Abaixo-assinado Meu Filho Foi Assassinado, Mas A Luta Por Justiça Permanece.
Para: JUSTIÇA bRASILEIRA
Meu Filho Foi Assassinado, Mas A Luta Por Justiça Permanece.
A dor de não poder mais ver meu filho falar, sorrir, abraçar-lo, coloca-lo em meu colo, leva-lo para passear, enfim não acontece mais.
Eu não conseguiria ficar em pé diante da dor que parecia me consumir e nem mesmo sequer ouvir o que as pessoas falavam naquele momento.
Depois, me restava apenas segurar a camisa de meu filho junto a meu rosto, como que em dado momento o substituísse, e chorar deitada na cama, pois uma parte de mim também partira junto com ele. Mas como o senhor não nos abandona nunca, ele veio ao meu encontro, envolveu-me em seus braços, e disse aos meus ouvidos com autoridade que Deus lhe concedia a seguinte frase: Assim como minha mãe ficou de pé diante de meu sofrimento, você vai ficar de pé diante de seu sofrimento, pois como filha escolhida, sentira meu amor preencher o espaço vazio deixado em seu coração com a partida de seu filho. Sem duvida alguma senti naquele momento, Jesus e Maria segurarem-me pelas mãos e me conduzirem para o que seria o ultimo momento de uma mãe diante de seu filho, que já se encontrava nos braços do PAI. Minha dor só não foi maior do que a de Nossa Senhora, que assistiu de perto todo o sofrimento de seu filho Jesus, horas antes dele morrer. Graças a Jesus que Deus teve compaixão de mim, não permitindo que eu assistisse o sofrimento do meu filho.
Uma frase citada na musica da Adriana( Canção Nova) “Lagrimas doem pra valer; mas sempre há de prevalecer: Toda a vontade do senhor presente em minha vida.”.
Meu menino o Marcelo, foi sepultado e a nossa separação foi consumada apenas fisicamente, pois ele permanece vivo para sempre em meu coração, da mesma forma que Jesus e Maria também. Sinto isso, pois na manhã seguinte ao contemplar um novo dia que surgia sem meu filho, perguntei ao Espírito Santo se o meu Marcelo estava feliz diante da sua nova morada, queria uma resposta concreta, tive em meu coração que se Jesus fosse justo, os assassinos de meu filho ficariam presos até o ultimo dia de sua condenação.
Senhor Juiz de Direito da Vara Criminal, e da Vara da Infância do Distrito Federal, por favor, leia estas palavras de uma mãe que agora luta com a saudade e com a justiça pra que seu filho não seja apenas um numero na estatística da violência no Distrito Federal e no Brasil.
Sabe eu achava que não aconteceria comigo, e sim só com os outros, nunca me importei, afinal não era comigo. É mas aconteceu, tiram meu filho, do aconchego dos meus braços, de uma forma fria e cruel;
Sou apenas uma MÃE que pede por justiça, afinal, é apenas um pequeno direito que tenho, pois sou pobre, não tenho fama, e muito menos filho, é não tenho por quê?
Porque alguém se achou no direito de não gostar do meu menino e atirou nele pelas costas e o matou e o deixaram se arrastar ate ele machucar a palma da mão, a face os braços e cotovelos e o incrível ele estava de casaco , e depois o viraram e atiraram no pescoço dele. Tudo isso aconteceu porque um menor de idade e um amigo de moto resolveram descontar uma tapa incrível; e ninguém ta nem ai. Fizeram ate vaquinha para comprar uma arma.
No dia 6 de setembro de 2011, ele, o assassino, teve o trabalho de limpar uma arma, (pois poucas horas antes seu amigo tentou matar outra pessoa e a arma não funcionou), ele os amigos que são maiores. E então decidiu ir matar o meu menino, O MARCELINHO.
E agora no dia trinta (30) de setembro ele já vai sair do CAJE.
A sentença foi de apenas três (3) ANOS, e ele ainda vai sair antes do tempo, POR QUÊ?
O TEMPO PODE APAGAR LEMBRANÇAS DE UM ROSTO, UM CORPO, MAS JAMAIS APAGARÁ LEMBRANÇAS DE PESSOAS QUE SOUBERAM FAZER DE PEQUENOS INSTANTES, GRANDES MOMENTOS.
BOM MESMO É TER PROBLEMA NA CABEÇA, SORRISO NA BOCA E PAZ NO CORAÇÃO! ALIÁS, ENTREGUE OS PROBLEMAS NAS MÃOS DE DEUS E QUE TAL UM CAFEZINHO GOSTOSO AGORA? A VIDA É UMA PEÇA DE TEATRO QUE NÃO PERMITE ENSAIOS. POR ISSO CANTE, CHORE,DANCE E VIVA INTENSAMENTE ANTES QUE A CORTINA SE FECHE! NÃO SE ESQUEÇAM este sou eu MARCELO...
Atenciosamente,
Madalena Rezende Ferreira
