismo na sociedade livre está bem distante da prática abusiva que marca o jornalismo na contemporaneidade. A crítica de que as pessoas cedem ao fascínio que é acompanhar famosos, de qualquer instancia, mas deveriam pensar que não estão a salvo “da catástrofe natural, do colapso econômico ou do atentado terrorista, apenas porque consomem o mundo como espetáculo” cabe na forma como a imprensa tem se portado diante do cenário político construído pelas forças conservadoras que insistem em desaprovar o governo Dilma Roussef, criando, junto à opinião pública, um clima de intolerância e de insurgência como nunca presenciado no país.

A informação é um bem social, por essa razão, não pode ser disseminada ao prazer das tendências ideológicas do jornalista e, menos ainda, pactuar com a mediocridade hegemônica de forças que desejam subtrair da sociedade o direito a obter essa informação da maneira mais transparente, verdadeira e descontaminada de fórmulas infamantes com relação aos protagonistas que povoam as matérias sugadas avidamente pela opinião pública. Dessa forma, a partir da compreensão de que liberdade de imprensa é vital para a democracia, mas não significa liberdade de tripudiar sobre pessoas e valores consolidados em nossa cultura e em nossa ordem democrática, não vamos silenciar diante dessa excrescência típica do fascismo jornalístico, identificada por IstoÉ. Isso não é jornalismo. IstoÉ vergonhoso desarranjo verbal, permitido pela sociedade machista que ainda comanda as máquinas e por donos de poder que pervertem o significado do livre direito à expressão cravado na Constituição Federal e em todos os Textos Políticos da contemporaneidade democrática.

Isso não é informação, IstoÉ o resto putrefato do que seria a ausência absoluta de função social da notícia, substituída por um lixo hospitalar retirado da UTI da ética e do respeito humano onde a saúde pública, em nome das garantias constitucionais, deveria manter a demência e a iniquidade de quem se despe do mínimo de dignidade para emprestar sua assinatura a temas de tamanha morbidez e de repercussão mais que política, atentatória à essência humana.

Sérgio Pardellas e Débora Bergamasco, jornalistas que assinam a meteria “Uma presidenta fora de si”, dia 1º de abril, no simulacro de revista que se afirma IstoÉ, sabem que participaram dessa desrespeitosa ação golpista execrada pela comunidade civilizada no mundo inteiro, não traduzindo a noticia como construção social, mas como factoide dolosamente direcionada à desconstrução de um paradigma ético e democrático próprios das civilizações de que se apartaram, os dois e toda a fraude jornalística no limbo de seus discursos, para se portarem com a bestialidade e a irracionalidade própria das feras.

Não são um homem e uma mulher, jornalistas, por trás da ultrajante e lastimável matéria que tenta desintegrar a normalidade psíquica da Presidenta Dilma Roussef, gastando a liberdade de expressão para essa pusilanimidade. São inumanos, duas presunções assemelhadas a humanos, pele de gente, mantida a fereza que identifica os não-humanizados, não porque são feras, mas porque não toleram a simples e solidaria condição de "ser-pessoa". Preferem o inóspito da cobardia atrás dos donos das máquinas, a cumplicidade com o primitivismo, o esconderijo vil por baixo das saias/togas/becas que se arrastam nos becos do autoritarismo ou na tecla digital do sistema de segurança e justiça, que não demonstram disposição politico-jurídica para conter os gravíssimos episódios de ódio instilados na opinião pública pelo confronto midiático com a ordem instituída, com a democracia, com a ausência absoluta de controle ético sobre a linha que separa e aproxima a liberdade de expressão da dignidade da pessoa humana, da inviolabilidade da intimidade, da vida pessoal, da imagem, dos direitos humanos de muitos e muitas pessoas, agora, especialmente, da classe política, preferencialmente, do governo Dilma Roussef, diuturnamente conspurcados pela ferocidade da grande mídia.

Não podemos silenciar diante dessa matéria crespa e machista, de conteúdo, além de virulento, desrespeitoso, abjeto e violento no modo como se refere à Presidenta da República de um país que se legitimou como uma das grandes economias no mundo, reverenciado, principalmente, pelas conquistas sociais implementadas nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, vigorosamente infamados e criminalizados pela mídia histérica hegemônica pactuada com as elites insatisfeitas com as igualdades sociais instituídas. Repugna o teor exprobante, dissoluto, execrável da matéria contra a cidadã Dilma Roussef, contra a pessoa Dilma Roussef, contra a Chefe de Estado Dilma Roussef, mas sobretudo, pela condição de mulher que traz na sua trajetória de vida um exemplo de luta, de renuncia, de firmeza de caráter, de lealdade, de ação politica em defesa das liberdades, inclusive, da liberdade de que se aproveita a matéria infamatória, para degradar a imagem da Presidenta e, com isso, desconstruir também o feminino e a mulher em cada uma de nós, mulheres, que, ao longo da triste historia de dominação patriarcal que experimentamos, conquistamos espaços de liberdade em todos os lugares de onde falamos e construímos nosso protagonismo.

Repugna que essa matéria, objeto da mais infamante e injuriosa desqualificação humana e política feita a uma mulher em nossa história, seja assinada por outra mulher. Na condição de mulheres é que somamos força contra essa forma violenta e masculina de pisotear mulheres. Na condição de mulheres é que denunciamos ao mundo civilizado que nosso país ainda concentra, no século XXI, para nossa desonra, a herança patriarcal que mantem vivo o legado de desigualdades e agressividade que marcou nossa "aventura como mulheres".

Na condição de mulheres é que manifestamos nossa indignação à brutalidade do conteúdo da matéria assinada por Sérgio Pardellas e Débora Bergamasco, publicada na revista IstoÉ, em 1º de abril, extensiva nossa repulsa a todo o grupo da revista referenciada, por terem, indistintamente, provocado a ruptura com princípios e valores garantidos na Carta Política de 1988 e, para além das garantias a direitos humanos, feriu, profunda e criminosamente, a dignidade e a essência humana da pessoa, da mulher, da cidadã e da presidenta da República, Dilma Roussef.

Não vamos nos quedar no silencio que oprime, que desonra, que vilipendia, que fortalece o machismo, que desaba nossas convicções enquanto mulheres que somos, protagonistas de nossas lutas. Denunciamos, vivamente, o pacto de covardia que alinha depreciação humana e desacato político à Presidenta Dilma Roussef e exigimos que sejam adotadas providencias legais contra todos e todas da Revista IstoÉ que, de algum modo, contribuíram para a redação, edição, publicação, divulgação da matéria espúria que causa asco pelo conteúdo vil e macula a liberdade de expressão tão saudável à democracia. E que possamos esgrimir, com Angelina Anjos (A mulher do século XXI à sombra do patriarcado): “Que tenhamos a coragem de viver com todas as mulheres que habitam em nós, que possamos exaltar e ratificar todas aquelas que estiveram no movimento para nossas liberdades individuais e de gênero. Que possamos ser a expressão e a marca do terceiro milênio, reconciliadas com nossa alma feminina poderemos quantitativa e qualitativamente transformar esse estado predatório em um processo criativo coletivo. A nossa sustentabilidade existencial e relacional depende do resgate da nossa humanidade”.

Subscrevem o texto: todos e todas contra violência de gênero e contra o machismo.




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Esta petição foi criada em 05 abril 2016
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