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Abaixo-assinado ABAIXO ASSINADO A FAVOR DA MANUTENÇÃO DA LEI 1.254/2008, QUE TORNOU FERIADO MUNICIPAL O DIA 20 DE NOVEMBRO “DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA”EM PEDREIRAS-MA

Para: TODOS

CENTRO DE CONSCIÊNCIA NEGRA DE PEDREIRAS E REGIÃO DO MÉDIO MEARIM-CCNPMEARIM
Fundado em 17 de Fevereiro de 2006
CNPJ: 11168898-0001-28

ABAIXO ASSINADO A FAVOR DA MANUTENÇÃO DA LEI 1.254/2008, QUE TORNOU FERIADO MUNICIPAL O DIA 20 DE NOVEMBRO “DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA”EM PEDREIRAS-MA.

Nós abaixo assinados/as, exigimos que as autoridades competentes do Estado brasileiro e mundial bem como da cidade de Pedreiras-MA, mantenham a LEI 1.254/2008, que tornou feriado municipal em Pedreiras, o dia 20 de novembro “DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA”, por entendermos que a suspensão deste feriado seria e será um retrocesso, nos valores tão fundamentais como a liberdade, a igualdade, a luta por direitos.


CARTA ABERTA PARA TODO O MUNDO.

PELA MANUTENÇÃO DA LEI Nº 1.254/2008 QUE TORNOU O FERIADO MUNICIPAL O EM PEDRERAS-MA, DIA 20 DE NOVEMBRO “DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA”.
PEDREIRAS O PRIMEITO MUNICÍPIO DO ESTADO DO MARANHÃO QUE É FERIADO MUNICIPAL O DIA 20 DE NOVEMBRO “DIA NACIONAL DA CONSCIENCIA NEGRA”


Milton Santos, o grande geógrafo negro premiado internacionalmente, que precisou sair do país para ser reconhecido, dizia que ser negro no Brasil nos obriga “a uma condição de permanente vigília”. Corroborando com o mesmo afirmamos é isso, o racismo não nos dá trégua. Quando baixamos a guarda, achando que as conquista para a promoção da igualdade racial estão consolidadas, os racistas se levantam outra vez.
O 20 de novembro feriado da Consciência Negra veio após anos de luta, em novembro de 2008. Em 2011 já está sendo questionado pela Associação Comercial de Pedreiras-Ma, que entrou na justiça contra o feriado do 20 de novembro.Os argumentos continuam os mesmos. Dizem que a cidade tem muitos feriados e que isso dá prejuízo. Não duvidamos.
Nossa dúvida é: por que só questionam o feriado do 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra, sempre, e nenhum outro? Claro, não interessa para as elites um feriado que agrega valores tão fundamentais como a liberdade, a igualdade, a luta por direitos, quando eles praticam diuturnamente a exploração, a discriminação racial, o lucro a qualquer custo e o consumo exacerbado, e o mais importante, um feriado que se reporta à história do povo negro (afros-descendes e afros-pedreirenses)
Ora, feriado por feriado, questionem, o 07 de setembro, 15 de novembro, ou qualquer outro que por muitas vezes paralisam a produção por vários dias. Não, não o farão. Não apenas por que o lucro gerado pelo consumismo em alguns dos feriados é monstruoso, mas também por que em alguns deles a essência está na cultura cristã-ocidental, hegemônica no país.
Escondem-se atrás de supostos “fundamentos jurídicos” para esconder o que realmente pensam e sentem. Não querem o 20 de novembro por que é uma data fruto do “ativismo negro” com o objetivo de chamar todos os brasileiros e todas as brasileiras, negros e negras, ou não, a dedicarem-se de maneira especial à reflexão sobre as relações raciais no Brasil e sobre as mazelas geradas pelo racismo em nosso país, em nosso Estado e em nosso Município o feriado municipal de 20 de novembro,é um convite para a construção de uma nova consciência de brasilidade, capaz de incluir também os negros e negras (afro-descendentes ,afros-maranhenses e afros –pedreirenses) no projeto nacional brasileiro, com cidadania plena.
O 20 de novembro, é uma data que questiona o racismo no país e especialmente em Pedreiras colocando em cheque também o racismo presente no mercado de trabalho construído pelo comércio e pela indústria nacionais, no qual negros e negras são excluídos por suas características fenotípicas. São gritantes os número dos institutos de pesquisa (IBGE, IPEA, DIEESE, etc.), que denunciam a discriminação racial no mercado de trabalho brasileiro.
A cidade de Pedreiras,possui cerca de quarenta mil habitantes e 75% são negros e negras,porém os mesmos são discriminados em todos os setores dessa “sociedade”.Em 2006 realizamos uma pesquisa nas principais lojas e agencias bancárias e constatamos “ in loco “que Os trabalhadores negros e as trabalhadoras negras são sistematicamente submetidos a cargos sem maior importância e seus rendimentos são inferiores aos rendimentos dos não-negros, quaisquer que seja a situações ou os atributos considerados, quando não tem seu direito ao emprego negado por suas características aparentes.
Não vemos esforços dessas mesmas entidades representativas do comércio e da indústria, que questionam o 20 de novembro, no combate ao racismo no mercado de trabalho. Pois bem, sem desigualdade racial não haveria necessidade de um feriado para a afirmação da igualdade. Sem uma construção hegemônica que nega a história, a cultura e a própria existência de metade da população brasileira, o 20 de novembro realmente não se justificaria. Se as datas nacionais nos incluíssem, se o panteão dos heróis nacionais nos incluísse, se a história nacional “oficial” nos incluísse, se o mercado de trabalho não nos discriminasse o 20 de novembro não se justificaria,assim como não se justificaria as cotas ,entre outras medidas para a promoção da igualdade racial. Mas a realidade é outra.
A partir da segunda metade do século XIX teve início no Brasil uma política nacional de “branqueamento”, cujo objetivo era construir uma nação de descendência européia, considerada a “ideal” e sinônimo único de civilização e desenvolvimento. Essa mesma política determinou também a formação de um panteão cívico e de datas nacionais, destacando heróis e eventos históricos que não incluem os afro-descendentes e os indígenas, considerados inadequados ao perfil de país que se pretendia. Grandes assassinos de negros e indígenas, como os bandeirantes, por exemplo, foram incluídos, e hoje constituem nomes de escolas, praças públicas, ruas, avenidas e rodovias, já que seus “crimes” eram consoantes ao projeto de formar um país de brancos, não somente nas características físicas, mas também em seu perfil histórico, político e ideológico.
Zumbi dos Palmares e muitos outros heróis negros e heroínas negras, que lutaram e morreram pela liberdade, por igualdade de direitos e por um Brasil sem racismo, ficaram e ficam ignorados, pois suas lutas sempre foram contrárias aos interesses das elites nacionais, primeiro para destruir o escravismo criminoso que construiu suas riquezas, palácios e templos; e, depois contra a política e economia pós-abolição, estruturadas utilizando o racismo como instrumento de exploração e dominação dos afro-brasileiros.
A recuperação da história de Zumbi é uma ação revolucionária, que contradiz a “invenção racista” ou a “invenção de ser negro” de um Brasil de brancos e a cotidiana reafirmação desta branquitude nos conteúdos, práticas e imagens reproduzidas na mídia nacional (novelas e outros), na educação formal e em todas as relações sociais.
Pois bem, senhores e senhoras comerciantes ,lojistas, empresários , observem o lugar que têm relegado para a população negra nas suas empresas, e comprometam-se com a promoção da igualdade racial. Se querem manter seus lucros intactos, fiquem a vontade para questionar algum dos muitos feriados que aí estão colocados, mas não toquem no 20 de novembro, data nacional legitima, símbolo maior das lutas por um Brasil sem racismo, pautado na liberdade e na igualdade.

VALEU!ZUMBI, DANDARA, NEGRO COSME, JOÃO CÂNDIDO, ANASTÁCIA. LUÍSA MAHIN, LÉLIA GONZÁLEZ, JOÃO DO VALE, JOÃO PISTON-PRIMEIRO VEREADOR NEGRO DA CIDADE DE PEDREIRAS-MA (NUNCA FOI HOMENAGEADO COM NOME DE RUA, ETC...),CECILIA (PRIMEIRA VEREADORA NEGRA E ÚNICA VEREADORA NEGRA ),MAGNO CRUZ ,IVAN COSTA.....
Texto de Silvany Euclênio compilado por Francinete Braga

Assinam este documento:

PASTORAL, OPERÁRIA, SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS DE PEDREIRAS,SIMPROESSEMA,ASSEMA,MIQCB,BLOG DO ELCINHO,CENTRO DE CULTURA NEGRA DO MARANHÃO,ASSOCIAÇÃO DAS COMUNIDADES NEGRAS RURAIS QUILOMBOLAS DO ESTADO DO MARANHÃO-ACONERUQ;CONSELHO ESTADUAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE ÉTNICO RACIAL,NUCLEOB DE EXTENSÃO E PESQUISA COM COMUNIDADES NEGRAS RURAIS E QUILOMBOLAS –NURUNI-UFMA,.GRUPO DE MULHRES NEGRAS MÃE ANDRESSA,




















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