Abaixo-assinado CAMPANHA: BRUNO ALISSON DEVE IR ESTUDAR MEDICINA EM CUBA!!!!
Para: Casa da amizade Brasil-Cuba, Sr. Ibiapina.
Desde muito novo tenho este interesse, suponho que sempre esteve presente em mim, algo intrínseco. Esta pretensão está diretamente relacionada com a volúpia de ajudar o próximo, de servir incondicionalmente. Servir, amar, ajudar, acolher. São verbos que devem sempre está presente na vida deste profissional. Todos nós que assumimos a responsabilidade de se vestir de branco, temos que ter ciência que seremos em muitas ocasiões a única fonte de esperança de pessoas que se veem desamparadas. Quando falamos em servir, isso gera em nós certo incômodo com relação ao seu significado. Pois geralmente servir está ligado a se humilhar, se dispor a se desfazer de sua própria vontade para fazer a do outro. E de certa forma tentamos ignorar a importância desse ato. Mas, se realmente entendermos o valor e significado da atitude de servir, ao próximo e não a nós mesmos, seríamos pessoas bem melhores em nosso modo de viver.
Infelizmente o sistema educacional do nosso país excluem muitos e favorecem poucos, principalmente no ingresso às universidades. Sempre estudei em escolas públicas e fiz meu ensino médio numa escola integral, na qual oferecia cursos profissionalizantes, cujo fiz técnico em enfermagem. Aqueles que almejam uma vaga, que por direito, numa universidade pública deveria ser seu disputam com uma enorme desvantagem com os "filhos da burguesia". Ingressei em filosofia na Universidade Estadual do Ceará (UECE), fui em busca de um aprimoramento ético e humano. E dentro de um curso da área de humanas, indiscutivelmente desenvolvemos um senso crítico essencial para o rompimento de paradigmas e adquirimos o desejo de revolução, que é intrínseco na juventude, fundamental para derrubar muros e cruzar fronteiras.
A ELAM, Cuba, comunismo... São alternativas, ferramentas que podem ser utilizadas para destruição deste sistema. Estudar em Cuba seria uma fonte de enriquecimento intelectual, cultural enorme. Sem mencionar o sistema de saúde, desenvolvido, igualitário e que prioriza na essência a humanização em saúde, algo que está esquecido nos escombros do sistema brasileiro. Poucos são aqueles que ousam questionar e romper esta máquina alienante e os médicos acabam se tornando alienados e fantoches de um mecanismo corrupto e excludente.
Tudo parece contra, algo impossível... No entanto, sempre busquei e busco criar meus próprios caminhos e vejo na medicina uma alternativa para eu ser útil na construção de um mundo melhor. Peço ajuda de vocês na construção de um caminho para ir estudar na ELAM, seria um sonho e teríamos mais um soldado em busca de um mundo mais justo. Não tenho nada, "só" tenho livros... Os livros não mudam o mundo, mas mudam as pessoas e são as pessoas que mudam o mundo.
Bruno Alisson A. Oliveira