Abaixo-assinado PELA DIVULGAÇÃO DA VERDADE SOBRE A EPILEPSIA
Para: Presidente da República Federativa do Brasil; Ministro da Saúde, Ministro das Comunicações
PELA DIVULGAÇÃO DA VERDADE SOBRE A EPILEPSIA
A Epilepsia é uma síndrome neurológica que atinge em torno de 1 a 2% da população brasileira; não é contagiosa, pois tem como causa principal uma lesão no(s) neurônio(s) do cérebro ;seu tratamento em 90% dos casos é passível de controle medicamentoso ou cirúrgico. Contudo, a discriminação à pessoa com epilepsia torna sua vida social mais angustiante até mesmo do que a própria síndrome epiléptica - a maioria das pessoas não sabem como agir para ajudar uma pessoa em crise epiléptica. E a ajuda solidária torna a epilepsia o problema de saúde mais carente de solidariedade do que todos os demais. Em função disso a pessoa com epilepsia, receosa de não ser ajudada e até mesmo de se tornar inconveniente, foge da vida social. O índice de desemprego é o mais alto dentre todos os que possuem problemas crônicos de saúde, assim como o número de suicidas é, também, incrivelmente alto. Mas a realidade deveria ser outra. A medicina neurológica, em relação ao problema, foi a que mais avançou em todo o mundo; centros cirúrgicos modernos existem em diversos estados do Brasil, associações de pessoas com epilepsias são criadas constantemente; as pessoas começam a reagir ao isolamento social. Contudo, ainda é uma reação insignificante em função do enorme fosso cultural falso que cerca o problema e dos objetivos a serem alcançados. A forma de superar a falta de esclarecimento sobre a realidade dessa questão de saúde que atinge mais ou menos 50 mil brasileiros seria através de uma campanha publicitária informativa nos meios de comunicação, tal como foi realizado com a tuberculose, a hanseníase, a síndrome de down. A epilepsia não impede, em mais de 85% dos casos, que a pessoa estude, trabalhe, constitua família. Dois brasileiros ilustres que fizeram parte da história política e cultural do País tinham epilepsia: Dom Pedro I e Machado de Assis, mas descriminação ainda continua como grande obstáculo. Pedimos, então, à Presidente da República, ao Ministro da Saúde e ao Ministro das Comunicações que patrocinem essa campanha sobre a realidade da epilepsia - que saiu das sombras- mas as pessoas com epilepsia ainda vive na escuridão do preconceito.
Pedimos que assine essa petição e nos ajude a tornar a realidade das pessoas com epilepsia sem o estigma da desinformação que macula a verdade.