POR UM TRANSPORTE DE QUALIDADE, INCLUSIVO E A BAIXO CUSTO EM ILHÉUS
Para: Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Prefeitura Municipal de Ilhéus e ATRANSPI
Eu, cidadã(o) ilheense, usuário do transporte coletivo de Ilhéus, venho por meio desta, demonstrar minha insatisfação com o serviço na cidade.
De acordo com a Lei Orgânica do Município de Ilhéus, o serviço de transporte coletivo urbano e rural é de responsabilidade do poder executivo, cabendo a este o planejamento e a fiscalização, assegurando a qualidade e a cobrança de tarifas justas. Entretanto o que vemos é a absurda situação em que as empresas gozam de total liberdade para administrar o transporte “público” sem que haja qualquer fiscalização, embolsando muito dinheiro às custas dos rodoviários e passageiros.
Um serviço de transporte público de qualidade e com preço justo, assegurando a gratuidade para idosos com mais de 60 anos, estudantes e desempregados é possível e beneficiaria toda a sociedade, isso já é realidade em diversas cidades no Brasil e em outros países, inclusive os mais avançados nessa área garantem o serviço gratuito para todos os usuários.
O transporte é uma das principais despesas fixas dos trabalhadores e as tarifas abusivas contribuem muito para a REDUÇÃO DO PODER DE COMPRA dos mesmos. Essa realidade ganha uma dimensão especialmente trágica em nosso município, pois sabemos que aqui, a maioria dos assalariados recebem até 2 salários mínimos e é grande o número de desempregados.
Só para se ter uma dimensão mais clara do problema, vejamos os seguintes dados: uma pessoa que “sobrevive” com um salário mínimo, que mora em um bairro distante e que tenha que pegar quatro conduções por dia, terá que desembolsar R$ 230,40 por mês, mais a despesa com a cesta básica, que segundo estudo realizado pela UESC está custando R$ 243,49, somando dá uma quantia de R$ 473,89. Ou seja, não sobra quase nada para as outras despesas do dia-a-dia.