Abaixo-assinado por melhorias no Restaurante Universitário da FURG
Para: Pró-reitoria de Assuntos Estudantis - FURG
O motivo imediato deste abaixo-assinado é a URGENTE necessidade de melhorias na qualidade das refeições servidas no Restaurante Universitário, reclamada pela comunidade acadêmica, que não tem opção entre o RU e os lanches vendidos a altos preços no Centro de Convivência.
Com o passar dos anos, acompanhamos um RU que tendeu à melhoria, ainda que com seus altos e baixos. No entanto, está ainda MUITO distante de atingir um patamar satisfatório de qualidade.
Tendo por base que são milhares de acadêmicos dependentes, por seu estilo de vida, das refeições servidas no RU, trazemos em voga um tema de, sobretudo, SAÚDE PÚBLICA, e que deve ser tratado com a devida seriedade pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis. Ademais, não é despiciendo mencionarmos que a verba envolvida na contratação da empresa terceirizada (atualmente a Kativar Comércio de Refeições Ltda.) é proveniente de recursos da União, o que inclui os subsídios fornecidos à comunidade acadêmica. Portanto, trata-se de um tema que não deve ser jamais tratado com leniência.
Estamos vivenciando na prática efeitos colaterais não previstos em contrato. A propósito, o cardápio previsto, por escrito, afigura-se SEMPRE mais apetitoso do que ao que deveras é submetida a comunidade acadêmica, no almoço ou jantar.
Em detalhes, sendo a refeição básica da mesa brasileira composta por arroz, feijão e macarrão, dia após dia temos nos deparado com arroz ressecado, feijão ralo e queimado, macarrão que chega a precipitar óleo no fundo do prato, carnes muitas vezes de procedência duvidosa e sabor irreconhecível, além de saladas visivelmente "passadas", com tomates que certamente encontraríamos somente em xepas. Quanto às sobremesas, muitas vezes as frutas servidas (que na verdade nem deveriam ser servidas como sobremesa, tendo em vista uma boa nutrição) são, igualmente, "passadas" (especialmente as bananas). Nem mesmo os sucos escapam à crítica, pois que além de artificiais, são de sabor muitas vezes indefinível.
Temos consciência de que a empresa responsável pelo RU tem consciência de toda essa problemática. Em dias em que ocorre fiscalização por nutricionista, a comida melhora em sabor e aparência. E a partir deste documento, tem OFICIALMENTE a Universidade CONHECIMENTO, por escrito, das reclamações dos acadêmicos quanto ao RU.
Cobramos por providências. Queremos melhorias PALPÁVEIS e PERENES na qualidade dos ingredientes e na preparação dos alimentos. Queremos FISCALIZAÇÃO mais efetiva quanto à prestação do serviço, observando desde os ingredientes utilizados até as condições de higiene do local.
Desejamos, também, que frequentar o Restaurante Universitário não seja um DESPRAZER. Muitas pessoas, inclusive de fora da comunidade acadêmica, dependem desse restaurante, mas nem por isso devem ser REFÉNS da má qualidade apresentada, sem qualquer opção viável.
Alimentar-se no Restaurante Universitário não deveria ser motivo de constrangimento. Pagamos pelo serviço (desde os impostos geradores de verba federal até os atuais R$ 2,50, descontado o subsídio da Universidade), e por isso EXIGIMOS melhorias qualitativas.
Sugerimos aumento no subsídio até um patamar operacional em que a empresa contratada POSSA oferecer o serviço de qualidade que DEVERIA prestar, ou, não sendo possível, a abertura de nova licitação estipulando patamar mínimo de qualidade mais ADEQUADO à realidade dos fatos e à necessidade da comunidade acadêmica, ou a rescisão contratual como consequência direta.
De se destacar, também, que embora não costumem expor os interessados diretos críticas mais incisivas e frequentes com relação ao RU, o tema é alvo constante de discussões acerca da qualidade e muitas vezes motivo de chacota entre frequentadores e não frequentadores.
Se porventura nossas alegações fossem inverídicas, certamente estariam os servidores públicos de maior escalão da universidade fazendo suas refeições conosco, todos os dias.
Manifestando oficialmente nossa indignação, subscrevemo-nos, confiantes no bom senso da PRAE e ansiosos por providências que deem fim, de uma vez por todas, a essa situação.