Apoio Suprapartidário a Ciro Gomes em 2022
Para: Eleitores do Brasil
O Brasil é um país continental onde se instalou desde seu "descobrimento" uma violenta máquina de exploração e concentração de renda. Durante mais de 350 anos (1535 a 1888), o trabalho do negro escravizado foi a base da economia e da exploração humana, com consequências econômicas e sociais que perduram até hoje.
Modernamente, além da exploração patronal, mecanismos tributários e financeiros continuam este processo sobre amplas massas de trabalhadores que vivem suas vidas em busca de subsistência e pagamento de dívidas.
O nosso perverso sistema tributário é regressivo, incidindo sobre o consumo e os salários, mas isentando dividendos no mercado de capitais. Ou seja, ele prioriza atingir o maior número de pessoas possível, independente da sua renda. A tabela do Imposto de Renda, por exemplo, incide em quem ganha acima de R$ 1,9 mil, valor que não chega à terça parte do que seria o salário mínimo necessário calculado pelo DIEESE, que hoje seria de R$ 6,7 mil. Em tudo o que o trabalhador compra para sobreviver, de alimentos ao transporte, combustíveis e vestuário, incidem impostos que pesam muito mais sobre quem tem renda mais baixa.
Além disso, o País possui uma das mais altas taxas de juros do mundo, que levam todos os trabalhadores que financiaram sua casa ou que usam serviços de crédito à exploração da agiotagem bancária.
Os trabalhadores não trabalham por diletantismo, não é uma terapia que os impele à usar a maior parte da sua vida exercendo uma atividade laboral. Eles trabalham para atender às necessidades materiais suas e de suas famílias, mas hoje milhões deles não conseguem sequer o nível mais elementar de subsistência, mesmo trabalhando a maior parte do seu dia.
Essa "máquina" foi azeitada inclusive em governos de partidos ditos progressistas, que não fizeram qualquer movimento no sentido de fazer uma reforma tributária ou estabelecer políticas monetárias que não aumentassem a concentração financeira do País. Ao invés disso, alimentaram discussões identitárias sem fim, que não incidiam em nada na realidade da sobrevivência da maioria dos trabalhadores.
Em 2016, parte da classe trabalhadora e a maioria da camada média, decepcionados com a crise que sentiam na carne, apoiaram o impeachment e votaram em massa na proposta proto-fascista liberal que hoje ocupa a Presidência da República.
É por isso que defendemos que essa lógica perversa seja rompida e que um novo projeto nacional priorize a redução das desigualdades, que distribua renda e que permita o desenvolvimento de um forte mercado interno que gere milhões de empregos. O Brasil é um país continental e seu povo não merece ser eternamente escravizado.
Até o momento, somente Ciro Gomes esboçou e apresentou um projeto que rompe com essa lógica e dá uma perspectiva de vida digna ao povo brasileiro.
Por isso conclamamos os eleitores e eleitoras brasileiros a libertar a classe trabalhadora dos seus algozes, a apoiar o Projeto Nacional de Desenvolvimento e a apoiar Ciro Gomes para Presidente em 2022.
