Abaixo-assinado Emancipação do Distrito de Barão Geraldo da Cidade de Campinas-SP
Para: Governo do Estado de São Paulo e Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
Um projeto para Barão Geraldo: torná-lo município
O distrito de Barão Geraldo, dentre os quatro distritos de Campinas – Joaquim Egídio, Sousas e Nova Aparecida – é o mais populoso, segundo o Censo do IBGE de 2010. Dois anos depois, podemos projetar uma população, entre a residente e a flutuante por volta de 110 mil pessoas. Éramos 39.000 em 1.991 e 45.000 habitantes no ano de 2.000. Um crescimento muito acima da média do estado e da população do país.
Muitos empreendimentos imobiliários foram aprovados e construídos em vários dos mais de 70 (setenta) bairros do distrito, mas não houve contrapartida social: nenhuma nova escola, nenhum novo posto de saúde, nenhum novo acesso rodoviário ao distrito fora construído para atender a esta imensa população.
A falta de investimento e de planejamento fez com os moradores do distrito passassem a conviver com problemas nunca imaginados por estas terras. Sentimos diariamente o impacto sobre o trânsito, pois é impossível trafegar nos horários de pico e observamos nossas avenidas represadas pela enorme quantidade de veículos que cruzam o distrito.
Segurança pública é o grande problema atualmente. A 3ª Companhia da Polícia Militar atende uma região muito extensa, que vai do Village Campinas ao Shopping Unimart, apenas com cinco viaturas: uma base móvel, dois veículos para ronda escolar, um veículo que fica a disposição do capitão e sobra outro para atender as ocorrências diárias. O 7° Distrito Policial – Polícia Civil – atende apenas em horário comercial, entre 9 e 18 horas, e quando ocorrem demandas fora deste horário, o baronense tem que se deslocar até Campinas pra registrar um Boletim de Ocorrência. A Guarda Municipal tem duas bases instaladas no distrito, possui bons equipamentos e um bom quadro de guardas municipais, mas a extensão territorial não permite um policiamento preventivo. Devido às rotas de fuga, iluminação precária de nossas ruas e a falta de policiamento preventivo, os índices de criminalidades aumentam exponencialmente.
Embora o artigo 82 da Lei Orgânica do Município contemple eleição direta para subprefeito, com a escolha definida pelo prefeito a partir de uma lista tríplice dos candidatos mais votados, isto jamais ocorreu e convivemos com indicações de pessoas que sequer conhecem o distrito e seus problemas. No apagar das luzes do atual mandato, o vereador Sebá Torres, a serviço de seu partido (PSB) e do prefeito eleito, modificou este artigo, mantendo a nomeação do subprefeito pelo chefe do executivo sem consulta popular.
O prefeito eleito, Jonas Donizete, em seu programa de governo não dedica uma só linha sobre seus planos para o desenvolvimento dos distritos de Campinas. E ele foi o único candidato a prefeito que não compareceu ao encontro com a população baronense em 19 de setembro último. Aliás, agora eleito prefeito, ele nomeou Presidente da Fundação José Pedro de Oliveira – Mata Santa Genebra – nada mais nada menos do que o maior empreendedor imobiliário da RMC: Pedro Henrique Delamain Pupo Nogueira (PSB). Devemos esperar o pior!
Muito mais do que preservar nossos recursos naturais, devemos lutar pela conservação de todo o patrimônio ambiental pertencente ao distrito: o Ribeirão das Pedras, a Mata Santa Genebra, a Mata Santa Genebrinha e a Mata do Quilombo.
Precisamos congelar os grandes empreendimentos imobiliários por até dez (10) anos, para proteger nossas nascentes e as matas ciliares, bem como toda a fauna e flora que existe por aqui.
E como podemos reconquistar nossa qualidade de vida, com mobilidade urbana, segurança e preservação do meio ambiente?
Se não temos autonomia política, econômica e administrativa. Se não há planos de desenvolvimento para nosso querido distrito, devemos buscar nossa independência e promover a emancipação do município de Campinas. Que assim seja!