Abaixo-assinado : Pelos Motivos Expostos Abaixo, Digamos Não A Beatificação da Princesa Isabel.
Para: Sua Santidade O Papa do Estado da Cidade do Vaticano
O arcebispo do RJ, Dom Orani João Tempesta recebeu o pedido formalizado para a abertura do processo de bem-aventurança e beatificação da princesa Isabel junto ao Vaticano.
Será constituída uma comissão chefiada pelo monge beneditino Roberto Lopes. A papelada está sendo enviada para a arquidiocese de Paris, já que a princesa morreu na França, em 1921. E depois do levantamento biográfico e da constatação dos requisitos para a beatificação, o caso será levado a Sua Santidade, o Papa.
O 3 principais requisitos para que ela seja beatificada é a prova de virtude em grau heróico (assinatura da Lei Áurea); santidade popular e atribuição de um milagre.
Grupos pró-monarquia asseveram haver testemunhos de pessoas que foram curadas inexplicavelmente à luz da medicina, depois de recorrerem á filha de D. Pedro II.
No passado os negros e as negras também, acreditaram na Lei Áurea que abolia o trabalho escravo.
Em razão de ter sancionado a lei da abolição da escravidão a Princesa Izabel foi titulada a Redentora, condição assumida, como gratidão, pelos negros da época.
Os anos pós-Abolição; com o subemprego, a favelização, o preconceito aonde chegava em razão da cor de sua pele e a discriminação racial que sofria ao bater as portas do mercado de trabalho, mostrou aos negros a outra face - a verdadeira se alguém tem dúvida - daquela “lei redentora” e dissipou suas esperanças de uma vida melhor como emancipada, até porque, as novas relações de trabalho “estranhamente” o único beneficiado era o branco, o imigrante europeu.
No pós-Abolição o negro além da vida miserável a que lhe reduziram ainda tinha que suportar as duras palavras dos antigos aliados brancos abolicionistas quando se lamentava do seu infortúnio, de que não tinha do que reclamar, pois todos os seus problemas foram resolvidos com a Lei Áurea, não era mais escravo.