Abaixo-assinado Pela destinação de verbas para construção do campus UFU de Patos de Minas
Para: Prefeitura Municipal de Patos de Minas, Câmara dos Vereadores de Patos de Minas, Reitoria da UFU
Os três cursos do campus já estão em seu quinto semestre - ou seja, a visita do MEC para avaliação pode vir a qualquer momento até o fim do ano que vem, uma vez que ela ocorre entre os 50% e 70% da finalização do curso.
Até hoje, eles têm funcionado em salas de aula alugadas - a 800 mil reais por mês - da Universidade de Patos de Minas (UNIPAM). Para grau de comparação, usamos o campus de Monte Carmelo, irmão gêmeo do campus de Patos de Minas: O campus de Monte Carmelo fica pronto daqui a dois meses, estamos todos vendo os resultados. No entanto, as obras de Patos foram embargadas pela justiça - com as previsões mais otimistas para a volta das obras para daqui a cinco anos.
Para a aprovação da criação do campus de Patos de Minas pelo Conselho Universitário, a prefeitura se comprometeu com os gastos do aluguel do espaço temporário e da doação do terreno. Nada disso aconteceu e todo esse dinheiro tem saído dos cofres da UFU.
Para piorar a situação, em Patos de Minas temos, ainda, coronelismo muito forte. Duas famílias brigam entre si e acabam revezando a Prefeitura. Quando uma toma o poder, quer desfazer tudo que a outra fez. Enquanto isso, também trocou a gestão de reitoria, que fica apenas culpando a gestão passada pelos problemas, ao invés de resolvê-los. Além disso, o Presidente da Câmara dos Vereadores de Patos é um dos principais acionistas da UNIPAM. Ou seja, quer que a UFU se exploda, pois quanto mais aluguel pagar para a UNIPAM, melhor.
O Diretório Central dos Estudantes já fez reuniões com reitoria, com prefeito, com vereadores. Mas todos - TODOS - os compromissos foram descumpridos e a culpa é sempre jogada pra outra pessoa.
As obras não são simples. Os três cursos - Biotecnologia, Engenharia de Alimentos e Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações - são cursos tecnológicos que precisam de laboratórios muito específicos. E nem os laboratórios provisórios são garantidos!
Índices de evasão estão em quase 40% dos estudantes porque ninguém quer estudar num campus tão incerto. Os professores estão completamente desmotivados, deixam bem claro aos estudantes que não querem estar ali. A reitoria e a prefeitura não divulgam absolutamente nenhuma informação concreta.
Ouvimos promessas há três anos. Agora não podemos mais esperar. As obras precisão ser feitas e, para isso, a Prefeitura Municipal precisa destinar as verbas - as quais já tinham sido prometidas. O campus de uma Universidade Federal na cidade só faz bem à população, à cidade, à nação brasileira. Não estamos pedindo um favor, queremos apenas ser tratados como cidadãos e termos acesso aos nossos direitos.