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Reduzir o Número de Alunos por Sala de Aula no Colégio dos Jesuítas de Juiz de Fora

Para: Diretor da Rede Jesuítas de Educação, professor Fernando Guidinie e aos Diretores do Colégio dos Jesuítas de Juiz de Fora-MG, professor Edelves Rosa Luna (Diretor Geral) e Welerson Mazzo Spada (Diretor Acadêmico).

DOS(AS): Pais, Mães e Responsáveis Legais dos Aluno(a)s do Colégio dos Jesuítas de Juiz de Fora-MG, signatário(a)s do presente requerimento

AOS(ÀS): Diretor da Rede Jesuítas de Educação, professor Fernando Guidinie e aos Diretores do Colégio dos Jesuítas de Juiz de Fora-MG, professor Edelves Rosa Luna (Diretor Geral) e Welerson Mazzo Spada (Diretor Acadêmico).

Prezado Senhores,

Considerando a insatisfação generalizada dos pais e mães de aluno(a)s do Colégio dos Jesuítas, na unidade de Juiz de Fora, no tocante ao número de alunos existentes em sala de aula, fugindo da razoabilidade e comprometendo a qualidade do ensino e do aprendizado, servem do presente documento para REQUERER:

Inicialmente não é demais relembrar que o Colégio dos Jesuítas é uma instituição de ensino que desde sua fundação, em 1956, consolidou-se como referência em educação de qualidade na cidade de Juiz de Fora. Ao longo das décadas cresceu e tornou-se sinônimo de tradição, excelência acadêmica e compromisso com a formação integral dos estudantes.

Mantido pela Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social (ANEAS), o Colégio é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, filantrópica, de natureza educativa, cultural, assistencial e beneficente.

Possui como missão promover educação de excelência, inspirada nos valores cristãos e inacianos, contribuindo para a formação de cidadãos competentes, conscientes, compassivos, criativos e comprometidos.

É dentro deste contexto que representantes legais dos aluno(a)s, escolhemos o Colégio dos Jesuítas para nossos filhos e filhas. Porém, temos visto que algumas decisões têm afastado o Colégio da sua proposta inicialmente oferecida como Instituição de Ensino.

O Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, através da resolução CEE Nº496, de dezembro de 2023, no artigo 143 explicita o número de alunos ideal e adequado por sala, para que haja qualidade no processo de aprendizagem, deste modo:
- máximo 25 estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental;
- 35 alunos nos anos finais do Ensino Fundamental;
- 40 alunos no Ensino Médio.

É bem verdade que esta resolução dá o prazo de 5 anos para as Instituições de Ensino de adaptarem, visto que nem todas as instituições de ensino terão condições físicas e econômicas para a cumprirem de forma imediata.

Porém, o Colégio dos Jesuítas não só pratica um número muito superior de alunos por sala que esta resolução determina, como também é um número muito superior ao praticado por todos os colégios que pesquisamos, tanto colégios da cidade, quanto os da rede Jesuítas de educação.

Sob a justificativa de possuir uma sala de aula grande e, amparado legalmente pela legislação anterior, que já é reconhecidamente falha, haja vista a nova determinação, a Instituição entende que a decisão atual (de inflar a sala de aula com quase 45 anos!) seja justificada, sem considerar o impacto e as desvantagens desta conduta no comprometimento acadêmico e da qualidade do ensino.

Um exemplo prático são as turmas do 7º ano do Ensino Fundamental. No ano de 2024 haviam 4 turmas do 6º ano, com uma média de 35 alunos. Mesmo com sala disponível, isto é, com capacidade física para manter 4 salas (ou até eventualmente mais, se assim quisesse), como também com condições econômicas para arcar com eventual incremento de despesas que isso pudesse implicar, optou por diminuir de 4 para 3 turmas, aumentando ainda mais o número de alunos por sala, que já não era pequeno, para os assustadores patamares que ultrapassam os 40 educandos por sala (43, 44 alunos, por exemplo).

Desconhecemos um colégio que tenha números de alunos tão elevados quanto este para alunos do ensino fundamental.

Assim, a decisão recente em diminuir uma turma e aumentar o número de alunos de 2024 para 2025 infelizmente demonstra que o Colégio não está se esforçando para se adequar à nova Normativa, mesmo possuindo todas as condições para a adequação imediata (existem salas disponíveis e professores).

A superlotação das salas tem prejudicado diretamente o processo de aprendizagem e sobrecarregado os professores, sendo constante a reclamação dos alunos que não foi cumprido o programa, que a matéria não foi bem explicada ou que o professor não conseguiu ensinar de modo que todos pudessem entender.
Hoje há relatos como:
- Os professores passam mais tempo tentando controlar a turma do que efetivamente ensinando, comprometendo diretamente a qualidade do ensino, já que numa turma de quase 45 anos, fica impossível para um professor dar aula e conseguir conter a disciplina da turma;
- Professores abalados emocionalmente pelo desgaste, uma vez que salta aos alunos que essa enorme quantidade de alunos por sala de aula, torna impossível que o professor controle a disciplina, atenda as demandas individuais do aluno e cumpram o conteúdo. Tivemos inclusive relatos de professores que devido ao desgaste emocional, chegaram a ter crises de choro e precisaram abandonar temporariamente a sala de aula.
- Comprometimento da relação aluno x professor dentro da sala de aula, que impacta na qualidade da formação humana, no processo de aprendizagem e no entendimento da individualidade de cada criança dentro deste contexto. Hoje o professor canaliza sua energia para simplesmente cumprir o planejamento de aula, já estando no lucro se isso for obtido, não restando meio ou oportunidade para estimular trocas, observações e análise do aluno(a), tão importantes do processo de formação.

O prazo de 5 anos para adequação da Normativa dado pelo Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais seria necessário apenas as escolas que não possuem estrutura física ou até mesmo recursos econômicos para cumprir essas diretrizes de forma imediata, o que não é o caso do Colégio, pelos seguintes aspectos:
- Espaço físico: o Jesuítas possui número de salas suficiente para que não precise superlotar as turmas;
- Viabilidade financeira: a mensalidade do Jesuítas é superior a maioria das Instituições de Ensino de Juiz de Fora, somado ao fato de no ano anterior ter se praticado um número menor de alunos, sendo o aumento de 2025 drástico.

Aliás, mesmo se não existisse qualquer norma determinativa nesse sentido, salta aos olhos que 43 ou 44 alunos por turma compromete a qualidade do ensino, já que qualquer pessoa, com o mínimo de conhecimento em educação, entende ser altamente contraproducente sala de aulas superlotadas no ensino fundamental.

Por fim, cabe ressaltar que o ano 2025 se iniciou com a propaganda e comunicado da Diretoria da Escola, em todas as reuniões de pais e mães, que o colégio irá passar por novas reformas, com o objetivo de aumentar (ainda mais) sua infraestrutura física.

Assim, observa-se que não há falta de condições econômicas, mas ao contrário, já que é o colégio com uma estrutura física fabulosa, que nada tem a dever a outros colégios, inclusive dos grandes centros urbanos do país, mas que optou em canalizar seus recursos financeiros para obras, embelezamento e grandes construções, sem a preocupação de oferecer aos alunos uma aprendizagem de excelência, com a valorização do aluno e dos professores, buscando como primeira meta a qualidade acadêmica, já que obra não gera conhecimento, aprendizagem e educação no alto padrão que era oferecido pela Escola há anos atrás e hoje não mais.

Diante dos fatos narrados, pedimos ao Colégio dos Jesuítas e à Rede Jesuíta de Educação, instituições reconhecidas por proporcionar uma formação de excelência e que por muitos anos foi sinônimo de qualidade, formando estudantes dedicados e conscientes de seu papel acadêmico que: considerando a decisão atual de optar pela concentração de aluno(a)s em poucas turmas está prejudicando a qualidade de ensino; considerando que esta decisão distancia o colégio do seu propósito primordial educativo, que sempre foi sinônimo de excelência e de uma instituição que valoriza a formação humana e de seu corpo docente, REQUER:

Que abra mais uma turmas, ainda neste trimestre, para os anos que possuem salas com número muito elevado de alunos, (por exemplo, no 7º ano, que possui 3 turmas tendo 44 alunos em uma sala e duas com 43 alunos) , para que elas voltem a ter números razoáveis de aproximadamente 32 alunos, que é um número acima da normativa, mas razoável.

Nestes termos, pede deferimento.
  1. Actualização #2 Prezados participantes da petição,

    Criado em terça-feira, 8 de abril de 2025

    Gostaríamos de atualizar a todos sobre os desdobramentos de nossa iniciativa. Conseguimos reunir quase 400 pais preocupados com a qualidade do ensino oferecido pelo colégio e enviamos nosso pleito à escola e à Rede Jesuíta de Educação. Criamos um e-mail oficial para nos representar, enviamos nosso abaixo-assinado por AR, tendo nele o nome, e-mail e observação de todos os pais que aderiram. Mesmo com todos os nomes e e-mails individuais, a resposta do colégio foi de que, a família que quiser, deve agendar um atendimento individual com o colégio, mesmo sabendo que esse movimento já foi feito por diversos pais anteriormente a iniciativa do abaixo-assinado. Como já é de conhecimento, inúmeras famílias agendaram a reunião individual e tiveram como posicionamento padrão o seguinte argumento da escola: “estamos amparados pela normativa ainda válida e, como temos salas fisicamente grandes, podemos elevar o número de alunos por sala e entendemos não haver perda na qualidade de ensino com esta decisão.” O Ministério da Educação de Minas Gerais, publicou a normativa atualizando a normativa anterior, por entendê-la falha, uma vez que permite estabelecer o número de alunos por metro quadrado da sala de aula. Como padrão, deram 5 anos para as Instituições de Ensino se adequarem. o Colégio Jesuítas de Juiz de Fora, mesmo sabendo que este critério é falho, está se beneficiando de suas salas fisicamente amplas e do prazo dado para justificar um número extremamente elevado de alunos em alguns anos, ignorando inclusive as intercorrências que essa decisão acarreta tanto para o aluno, quanto para o professor. Diante do posicionamento atual da escola, onde orienta voltarmos a fazer as reuniões individuais e entrarmos num “círculo vicioso” onde eles apenas reforçam seu posicionamento e não demonstram flexibilidade frente aos argumentos apresentados, nos vemos em uma situação delicada. Todos nós pais escolhemos e investimos no Jesuítas pela promessa de ser uma escola que, sem fins lucrativos e princípios inacianos, prioriza a qualidade e as relações humanas. Sabemos que o processo de escolha da escola é complexo e envolve diversas questões, como: adaptabilidade e sociabilidade já estabelecida das crianças, estrutura logística planejada, entre outros fatores. Esta iniciativa do abaixo-assinado, construído com muito respeito e construtivismo, possuía o objetivo de termos uma reavaliação empática da Diretoria da escola sobre um tema tão relevante para o futuro de nossos filhos. Infelizmente, diante do posicionamento após argumentos extremamente fundamentados redigidos no abaixo-assinado, concluímos que as decisões das lideranças estão pautadas em objetivos financeiros em detrimento aos objetivos acadêmicos e, nós pais, não seremos considerados como parte relevante em suas decisões. Turmas como as do 7ano, sendo 2 turmas com 43 alunos e uma turma com 44 alunos continuará seguindo com diversos desafios vividos diariamente. A Diretoria não entende ser razoável montar 4 turmas com 33 alunos, que é um número extremamente razoável e compatível com o número de alunos praticado na grande maioria das escolas, além de estar mais próxima das orientações do Ministério da Educação. Seguimos presenciando pedidos de demissão de professores exaustos e risco de demissão a professores que não conseguem lidar com a pressão de turmas extremamente grandes. Segue na integra a resposta da rede e do colégio, respectivamente: REDE: "Cintia Senra Secretária da Direção da RJE Prezados Pais, Mães e Responsáveis Legais, Acusamos o recebimento de seu e-mail. A situação apresentada foi repassada pela Direção da RJE à Equipe Diretiva do Colégio dos Jesuítas. Próximos retornos serão dados pela equipe do colégio. Agradecemos o contato e reforçamos o nosso compromisso em ofertarmos ambientes escolares seguros e sadios, bem como a promoção da cultura do cuidado. " Colégio: "[email protected] (SEM NOME DO REMETENTE): Prezados pais, Boa tarde! Agradecemos o contato. O Colégio dos Jesuítas, prezando pela excelência, realiza apenas acompanhamento individualizado de estudantes e famílias. Atendimentos coletivos não fazem parte de nosso modo de proceder. Nossa proposta considera o estudante em sua individualidade e integralidade. Tal perspectiva representa a essência da Pedagogia Inaciana. Nesse sentido, o diálogo dos pais deve ser realizado nas coordenações de unidade, conforme o procedimento institucional. Seguimos à disposição. Atenciosamente,"

  2. Actualização #1 Prezados participantes da petição,

    Criado em terça-feira, 1 de abril de 2025

    Primeiramente, gostaria de agradecer a todos os envolvidos pelo apoio e por transformarem esta petição em um instrumento de força para uma atuação ativa em busca de qualidade educacional para nossas crianças. No dia 26/03/25, enviamos para a Rede Jesuíta de Educação e para o colégio, ambos aos cuidados dos diretores, uma carta registrada contendo nossa petição e a relação de todos os assinantes envolvidos. Reforçamos, assim, nosso pleito para que a instituição tome as medidas necessárias para adequação às normas imediatamente, e não apenas ao final do prazo estabelecido pela legislação. Solicitamos que a resposta da instituição seja enviada por meio do Agenda Edu, preferencialmente com a realização de uma reunião coletiva, para que toda a comunidade escolar possa participar, visto que o abaixo-assinado envolveu responsáveis por alunos de diferentes anos letivos. Amanhã (02/04/25), iremos reforçar o tema através do envio de um e-mail, novamente aos cuidados dos diretores, reiterando o envio da carta e a solicitação de um retorno via reunião coletiva. Na próxima semana, manterei todos informados sobre qualquer resposta recebida. Atenciosamente,





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Esta petição foi criada em 19 março 2025
O atual abaixo-assinado encontra-se alojado no site Petição Publica Brasil que disponibiliza um serviço público gratuito para todos os Brasileiros apoiarem as causas em que acreditam e criarem abaixos-assinados online. Caso tenha alguma questão ou sugestão para o autor do Abaixo-Assinado poderá fazê-lo através do seguinte link Contatar Autor
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