Abaixo-assinado Exigência de intérprete de libras em cursos pré-vestibulares
Para: Curso Anglo, Ministério Público Federal, Ministério da Educação
Para que todos os cursos pré-vestibulares disponibilizem intérpretes de libras em todos os horários, modalidades e unidades com alunos surdos.
Sou mãe de uma jovem de 18 anos inteligente, curiosa e surda chamada Verônica. A matriculei no Curso Anglo, Unidade Tamandaré, Humanas Matutino e informei que ela era surda e precisava de um intérprete de Libras. Depois de alguns dias me ligaram para avisar que, caso a minha filha quisesse estudar, deveria fazer o express (que tem uma carga horária menor) no período vespertino, Unidade João Dias, pois o Anglo tinha um termo de ajustamento de conduta com Ministério Público Federal que só o obrigava a oferecer intérprete nessa unidade e nessa modalidade. Questionei se eles tinham alunos surdos matriculados na João Dias e a resposta foi negativa. Indaguei se não poderiam colocar o intérprete na Tamandaré já que havia duas alunas surdas (minha filha e uma amiga) querendo estudar naquela unidade e novamente ouviu um não. A justificativa dada foi: "se houver matrícula de um aluno surdo na João Dias, vamos ter prejuízo" e "só faremos algo se o Ministério Público obrigar"...
Minha filha tem o direito de estudar. Tem o direito de ter um intérprete de libras. Mas a má vontade do Curso Anglo não deixa esse direito ser exercido. Ela não tem o direito de escolher o curso que quer e estudar próximo de casa? Será que eles esperam que a gente desista e assim se livram do problema? Não vamos desistir e queremos que todos os alunos surdos tenham o mesmo direito.