Abaixo-assinado Melhorias e Segurança da e na Rodovia Amargosa-Santo Antônio de Jesus, Amargosa-CFP
Para: Autoridades acadêmicas do CFP da UFRB e autoridades políticas dos âmbitos municipal e estadual
De janeiro de 2010 até o presente momento, mais de uma dezena de acidentes ocorridos entre Santo Antônio e Amargosa tiveram docentes, servidores técnico-administrativos e discentes como suas principais vítimas. Se considerarmos as ocorrências com pessoas da comunidade local e com aquelas que se dirigem a Amargosa, todos os dias, esse número se torna alarmante.
Em sua maioria absoluta, os acidentes com servidores do Centro de Formação de Professores da UFRB não envolveu colisão entre veículos, mas, sim, perda de controle, saídas da pista e quedas em despenhadeiros, em um trajeto que, em seus poucos quilômetros e dezenas de perigosas curvas, uma atrás da outra, as condições de tráfego foram as únicas responsáveis pelos sinistros.
Uma mensagem a nós dirigida em 13 de dezembro de 2010 pelo Professor Eliseu Santiago, esse nosso colega que veio a perder a vida no último final de semana, dá conta daquilo a que todos estamos expostos.
Ele escreveu:
"Prezados colegas,
Em aproximadamente dois anos e meio de CFP/UFRB já presenciei diversos acidentes nesta criminosa estrada que liga Amargosa a Sto. Antônio de Jesus. O fato que mais me intriga é que até o presente momento nada foi feito no sentido de melhorar nossas condições de segurança.
Recordo-me que tivemos alguns debates no sentido de reivindicar junto a própria reitoria subsídios técnicos e financeiros para que possamos prestar serviços a instituição com maior tranquilidade e confiabilidade nas vias. Entendo que a participação direta da Universidade junto aos órgãos controladores das estradas, funcionaria, também, como agente fiscalizador destes órgãos.
Como podemos desenvolver pesquisas em contatos com outros centros ou ainda outras praças acadêmicas se não temos como sair de Amargosa? Como, então, desenvolveremos extensão, se sabemos que iremos, mas não temos certeza dos retornos aos nossos lares? Como podemos prestar serviço a outros campus da UFRB se corremos riscos a cada viagem?
Porque os servidores da UFRB/CPF não recebem o auxílio "difícil acesso"? Os números de acidentes e de curvas neste percurso contínuo (Amargosa - Sto Antônio) já são suficientes para obtermos este e outros tantos direitos vinculados as nossas condições de trabalho.
Acredito que um relatório descrevendo todos os atuais acontecimentos nesta perigosa estrada deveria ser encaminhado a reitoria e/ou a AGERBA. Não precisamos esperar um acidente fatal, pois é este que consta nas estatísticas, para explicitarmos nossa difícil missão de fazer universidade transitando por esta complicada rodovia.
Att.,
Prof. Eliseu."
Outra questão que esse texto não enfatiza, mas que nos causa pavor, é a da insegurança. Muitos são os relatos de colegas e de outras pessoas assaltadas nesse trajeto, inclusive com fatos em que colegas nossos foram salvos por milagre, uma vez que tiros tresloucados quase os levaram a óbito.
Este abaixo-assinado pede às autoridades competentes que se sensibilizem e tomem providências no sentido de adequar a via entre Amargosa-Santo Antônio de Jesus, bem como do trecho entre saída de Amargosa-CFP (Amargosa-Brejões) a condições seguras de tráfego,, posto que essa é a medida que pode nos garantir segurança pública à altura da dignidade de nossas vidas.
Se você concorda com esse clamor, assine este manifesto. Estamos cientes de que apenas a união pode assegurar as condições necessárias à manutenção de nossas vidas.
