Abaixo-assinado pela proibição de testes em macacos utilizados para a vacina brasileira contra a AIDS
Para: Supremo Tribunal Federal; Congresso Nacional do Brasil, Presidente da República Federativa do Brasil
Vacina brasileira contra a Aids será testada em centenas de macaquinhos rhesus abrigados no Instituto Butantan
Dispõe a Lei de nº 9.605, de 13 de Fevereiro, de 1998, as experimentações em animais são ilegais quando existirem recursos alternativos.
Capítulo V - Dos Crimes Contra o Meio Ambiente
Seção I - Dos Crimes contra a Fauna
Art. 32º Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.
§1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Segundo divulgação da mídia, no mês de setembro de 2013 a vacina brasileira contra a Aids será testada em macacos.
“De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação. Albert Sabin reconhece que o fato de haver realizado pesquisas em macacos Rhesus atrasou em mais de 10 anos a descoberta da vacina para a pólio.”
“As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado”.
Como é de notório conhecimento, existem inúmeros métodos substitutivos eficientes e eficazes que podem e já estão sendo usados nessa área.
Várias diretrizes da União Européia foram firmadas com o propósito de abolir os testes com animais, dentre eles o terrível DL 50. Trata-se, portanto, de uma tendência mundial, em que a preocupação com o bem-estar dos animais de laboratório provoca discussões éticas no meio acadêmico e científico.
Na Europa muitas faculdades de medicina não utilizam mais animais, nem mesmo nas matérias práticas como técnica cirúrgica e cirurgia, oferecendo substitutivos em todos os setores.
Na Inglaterra e Alemanha, a utilização de animais na educação médica foi abolida. Sendo que na Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda) é contra a lei estudantes de medicina praticarem cirurgia em animais.
A produção de anticorpos monoclonais por meio de animais foi banida na Suíça, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Suécia.
Nos EUA, mais de 100 faculdades de Medicina (70%) não utilizam animais vivos nas aulas práticas. As principais instituições de ensino da Medicina, como a Harvard, Stanford e Yale julgam os laboratórios com animais vivos desnecessários para o treinamento médico.
Existe uma gama ilimitada de práticas alternativas que podem ser aplicadas através do estudo em campo. Animais selvagens e domésticos, e obviamente humanos, oferecem oportunidades para o estudo prático não invasivo e não prejudicial no estudo de zoologia, anatomia, fisiologia, etologia, epidemiologia e ecologia. Tais métodos podem estimular os estudantes a reconhecerem suas responsabilidades sociais e ambientais.
O estudo está sendo conduzido vergonhosamente pelo Instituto de Investigação em Imunologia, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os trabalhos também são conduzidos pelos pesquisadores da FMUSP Jorge Kalil e Simone Fonseca.
Segundo os pesquisadores, Essa vacina não é capaz de bloquear ou neutralizar os vírus totalmente. “Ela é capaz de atenuar a infecção, reduz a quantidade de vírus que vai replicar”, com isso, a pessoa infectada teria menos sintomas da doença e uma capacidade muito menor de contaminar outras pessoas.
Verifica-se que concordar com a prática deste teste, seria admitir brincar com vidas, seria aceitar o descaso com os mais fracos que não podem se defender. Havendo outras alternativas para elaboração do referido teste, a prática do ato seria infringir as raras e escassas leis que protegem esses animais.
Ao que tudo indica, os resultados satisfatórios não existem, pois a vacina não seria capaz de bloquear ou se quer neutralizar os vírus totalmente, sendo assim, continuaríamos convivendo com um vírus e seus riscos de contágio. A atenuação da infecção já é atualmente suprida pelos coquetéis disponíveis, portanto, não há inovação e sim crueldade gratuita.
Para o Brasil admitir mais esta atrocidade, será um retrocesso sem igual.
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados." - Mahatma Gandhi
"A vivissecção é o pior de todos os piores crimes que o homem está atualmente cometendo contra Deus e sua bela criação." - Mahatma Gandhi
Bibliografia:
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/08/1321896-vacina-brasileira-contra-a-aids-sera-testada-em-macacos.shtml
http://www.pea.org.br/crueldade/testes/#As Alternativas