Pela suspensão do calendário acadêmico da UFU com todos os direitos reservados para os estudantes
Para: Conselho Universitário (CONSUN)
Por pedido da ADUFU-SS, na próxima quarta-feira (12/06) será realizada reunião do Conselho Universitário para discutir a suspensão do calendário acadêmico da graduação, e com isso é necessário que sejam avaliados diferentes aspectos da situação atual.
A greve na UFU cresceu, e isso fica perceptível quando vemos que cerca de 25 das 30 unidades acadêmicas (Institutos e Faculdades) estão com suas atividades educacionais e administrativas severamente prejudicadas devido à adesão massiva à greve dos docentes e técnicos administrativos.
Nesse contexto de grande adesão à greve e poucas disciplinas sendo ministradas, a suspensão se mostra como um caminho viável para a situação dos discentes da UFU, uma vez que não é viável economicamente para muitos se manterem nas cidades dos campi da UFU para cursar 1 ou 2 disciplinas. Além disso, muitos alunos estão em uma grande situação de incerteza, pois seus professores podem aderir ou deixar a greve a qualquer momento se assim desejarem.
Ademais, diversos discentes estão com problemas na matrícula, ajuste de matrícula e demais processos administrativos devido a greve dos técnicos e esses alunos serão severamente prejudicados se o calendário continuar com a greve.
Outro fator a se considerar é que o calendário da UFU ainda não foi regularizado desde a pandemia. Porém, é necessário entender que independente da suspensão ou não, o calendário vigente já está prejudicado. Isso ocorre pois não é possível que o semestre progrida de 2023/2 para 2024/1 enquanto as aulas não sejam respostas, então, independente da suspensão, teremos que rediscutir o calendário ao fim da greve.
Dessa forma, com ao fim da suspensão, o movimento estudantil legítimo (DCE e DAs/CAs enquanto entidades de representação estudantil) poderá rediscutir um novo calendário que dessa vez atenda os interesses do bem estar dos alunos, como já vem sendo solicitado pelo DCE UFU e vários Diretórios e Centros Acadêmicos durante os últimos anos.
É importante ainda relembrar que a suspensão do calendário neste momento é diferente do cancelamento do semestre, pois na suspensão após o período de greve os alunos estarão matriculados nas mesmas disciplinas que estão atualmente e passarão pela reposição das poucas aulas que perderam nesse início de semestre. O cancelamento é um procedimento que “apaga” o semestre prejudicado pela greve, porém, embora seja um caminho fácil tem consequências graves para o orçamento federal que a UFU recebe.
Para além disso, é necessário também que todos os alunos, especialmente aqueles que necessitam de assistência estudantil, são trabalhadores e que estejam no final do curso sejam assistidos por nossa instituição durante e após a greve, e por isso, nós abaixo assinado, propomos as seguintes ações para mitigar a situação dos discentes:
Manter o pagamento de todas as bolsas e auxílios estudantis vinculadas a todas Pró-Reitorias e fundações;
Manutenção do funcionamento do Restaurante Universitário e de todos os equipamentos da PROAE, dentro das possibilidades do momento de greve;
Manutenção e não paralisação do ingresso em estágios, internatos e outros serviços essenciais;
Flexibilização de quebra de pré-requisitos por um semestre subsequente, após o retorno do calendário;
Flexibilização da realização de exames de suficiência para permitir a conclusão de curso mais rápida para os alunos que assim necessitem;
Expansão do período de reajuste de matrícula após o retorno do semestre;
Possibilidade de trancamento do semestre, parcial ou totalmente sem computar como trancamento;
Desistência de disciplinas nos próximos dois semestres sem reprovação no histórico e sem computar no CRA (Sem Rendimento);
Reforço de recursos humanos das secretarias de cursos com terceirizados e das equipes da PROGRAD e PROAE principalmente para análise de documentações dos possíveis formandos e para análises de novos editais de assistência estudantil e auxílios psicológicos.
Diretoria Executiva do DCE UFU
