Abaixo-assinado Proposta para solução de problemas do ENEM.
Para: Ministério Público Federal
[ATENÇÃO] O objetivo desse abaixo-assinado é barrar o edital do Enem que será divulgado nos próximos dias. Lembrem-se, quanto mais cedo mostrarmos ao Inep o que nós queremos, maiores são as chances de conseguirmos algo.
A redação do Enem sempre foi a avaliação mais criticada desde a criação do exame. Um número muito alto de correções feito por um número muito baixo de corretores num tempo muito curto. Esse problema já prejudicou e beneficiou várias pessoas que mereciam ter uma correção justa e, consequentemente, colherem o que plantaram durante todo o ensino médio.
Há meses o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) argumenta que não possui recursos tecnológicos suficientes para liberar, antes do término das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (SISU), o acesso à redação para alunos que querem entender o motivo de terem recebido a nota dada. Esse argumento contradiz a afirmação do próprio INEP, que diz que a “correção da redação do Enem foi mais criteriosa neste ano”. Se eles possuem tempo suficiente para digitalizar e corrigir, de forma criteriosa, quatro milhões de redações (pelo menos duas vezes cada) em pouco mais de 50 dias, porque não conseguiriam disponibilizar os resultados em menos de 40 dias? Isso acabou com a oportunidade que os alunos tinham de buscar uma correção justa durante a realização do SISU. Agora, com a seleção encerrada, não adianta recorrer.
Quatro milhões de redações digitalizadas. Nove milhões de correções feitas por apenas quatro mil profissionais que receberam por prova corrigida. Como manter qualquer critério de correção com números tão elevados e condições de trabalho tão pouco recompensadoras? Em meio a essa quantidade de problemas, talvez haja uma solução que impossibilite ao governo manipular as notas e noticiar melhoras na educação pública brasileira.
PROPOSTA
Como muitos já sabem, antes do exame que teoricamente “deselitizaria” o acesso às universidades, o método de seleção comum a todas era o vestibular. Cada uma poderia escolher qual a forma mais produtiva de selecionar os alunos, seja fazendo um exame com provas objetivas e dissertativas, uma fase eliminatória e outra classificatória, etc. Todas as universidades ainda estão preparadas para realizarem esse tipo de seleção.
O que é proposto é que se use a lógica para solucionar o problema. Como a Teoria de Resposta ao Item (TRI) já está sendo aceita pela maioria dos países que testaram, resta amenizar os defeitos na correção da redação, criando uma seleção de duas fases para o Enem. A proposta ficaria assim:
1. O aluno realiza o exame fazendo as quatro provas objetivas e a redação de tema comum a todos (mesma forma usada hoje).
2. Poucos dias depois da realização das provas, apenas os resultados das provas objetivas serão divulgados para os alunos. Como essa correção é automática, será muito simples manter os prazos.
3. Depois da divulgação desse resultado, o aluno terá acesso liberado ao SISU e poderá escolher qualquer curso que deseja através das notas que recebeu nas provas objetivas.
4. Terminado o prazo de inscrição do SISU, uma lista de melhores classificados deverá ser preparada para ser entregue às universidades que foram escolhidas pelos alunos no sistema.
5. As universidades deverão escolher qual o número de alunos deseja colocar na seleção. Esse número deve levar em conta o fato de existirem desistências nas matrículas.
6. Estipulado o número de alunos que serão convocados para essa segunda etapa, será de responsabilidade do INEP enviar as redações para serem corrigidas pelas universidades. Por exemplo, se foi estipulado que quinhentos alunos serão convocados para possível entrada em cada curso, as redações dos quinhentos melhores colocados no SISU deverão ser enviadas para a universidade.
7. A universidade terá o direito de decidir qual será o melhor critério para corrigir as redações, já que é de interesse de cada uma escolher os melhores alunos e manter o bom desempenho nos cursos.
8. Após cada redação ser avaliada usando os critérios impostos, a universidade deverá escolher o peso de cada fase na classificação final. As provas objetivas não devem ser descartadas.
9. Decidida a melhor forma de utilizar as notas, a classificação final será divulgada para que o aluno possa fazer a matrícula no curso em que foi aprovado.
Utilizando essa forma de seleção, cada universidade poderá escolher qual a forma mais proveitosa de avaliar um aluno. Isso estimularia as que ainda não confiam no exame a aderirem esse novo método que usa os moldes do vestibular tradicional.
Outro benefício possível será tirar do INEP toda a responsabilidade sobre as correções das redações que, hoje em dia, não possuem os mesmos critérios. As universidades também terão sua responsabilidade perante o exame que selecionará os melhores candidatos para os cursos.
VEJA A PROPOSTA COMPLETA NO LINK: http://bit.ly/11NxPab