Implementação do dia das Mães Especiais - Nacional
Para: Sr. Presidente da República
DIA DA MÃE ESPECIAL
Conforme os números do último Censo de 2010, mostram que muitas mulheres mães de crianças e pessoas com deficiência devem ser lembradas.
Os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no censo demográfico de 2010, descreveram a prevalência dos diferentes tipos de deficiência e as características das pessoas que compõem esse segmento da população.
A deficiência foi classificada pelo grau de severidade de acordo com a percepção das próprias pessoas entrevistadas sobre suas funcionalidades.
A avaliação foi feita com o uso de facilitadores como óculos e lentes de contato, aparelhos de audição, bengalas e próteses. As perguntas feitas aos entrevistados buscaram identificar as deficiências visual, auditiva e motora pelos seguintes graus de dificuldade: (i) tem alguma dificuldade em realizar; (ii) tem grande dificuldade e, (iii) não consegue realizar de modo algum; além da deficiência mental ou intelectual. Os questionários seguiram as propostas do Grupo de Washington sobre Estatísticas das Pessoas com Deficiência.
Todos os dados, tabelas, gráficos e demais informações desta cartilha foram retirados da publicação:
“Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Considerando a população residente no país, 23,9% possuíam pelo menos uma das deficiências investigadas: visual, auditiva, motora e mental ou intelectual.
A prevalência da deficiência variou de acordo com a natureza delas.
A deficiência visual apresentou a maior ocorrência, afetando 18,6% da população brasileira. Em segundo lugar está a deficiência motora, ocorrendo em 7% da população seguidas da deficiência auditiva, em 5,10% e da deficiência mental ou intelectual, em 1,40%.
Nos Estados Unidos, em 1905, Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida, a todas as mães vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Somente em 1910 o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração e em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
Infelizmente, a data se tornou um comercio lucrativo e todo ano as mães são homenageadas pelas empresas nos meios de comunicação em massa. São lindas imagens, vídeos e mensagens que encantam e emocionam as mães. Deixando-as mais felizes.
Nessas homenagens estão incluídas as mães e suas diversidades, mas há um grupo de mães que nunca estão representadas nessas homenagens as "Mães Especiais".
Essas mães vivem a maternidade de uma maneira única e totalmente diferenciada e na maioria das vezes é uma maternidade parcial e muito solitária. São mães e filhos que durante a gestação, o parto ou até mesmo depois do nascimento sofreram intercorrências que geraram deficiências graves que afetam o desenvolvimento dos filhos, sendo muitas crianças afetadas de maneira global.
O dia a dia dessas mães é geralmente marcado de muita luta, dor, solidão, descaso... e elas precisam dispor de muita força, garra, determinação e paciência na luta para inserção de seus filhos na sociedade e pelo respeito aos seus direitos.
Nosso maior desejo é que essas mães sejam reconhecidas como as demais, é que elas possam se sentir representadas, incluídas nas homenagens às mães. Afinal elas doam muito além do que imaginavam serem capazes, pela vida e pelo bem estar dos seus filhos.
Assim como as amigas de Ana, nós da Mãe Especial, nos preocupamos com as milhares de mães especiais e queremos proporcionar-lhes um dia para que se alegrem, ainda que não possam receber um abraço apertado do filho por estar acamado, ainda que não escutem a voz deles por terem problemas na fala... mesmo que eles não estejam mais aqui... seus filhos podem não conseguir verbalizar as homenagens que temos certeza, gostariam de fazer, mas nós podemos lembrar que elas existem, que são uma força motivadora!
Elas são chamadas de Mães Especiais pela dedicação em tempo integral, pelo cuidado, o carinho, a garra com que lutam sem esmorecer mesmo quando estão cansadas...
"Sempre senti muita falta de me ver representada nas homenagens que são feitas para as mães. Não me sentia mãe nessa data até ter meu segundo filho sem deficiência, mas antes disso era como se eu não fizesse parte do grupo, era como se não fosse "mãe".
E como diz um grande amigo... Você é sim, sem margem de erro, "UMA MÃE ESPECIAL" por suas "QUALIDADES", ou seja, "DEDICAÇÃO", "SUPERAÇÃO" e "INOVAÇÃO", como “FACILITADORA” e “MOTIVADORA” da superação diária do meu querido amigo Lucas e por “COMPARTILHAR” e “DOAR” suas experiências e descobertas com outras “MÃES ESPECIAIS”.
E é por mim e por tantas outras que conheço virtualmente, pessoalmente e também por aquelas que não conheço, mas que sei que estão por aí que desejo a instituição da data.
Antônia Yamashita fundadora da Mãe Especial .
Mais sobre o Dia das Mães:
O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Fonte: http://www.portaldafamilia.org/artigos/texto026.shtml
Portanto hoje em todo Brasil, em média 23% das mulheres que são mães tem filhos com deficiência.
Elas precisam e devem ser lembradas e representadas.
Desejamos criar esta data de forma que seja reconhecida nacionalmente pela Excelentíssima Presidenta da República, bem como uma lei que obrigue as empresas a colocar mães e seus filhos com deficiência em comerciais pois somente assim teremos um pais mais inclusivo. E a data solicitada a ser instituída no segundo sábado do mês de maio.
Segue Depoimento de Algumas Mães:
Tenho um filho com 17 anos, que quando era pequeno e estava na escolinha, tinha comemorações, apresentação e eu como mãe ficava emocionada e não faltava em nenhuma festinha. Hoje tenho a Maria Letícia com 5 anos e que é portadora de Síndrome de Edward’s, mas as comemorações não são as mesmas, as vezes até tem uma homenagem na APAE, mas as crianças não fazem apresentações e minha filhota não faz homenagem pra mamãe me olhando nos olhos......
Tendo um dia para nos homenagear, quem sabe os restaurantes se adaptariam para que pudéssemos almoçar com nossos filhos especiais e os comerciais também fizessem homenagens emocionantes para nós também. E assim seríamos lembradas que nós fazemos parte desta sociedade.
Rita de Fátima Pralom de Souza, uma mãe de uma filha especial que me torna também especial!
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O dia a dia dessas mães é geralmente marcado de muita luta, dor, solidão, descaso... e elas precisam dispor de muita força, garra, determinação e paciência na luta para inserção de seus filhos na sociedade e pelo respeito aos seus direitos. Do mesmo modo seus dias são cheios de "pequenos milagres" que os olhos "normais" não veem...Cada sorriso, cada palavra, cada gesto de seu filho equivale a um turbilhão de emoções...Pensei muito nisso no dia das mães, principalmente vendo a homenagem dos filhos a outras mães nas redes sociais...Dai parei, pensei e percebi que minha filha me homenageia todo dia, o tempo todo, pois posso ser seus olhos, sua voz, seu corpo e as vezes até sua vontade...Juntas somos luz e escuridão, agua e sede, dia e noite...Juntas somos mãe e filha
Lorena Barbosa e sua Filha Helena.
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SENHA: DME2014
