Abaixo-assinado Sou a favor da PM na USP: sou maioria
Para: Governador de São Paulo, Reitor da USP
São Paulo, 29 de outubro de 2011
Exmo. Sr. Governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin,
Exmo. Sr. Reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas,
O presente abaixo-assinado pretende demonstrar que a Declaração Oficial do DCE (Diretório Central dos Estudantes da USP) NÃO representa a maioria dos alunos desta Universidade, tampouco a declaração do Ceupes (centro acadêmico do curso de Ciências Sociais) que publicara uma carta de repúdio a atuação da PM no campus no dia 27 de outubro de 2011.
Defendemos sim a permanência da PM dentro do campus, refutando a declaração de João Victor Pavesi como representante dos estudantes em entrevista concedida ao Jornal Nacional na edição de 28 de outubro de 2011.
Desaprovamos o seguinte posicionamento:
“Seguiremos ocupad@s até que o convênio (USP- PM) seja revogado pela reitoria, proibindo a entrada da polícia militar no campus em qualquer circunstancia, bem como a garantia de autonômia nos espaços estudantis, como o Núcleo de Conciência Negra, Moradia Retomada, CANiL_Espaço Fluxus de Cultura da USP, entre outros. Continuaremos aqui até que se retirem todos os processos criminimais e administrativos contra @s estudantes, professores e funcionári@s.
São Paulo, 28 de outubro de 2011.”
que consta no site oficial do DCE:
http://www.dceusp.org.br/2011/10/nota-oficial-sobre-a-ocupacao-da-administracao-da-fflch/
O escopo de tal abaixo-assinado é o de contestar um posicionamento que está sendo divulgado distorcidamente em relação à maioria dos estudantes da USP para a comunidade externa. Essa maioria entende como incongruente a associação entre a intervenção da PM na área da segurança com qualquer tipo de prejuízo a liberdade de expressão e movimentos sociais.
O órgão que teoricamente deveria apresentar uma função representativa em relação aos anseios dos estudantes em seu conjunto majoritário, na realidade divulga para o âmbito extra-USP ideias e interesses limitados a uma minoria repressora, transformando a voz de uma minoria na voz de uma maioria utópica.
A maioria não é favorável a liberdade do uso de substâncias ilícitas dentro do ambiente universitário, mas sim ao direito de ir e vir, sem danos à própria vida. Direito, aliás, que colabora para uma cidadania saudável. É admirável a desproporção de engajamento entre a manifestação deflagrada por alunos detidos por porte de maconha dentro do campus e a manifestação tímida contra atos de violência contra a vida dentro do mesmo, como o caso do estudante da FEA, vítima de uma criminalidade covarde, entre muitos outros.
Trata-se de um manifesto que tem o interesse de justamente dar voz a opinião da real maioria que efetivamente procura valorizar a oportunidade de usufruir de um direito, o acesso ao ensino superior público de qualidade, que, embora público, infelizmente é interpretado como privilégio de poucos.
Cordialmente,
Qual a sua opinião?
