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Abaixo-assinado Horário de Verão: uma Proposta de Mudança

Para: Ministério das Minas e Energia e outras instituições

Quem nunca ouviu alguém falar que não gosta do horário de verão pois este não é o “horário de Deus”? Pois é, na verdade, nenhum, nem outro: para a física são criações do homem para medir o quanto um acontecimento ocorre depois de outro. Para filosofia e teologia é “um momento oportuno”.

Na antiguidade a contagem das horas começava com o nascer do Sol. O meio-dia era o horário que o Sol estava mais alto no céu. Como o sistema de numeração mais usado naquela época era o duodecimal (base doze), o tempo entre o nascer e ocaso do Sol era de doze horas. Para noite era a mesma coisa.

A hora era uma característica extremamente local. Antigos viajantes tinham que acertar o relógio toda vez que chegavam a uma cidade nova. O acerto de horas era feito através do Sol: o meio-dia representava o ponto mais alto que a estrela alcançava.

Ao longo dos séculos, diferentes formas de contar as horas foram utilizadas, até chegar ao que conhecemos hoje. Mas isso ainda trazia problemas, pois cada localidade tinha sua hora.

Somente nos EUA, a pouco mais de um século atrás, existiam mais de 70 horários diferentes. As medidas de horários diferentes passou a criar dificuldades crescentes à medida que essas regiões se desenvolviam em comunicações e transportes. Para resolver estes problemas, em meados do século XIX, a Grã-bretanha criou um único horário para todo o país. Contudo, internacionalmente o problema continuava.

A luz do dia é maior no verão do que no inverno, principalmente nas regiões mais próximas dos pólos, e o dia varia ao longo do ano, fazendo que haja um afastamento da hora legal para a hora local (figura baixo). Para aproveitar melhor a luz solar, os animais e as pessoas que vivem no meio rural, mudam gradativamente seus horário de levantar, de acordo com o Sol, ora mais tarde, no inverno, por volta das 6h, ora mais cedo, no verão, por volta das 4h30, caso não houvesse o horário de verão.

Em 1894, foi realizada a Conferência Internacional do Primeiro Meridiano, cuja proposta era padronizar a utilização mundial da hora legal. Foi então criado os fusos horários como conhecemos hoje, dividindo o globo em 24 diferentes horários.

Resolvido o problema dos fusos horário, continuava o problema da luz do dia variar ao longo do ano: ora o dia era mais longo, ora mais curto. Foi então que o inglês William Willett, em 1907, lançou um panfleto intitulado “Desperdício da Luz Diurna” a fim de aproveitar melhor a luz do dia e ao mesmo tempo estimular o lazer e a economia de energia.

Em sua proposta original, Willett ousou a propor ter quatro domingos com 20 minutos a menos no segundo mês da primavera, em abril, no hemisfério Norte, e 20 minutos a mais no primeiro mês do outono, em setembro, no hemisfério Norte. Assim, teríamos 80 minutos a mais de sol para desfrutarmos durante os meses do verão, sem que as os indivíduos sentissem uma mudança brusca no organismo.

O primeiro país a adotar o Horário de Verão (HV) foi a Alemanha, em 1916, seguido pela Inglaterra. Não foi da maneira como Willett propôs, e sim como usamos hoje, retirando uma (ou duas horas, em certas regiões) da noite para o dia. No Brasil o Horário de Verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932.

As regiões que tem as maiores variações de luz são as distantes das regiões equatoriais. Mais ao Norte ou ao Sul. Aqui representamos o verão no hemisfério Sul (dia longo) e inverno no hemisfério Norte (noite longa).
Há dezenas de países que utilizam o HV. Regiões equatoriais (próximas ao equador) não utilizam o HV devido a pouco variância sazonal do período com luz diurna. É por isso que não existe o HV nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Como já dito, as regiões que tem as maiores variações da luz diurna são as distantes das regiões equatoriais, de altas latitudes. Mais ao Norte ou Sul (figura ao lado). Contudo, o Brasil é o ÚNICO PAÍS EQUATORIAL DO MUNDO que adota o Horário de Verão.

Para termos uma mudança mais natural possível, poderíamos usar as idéias de Willett e ousar propôr uma mudança de meia em meia hora em cada estação, ora para mais, ora para menos. Assim, em março e junho retiraria ½ h, e em setembro e dezembro aumentaria ½ h. Com a mudança mais suave, nosso sistema biológico se adaptaria muito mais facilmente. Poderíamos chamar este horário de “Horário da Qualidade de Vida (HQV)”

Os agricultores/as, normalmente têm que acordar com o Sol não importa que horas marquem os relógios. No verão, quando a luz diurna é maior, em certas regiões, se não mudarmos as horas para o HV, antes das 5h da manhã já está claro. No inverno, quando o dia mais curto, 6h ainda está escuro.

O fuso de ½ h não é novidade. Há dez fusos horários com defasamento de X½ do GMT (Greenwich Median Time -sendo X um número inteiro de 1 a 12). Por exemplo, Irã (GMT + 3.1/2), Austrália Meridional (GMT + 10.1/2) e Venezuela (GMT – 4.1/2). Há ainda três fusos horários com defasamento de X.3/4 (Xh+45 min), como o Nepal (GMT + 5h45min).

Alguns pensam que o HQV, mudando meia em meia hora, a cada três meses, atrapalharia as comunicações e transporte. Ao contrário, facilita, pois já temos uma tecnologia para tanto, segundo operador nacional.

Cada vez somos mais dependentes de energia.

Segundo o relatório Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), do IBGE, o consumo per capita (para cada cidadão) brasileiro, aumentou 32,7% entre 1992 e 2009. Isso significa que em menos de duas décadas os brasileiros tem gasto 1/3 a mais de energia. Nem sempre o consumo de energia está ligado uma melhor qualidade de vida. Isso pode indicar que estamos mais sedentários e mais dependentes das máquinas do que as gerações passadas. Independente do horário adotado, temos que usar menos as academias, os carros, etc, para nos adaptarmos a uma qualidade de vida realmente saudável.

No Brasil a principal justificativa para o HV é a economia de energia. Quem sabe daqui a alguns anos o principal motivo da adoção do horário será a qualidade de vida.

Fontes
http://www.aneel.gov.br/65.html
http://www.zenite.nu/
Observatório Nacional
Wikipédia e IBGE




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