Solicitação de Readequação de Espaços para a Prática de Tênis de Campo no Country Clube
Para: Country Clube de Maringá
Caro Diretor,
Estamos vivenciando uma situação complexa com os praticantes de tênis de campo em nosso clube. Inicialmente, vamos expor a situação e, em seguida, apresentar nossa solicitação.
Nosso clube é caracterizado como um clube social e, por isso, disponibiliza espaços e ações para a prática livre de atividades sociais e esportivas. Com esse objetivo, as diversas gestões têm incentivado as práticas esportivas.
No entanto, a situação do tênis de campo se enquadra nessa linha de trabalho e incentivo, mas o trabalho realizado, especificamente com o tênis, incentivou um aumento de praticantes e de pessoas que começaram a praticar a modalidade. Isso acentuou um problema já existente, ou seja, a oferta insuficiente de espaços para a prática livre da modalidade. Como resultado, cedemos espaços para aulas que ocupam cerca de 36 horas de quadra por dia, atendendo um número significativo de praticantes. Importante mencionar que essa ocupação de quadras para as aulas foi feita sem uma reunião com os tenistas do clube.
Essa situação rompeu com o que era tradicional no clube, ou seja, sempre foram destinadas duas quadras para aulas e as mesmas terminavam às 19h. Com o aumento de praticantes, esse quadro mudou e hoje temos uma situação de estrangulamento que interfere na prática livre dos associados que só têm o chamado horário nobre para essa prática, ou seja, das 18h00 às 20h00, pois as aulas estão ininterruptas até às 22h00 em duas quadras.
Além disso, é importante mencionar que a busca tem se dado pelo baixo valor cobrado nas aulas, abaixo da metade do que se pratica na cidade, o que leva muitas famílias a vir praticar no clube. Isso acaba por impactar nas contas gerais do clube, já que a modalidade tem se mostrado deficitária financeiramente, sendo a conta bancada pelos demais associados, mesmo que não façam parte dos praticantes da modalidade.
Outro aspecto que merece atenção é o privilégio que os alunos da modalidade têm, ou seja, mantêm horários de aula em horários de pico por mais de um ou dois anos. Isso é uma situação cômoda para esses alunos, mas prejudica os demais sócios que precisam esperar por uma ou mais horas com suas raquetes no raqueteiro enquanto esses têm sua quadra reservada no respectivo horário. É importante lembrar que há uma fila de espera por aula com mais de cem interessados, o que é uma situação injusta para os demais sócios.
Além disso, é preciso refletir sobre o fato de que o clube não pode se caracterizar como um centro de treinamento e torneios da modalidade. O calendário de atividades da modalidade é muito cheio e precisa ser revisto, pois ocupa as poucas quadras por muito tempo, impedindo a prática livre de quem não participa desses eventos. Entende-se que os festivais e eventos são importantes para incentivar os iniciantes e aqueles que querem se desafiar na modalidade, mas é preciso encontrar um equilíbrio. O clube não pode assumir a responsabilidade de ser um centro de treinamento especializado, mas pode incentivar com fases de iniciação e aperfeiçoamento.
Diante disso, solicita-se:
Revisão do horário e número de quadras disponibilizadas para as aulas de tênis, com a solicitação de que no horário das 18h00 às 20h00 as aulas sejam suspensas, deixando todas as quadras livres para os sócios;
Revisão imediata da mensalidade paga pelas aulas, uma vez que ela está deficitária e onerando as contas gerais do clube;
Adoção imediata de um sistema de rodízio para os frequentadores das aulas, especialmente nos horários de maior procura, para dar a chance a outros associados de usufruir das atividades do clube. Sugestão: rodízio a cada seis meses;
Construção de novas quadras para atender à demanda existente no clube;
Limitação da realização de eventos na modalidade, especialmente com comunidades externas, para evitar sobrecarga na utilização das poucas quadras e prática livre dos associados;
Ao construir novas quadras, seja realizada uma revisão completa da oferta de aulas, custo, horários e demais ações que possam preservar a integridade do clube e a sua característica recreativa.
Por fim, salienta-se que não há nenhuma intenção de se acabar com o processo de incentivo à modalidade que se tem vivenciado, mas a de equacionar o uso e oferta da modalidade de forma a atender aos frequentadores do clube.
Para
Alexandre Nowotny
Diretor de Esportes do Country Clube de Maringá
